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6.02.2010
Na lata ou in natura?
Para alguns, eles são os vilões de uma dieta saudável. Para outros, são tão deliciosos que até vale a pena comer de colher direto na lata. Quando o assunto é alimentos em conserva, como milho, ervilha e seleta de legumes, as opiniões se dividem.
Milho
O milho é uma excelente fonte de carboidratos, também encontrados no arroz, trigo, aveia e seus derivados. “Esses nutrientes são a base da nossa alimentação, pois fornecem glicose para o corpo, a energia necessária para que tudo funcione corretamente”, diz. Como 60% da nossa alimentação diária deve conter carboidratos, comer milho (seja cozido, em lata ou em forma de amido ou farinha) é uma maneira de atingir essa meta.
Saiba mais
Compare os dados nutricionais de cada um dos alimentos
Ervilha
A ervilha é uma leguminosa com propriedades parecidas com as do feijão. Sua principal característica é ser uma fonte de proteínas e carboidratos”. As proteínas são elementos necessários para o crescimento e desenvolvimento dos seres humanos e têm função estrutural em tecidos, músculos e órgãos.
Seleta
Em geral, a batata e a cenoura são os ingredientes mais comuns na seleta de legumes (juntamente com milho e ervilha). Esses dois alimentos têm nutrientes importantes para o nosso organismo, como a vitamina C (na batata), indicada por, entre outras funções, favorecer o bom funcionamento do sistema imunológico, e vitamina A (na cenoura), é recomendada por seus benefícios, em relação à saúde dos olhos.
Perdas
Um ponto importante a saber é que, de qualquer maneira que chegue à mesa, milho, ervilha, batata e cenoura perdem algumas propriedades. “O cozimento faz com que algumas vitaminas desapareçam, mas como não dá para comer esses alimentos crus, exceto a cenoura, este acaba sendo um mal necessário. Mesmo assim, não é uma perda tão considerável e pode ser facilmente reposta se a pessoa têm uma alimentação balanceada”.
Exagero
É preciso ficar de olho em alguns hábitos bastante comuns. “Não adianta abrir mão do alimento em conserva se a pessoa come milho cozido com um exagero de sal e manteiga por cima e em locais sem as devidas condições de higiene. O efeito pode ser até mais prejudicial”, afirma Gisele. Da mesma forma, preparar a ervilha para fazer uma sopa muito salgada ou usar a seleta de legumes que tem grande quantidade de sódio para acompanhar pratos gordurosos é uma cilada para a saúde.
Conserva
Processamento
O processamento dos alimentos até chegar às conservas gera uma perda de nutrientes, como proteínas (7 gramas em 130 g de ervilha fresca contra 5,3 g da mesma quantidade em lata), fósforo (103 mg contra 89 mg no milho) e vitamina C (na ervilha, são 52 mg no produto fresco e apenas 9 mg no enlatado). “Mesmo assim, é melhor incluí-las na alimentação uma vez por semana do que perder essa fonte de nutrientes”.
Sódio, o maior inimigo
Um dos vilões das conservas, independentemente do alimento, é o sódio. Como o armazenamento inclui uma mistura de água e sal, a taxa desse nutriente é elevada. Em 130 g de milho in natura, por exemplo, há 22,1 mg de sódio. Em 130 g de enlatado, são 347 mg. “Por isso, pessoas com hipertensão devem evitar as conservas”, diz Gisele. E mesmo quem não tem esse problema precisa ter cuidado, pois o consumo exagerado também pode levar a esse tipo de doença. A ingestão ideal é de 2,4 g de sódio por dia para um adulto.
Consumo
Não há um estudo específico a respeito da quantidade máxima ideal de consumo dos enlatados, mas a recomendação é comer somente uma vez por semana. Ela diz que essa regra vale também para refeições fora de casa, em restaurantes. “Muitos deles oferecem milho e ervilha nos bufês provenientes das latinhas”.
Sabor
Nas conservas o sabor dos alimentos é influenciado pela salmoura e por reações envolvendo o amido do alimento, que alteram o gosto original. “No milho, a diferença é mais perceptível porque, em geral, as empresas usam grãos novos, realmente verdes, que são mais doces que aqueles mais maduros que cozinhamos em casa”.
De olho na lata
Outro medo em relação aos enlatados diz respeito a possibilidade de botulismo. A melhor maneira de evitar o problema é prestar atenção na embalagem do produto. “Se for lata, as duas faces precisam estar retas ou levemente voltadas para dentro. Se ela estiver estufada ou amassada, o produto pode estar contaminado.
Após abrir a embalagem, verifique se a cor e o aroma do alimento não estão alterados, o que também pode ser sinal de problemas.
Fonte: Sonia Tucunduva Philippi e Gisele Raymundo.
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