(EFE).- Uma equipe internacional de urologistas testou com sucesso, em 200 homens com problemas de ejaculação precoce, um spray que, aplicado cinco minutos antes do ato sexual, atrasa seis vezes o momento do orgasmo, segundo um estudo publicado no "British Journal of Urology".
O spray PSD502, desenvolvido no Royal Victoria Hospital, de Belfast, na Irlanda do Norte, e composto por lidocaína e prilocaína, dois anestésicos, e pode entrar no mercado em dois anos.
Ele foi testado em 31 hospitais, no Reino Unido, na República Tcheca, na Hungria e na Polônia durante três meses, em um grupo de 300 homens, 200 dos quais utilizaram o spray verdadeiro e outros 100 um placebo (similar sem efeito).
A média de idade dos pacientes escolhidos foi em torno dos 35 anos e a maioria deles havia recorrido antes a outros tratamentos, sobretudo antidepressivos orais.
O tempo transcorrido entre a penetração e a ejaculação aumentou, em média, de 36 segundos para 3 minutos e 48 segundos no grupo medicado.
Embora tenha aumentado 6,3 vezes, a duração média do ato sexual nestes pacientes não chegou a alcançar o tempo de cinco minutos de antecedência no qual eles precisam aplicar o spray.
Entre os que aplicaram o spray falso, o efeito meramente psicológico também aumentou o tempo médio da relação, mas apenas para 1 minuto e 6 segundos, em média.
A ejaculação precoce pode causar angústia e frustração em quem sofre delas, como conta o principal responsável pelo estudo, o professor Wallace Dinsmore, do Royal Victoria Hospital.
Segundo ele, estudos anteriores indicam que este mal afeta 40% dos homens em algum momento de sua vida.
Ao todo, 62% dos que utilizaram o spray classificaram como "bom" ou "muito bom" seu orgasmo, em comparação com apenas 20% antes de testá-lo.
Segundo o estudo, não houve efeitos colaterais, a não ser em cinco homens, que perderam a ereção, e em seis mulheres, que sentiram de queimação na vagina.
"Nosso estudo demonstra que quando aplicado sobre o pênis cinco minutos antes do ato sexual, o spray PSD502 melhorou o rendimento e a satisfação sexuais, dois fatores-chave no tratamento da ejaculação precoce", assinalou Dinsmore. EFE ik/jp
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