O banco suiço UBS assinou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para entregar provas de que as taxas de câmbio no Brasil, entre 2009 e 2011, foram manipuladas por um cartel. De acordo com matéria no Valor de hoje há, ao todo, 30 pessoas físicas e 15 instituições sob investigação. Os bancos: Banco Standard de Investimentos, banco de Tokio-Mitsubishi UFJ, Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Destsche Bank, HSBC, JP Morgan Chase, Bank o America Merrill Lynch, Morgan Stanley, Nomura, Royal Bank of Canada, Royal Bank of Scotland, Standard Chartered e UBS. Qualquer instituição que tenha feito contrato de câmbio neste período pode ter sido afetada pelo esquema em investigação.
O UBS também fez acordo nos Estados Unidos e se comprometeu, em maior, a colaborar com as autoridades antitruste de lá. No Brasil, a investigação começou a partir de provas apresentadas pelo UBS e o Cade considera o caso como grave. Essas instituições, diz a matéria, se alinhavam tanto vendendo quanto comprando moeda e teriam feito cartel para fixar o nível do spread cambial, coordenar compra e venda de moedas, além de propostas de preços a clientes. Também teriam dificultado a atuação de outras instituições no mercado.
A ação do CADE encontra resistência no Banco Central, que nunca cumpriu e não cumpre, até hoje, seu papel de fiscalizar os bancos. Como a experiência norteamericana e européia recente prova que os bancos centrais só servem para salvar bancos da insolvência e acobertar suas fraudes e crimes. Se for comprovado que este esquema operou no Brasil, esperamos que o CADE cumpra seu papel e que puna os responsáveis pela manipulação do câmbio, com multas de bilhões de reais e penalidades restritivas ou mesmo impeditivas de operar nesses mercados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário