Nas fichas dos projetos premiados, há o item "committente", palavra italiana que, em arquitetura, indica a pessoa ou instituição que contratou o arquiteto.
Um "casebre" que fica em Paraty, está, aparentemente, sem dono.
Dizem as más línguas que ela pertence à Famiglia (assim mesmo, em italiano) Marinho, que nega veementemente.
Dizem as más línguas que ela pertence à Famiglia (assim mesmo, em italiano) Marinho, que nega veementemente.
Porém, a notícia abaixo me deixou intrigada:
"...A casa ganhou um prêmio de arquitetura na Itália, em 2011, o Dedalo Minosse. Creio ser uma das principais premiações do mundo. Nas fichas dos projetos premiados, há o item "committente", palavra italiana que, em arquitetura, indica a pessoa ou instituição que contratou o arquiteto. Em geral, é seu proprietário. E quem aparece como "committente" da "Paraty House"?
Marinho Azevedo.
Basta jogar "Marinho Azevedo" e "Globo" no Google para descobrir que este é o sobrenome de uma das filhas de João Roberto Marinho: Paula Marinho Azevedo. Paula é dona de várias emissoras de TV, dentro da estratégia dos Marinho de burlar os regulamentos anti-concentração do Estado, nomeando parentes como sócios de empresas de mídia por todo o país..."
A matéria completa sobre essa "mansão fantasma", que não pertence à ninguém, está aqui e vcs podem ver a "humilde choupana abandonada e rejeitada:
A mansão da Globo, que não é matéria no Jornal Nacional, é alvo da Lava Jato no esquema Mossack Fonseca
Amigos(as), aos poucos vamos revelando a negócios suspeitos da Globo. Parece que a toda poderosa acusou o golpe porque ameaçando blogueiros.
Mansão que Globo não noticia é alvo da Lava Jato no esquema Mossack Fonseca - Rede Brasil Atual
Documentos ligam obra ilegal em
área protegida, em Paraty, a empresas investigadas por operações
suspeitas. Será curioso assistir a William Bonner noticiando operação da
PF na mansão que a Globo não noticia
por Helena Sthephanowitz, para a RBA
publicado
12/02/2016 10:36,
última modificação
27/02/2016 12:51
Reprodução
Em atenção a pedido de retificação de João Roberto Marinho, que diz ser inverídica
a informação de que a mansão em Paraty e as empresas citadas nesta
matéria como sócias na casa não estão em nome de nenhum dos integrantes
da família Marinho e, portanto, declara não serem os proprietários, a
reportagem – publicada em 12 de fevereiro –, foi atualizada em 27 de
fevereiro, sem prejuízo das demais informações.
Nos dados abertos da Receita Federal, a Agropecuária Veine tem como endereço um apartamento residencial no Rio de Janeiro, em Copacabana, e tem no quadro de sócios outra empresa: a Vaincre LLC, domiciliada no exterior, cujo representante legal por procuração é Lucia Cortes Rosemburge, ex-funcionária do INSS, aposentada em 2008, salvo homônimo.
A Vaincre LLC tem CNPJ registrado, mas chama atenção o endereço incompleto no cadastro desde 2005, onde nem sequer informa a cidade, estado e país. Também não tem telefone nem e-mail de contato. E não tem informações sobre o quadro de sócios. Tudo isso dificulta entregar notificações judiciais, autuações administrativas ou operações de busca e apreensão, se necessárias.
Mas descobrimos que o endereço é de Las Vegas, no estado de Nevada, nos Estados Unidos.
O endereço da Vaincre LLC – 520, S7TH Street, Suite C, Las Vegas, Nevada (EUA) – é exatamente o mesmo da Murray Holdings LLC, a empresa offshore dona de um apartamento tríplex no Guarujá, no edifício em que o ex-presidente Lula quis comprar apartamento e desistiu, levando a mídia tradicional a produzir a onda de boatos de que ele seria dono. Os reais proprietários do apartamento, que nada tem a ver com o ex-presidente, foram alvo da 22ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Triplo-X.
Além das duas empresas terem o mesmo endereço em Las Vegas, têm o mesmo representante legal e o mesmo gestor. A Vaincre LLC da mansão em Paraty e Murray Holdinds LLC do Guarujá tem como representante legal a MF Corporate Service e tem como gestora a Camille Services SA, uma offshore no Panamá, cujo endereço é uma "P.O.box" (caixa postal) de número 0832-0886.
A Camille Services SA tem entre seus dirigentes Francis Perez, Leticia Montoya e Katia Solano, nomes citados no escândalo de suposta lavagem de US$ 100 milhões do ex-presidente da Nicarágua Arnoldo Alemán (1997-2002) e da Fundação Voyager, sediada na Costa Rica.
A MF Corporate Service é uma empresa do Grupo Mossack Fonseca, investigado nos Estados Unidos por suspeita de lavagem de dinheiro e no Brasil, antes da Lava Jato, na Operação Ararath, cujas empresas envolvidos estão no quadro abaixo, com o mesmo endereço, mesmo representante legal e mesmo administrador usado no esquema da mansão.
Agora não há como o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deixarem de investigar o uso de offshores suspeitas em paraísos fiscais para adquirir esta mansão, no mesmo esquema usado nas operação Triplo-X e Ararath, com o agravante de estar edificada em terreno da União e de ter desmatado área bem maior do que a lei permite.
A mansão de praia construída ilegalmente em área de
preservação ambiental em Paraty foi noticiada pela Bloomberg em 2012
como sendo da família Marinho, dona da TV Globo. Não há registro na
Bloomberg até hoje de desmentido, mas agora João Roberto Marinho afirma
em nota enviada ao blog que não são os proprietários. Há notícias e
relatos de que a família Marinho é quem utiliza a casa, mas João Roberto
Marinho nada disse a esse respeito. O blog apurou que a mansão tem
documentos em nome de uma empresa que em sua cadeia societária
encontram-se offshores investigadas na Operação Lava Jato e na Operação Ararath, da Polícia Federal.
Segundo reportagem do Diário do Centro do Mundo,
a mansão está em nome da empresa Agropecuária Veine, tendo como
sócio-administrador Celso de Campos. A Secretaria de Patrimônio da União
confirma a ocupação de três terrenos litorâneos da União por esta
empresa na área onde está a mansão, o maior deles na certidão abaixo.Nos dados abertos da Receita Federal, a Agropecuária Veine tem como endereço um apartamento residencial no Rio de Janeiro, em Copacabana, e tem no quadro de sócios outra empresa: a Vaincre LLC, domiciliada no exterior, cujo representante legal por procuração é Lucia Cortes Rosemburge, ex-funcionária do INSS, aposentada em 2008, salvo homônimo.
A Vaincre LLC tem CNPJ registrado, mas chama atenção o endereço incompleto no cadastro desde 2005, onde nem sequer informa a cidade, estado e país. Também não tem telefone nem e-mail de contato. E não tem informações sobre o quadro de sócios. Tudo isso dificulta entregar notificações judiciais, autuações administrativas ou operações de busca e apreensão, se necessárias.
Mas descobrimos que o endereço é de Las Vegas, no estado de Nevada, nos Estados Unidos.
O endereço da Vaincre LLC – 520, S7TH Street, Suite C, Las Vegas, Nevada (EUA) – é exatamente o mesmo da Murray Holdings LLC, a empresa offshore dona de um apartamento tríplex no Guarujá, no edifício em que o ex-presidente Lula quis comprar apartamento e desistiu, levando a mídia tradicional a produzir a onda de boatos de que ele seria dono. Os reais proprietários do apartamento, que nada tem a ver com o ex-presidente, foram alvo da 22ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Triplo-X.
Além das duas empresas terem o mesmo endereço em Las Vegas, têm o mesmo representante legal e o mesmo gestor. A Vaincre LLC da mansão em Paraty e Murray Holdinds LLC do Guarujá tem como representante legal a MF Corporate Service e tem como gestora a Camille Services SA, uma offshore no Panamá, cujo endereço é uma "P.O.box" (caixa postal) de número 0832-0886.
A Camille Services SA tem entre seus dirigentes Francis Perez, Leticia Montoya e Katia Solano, nomes citados no escândalo de suposta lavagem de US$ 100 milhões do ex-presidente da Nicarágua Arnoldo Alemán (1997-2002) e da Fundação Voyager, sediada na Costa Rica.
A MF Corporate Service é uma empresa do Grupo Mossack Fonseca, investigado nos Estados Unidos por suspeita de lavagem de dinheiro e no Brasil, antes da Lava Jato, na Operação Ararath, cujas empresas envolvidos estão no quadro abaixo, com o mesmo endereço, mesmo representante legal e mesmo administrador usado no esquema da mansão.
Agora não há como o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deixarem de investigar o uso de offshores suspeitas em paraísos fiscais para adquirir esta mansão, no mesmo esquema usado nas operação Triplo-X e Ararath, com o agravante de estar edificada em terreno da União e de ter desmatado área bem maior do que a lei permite.
Será curioso assistir como o apresentador William
Bonner noticiará uma operação da Polícia Federal na mansão em Paraty, já
que a TV Globo até hoje não deu nenhuma notícia da mansão apesar do
inegável interesse público em saber quem são os verdadeiros donos por
trás das empresas nos paraísos fiscais.
Há uma justiça poética nesta história. O Jornal Nacional e a revista Época fizeram
reportagens acusatórias e improcedentes, típicas de assassinato de
reputação, alimentando-se de boatos de que o ex-presidente Lula estaria
ocultando patrimônio. Isso ignorando documentos que já provavam serem
completamente falsas tais acusações.
Agora, quem pode estar ocultando patrimônio de fato é
alguém no caso da mansão. Afinal, por que montar uma complexa estrutura
societária, com empresas aparentemente de fachada, passando por
empresas em paraísos fiscais – que ocultam os verdadeiros donos?
No popular, podemos dizer que atiraram no
ex-presidente Lula e acertaram, sem querer, nos donos da mansão que a TV
Globo não noticia.
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