A Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou nesta sexta-feira (18) de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima. O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7. Segundo a emissora de televisão estatal NHK, o Japão já informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre a revisão. O diretor da AIEA, Yukiya Amano, chegou nesta sexta ao país para obter informações em primeira mão sobre a situação em Fukushima.
O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local". O nível 7, o mais alto na escala de medição, corresponde à liberação ao exterior de materiais radioativos com amplos efeitos na saúde humana e no meio ambiente. O acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, é até hoje o único caso no mundo em que o nível máximo foi atingido.
O terremoto e o posterior tsunami do dia 11 no nordeste do Japão danificaram o sistema de refrigeração da central, que enfrenta problemas de água em ebulição em seus seis reatores. Desde quinta-feira (17), a equipe de emergência da usina se esforça, com a ajuda de militares e bombeiros, para resfriar o reator 3 com lançamentos de água a partir de caminhões-pipa e helicópteros. A radioatividade em torno da usina nuclear, em atividade desde 1971, levou o Governo japonês a evacuar quase 230 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros.
Nesta sexta-feira, autoridades japonesas confirmam que a temperatura nos dois últimos reatores de Fukushima também
Agência EFE
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