Simples cuidados podem evitar o transtorno!
A tecnologia avança rapidamente e, atualmente, muitos jovens e adultos passam grande parte do seu dia em frente à tela de um computador. Independentemente dos benefícios do uso da máquina, seja no ambiente de trabalho ou por diversão, ficar em frente ao monitor por muitas horas pode causar problemas de visão.
A tecnologia avança rapidamente e, atualmente, muitos jovens e adultos passam grande parte do seu dia em frente à tela de um computador. Independentemente dos benefícios do uso da máquina, seja no ambiente de trabalho ou por diversão, ficar em frente ao monitor por muitas horas pode causar problemas de visão.
O esforço contínuo dos olhos acarreta tensão da musculatura ocular, o que resulta no cansaço da vista. O excesso de atividades em frente à máquina pode causar coceira, ardência, dores de cabeça e até a sensação de visão dupla ou embaçada.
Outro problema é que, involuntariamente, as pessoas tendem a piscar menos em frente ao monitor, o que interfere na perda de umidade dos olhos. O processo de piscar contribui para a produção de óleos lubrificantes e enzimas que umedecem os olhos. Portanto, é de extrema importância a ação de piscar os olhos quando estiver nesta situação.
O ideal é que a pessoa permaneça por, no máximo, quatro horas em frente ao monitor, mas raramente isso é possível. No entanto, alguns cuidados podem minimizar os sintomas da vista exausta.
Para se proteger, tente descansar os olhos de hora em hora. Uma das formas é sair da frente do computador ou desviar o olhar para outros pontos por alguns minutos. Focar os olhos em um objeto distante também elimina os efeitos do tempo prolongado em frente ao monitor.
Encontrar um meio termo entre a luz intensa e a escuridão no ambiente onde fica o computador também ameniza os sintomas derivados do esforço dos olhos.
Cirurgia é nova arma contra vista cansada
Óculos ou lentes de contato já não são mais as únicas formas de tratamento para correção da presbiopia, a popular vista cansada, que atinge hoje 40% da população mundial. No Brasil, são 50 milhões de pessoas com o problema. Desde abril passado, o Food and Drug Administration (FDA), órgão americano responsável pela aprovação e liberação de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, aprovou a utilização da radiofreqüência para correção da presbiopia, associada ou não à hipermetropia e astigmatismo.
A vista cansada é a perda da capacidade de acomodação do cristalino - lente capaz de focar, milhões de vezes ao dia, um objeto distante ou próximo, desde o nascimento até os 40 anos de idade. Nesta faixa etária, explica o oftalmologista Etelvino Teixeira Coelho, o cristalino começa a se aproximar do músculo ciliar, reduzindo a capacidade elástica e fazendo com que a pessoa necessite afastar o material de leitura para colocá-lo no foco. De acordo com o médico, dos 40 aos 60 anos, essa perda é progressiva, podendo começar com 0,5 grau e finalizar com três.
Não há prevenção para o defeito visual, o tratamento cirúrgico da presbiopia já está disponível. Na década de 90, o médico californiano Antonio Mendez propôs a ceratoplastia condutiva, técnica que consiste na aplicação de calor sobre as fibras de colágeno da córnea para correção do problema visual. O oftalmologista ressalta que a aplicação é feita apenas no olho dominante para perto - aquele que se fecha para fazer uma foto -, e não queima as fibras, apenas as coagula, com efeito duradouro e preciso. Um estudo conduzido desde 90, nos Estados Unidos, segundo ele, mostrou um índice de satisfação de 94% nos pacientes que se submeteram ao procedimento.
Uma pequena sonda acoplada ao aparelho de radiofreqüência conduz energia durante um determinado tempo e penetra no tecido corneano a 400 micras (milésimo do milímetro) de profundidade, aplicando 60 graus de calor sobre as fibras de colágeno da córnea, encurtando-as e encurvando a superfície anterior. São aplicados oito, 16, 24 ou 32 pontos, de acordo com a quantidade de grau apresentado pelo paciente. "A radiofreqüência tem efeito duradouro, mas o olho continua a envelhecer, sendo necessárias novas sessões a cada três ou cinco anos", afirmou Etelvino Coelho.
O procedimento é indolor, feito no consultório em sala cirúrgica estéril, sob anestesia com gotas de colírio. A aplicação é feita em três minutos, e, conforme o oftalmologista, o olho é protegido durante 12 horas com lentes de contato terapêuticas (sem grau) para conforto no pós-operatório. O procedimento não é coberto pelos planos de saúde e custa US$ 1 mil.
Antes da cirurgia, o paciente deve se submeter a exames de refração, medida de pressão intra-ocular, biomicroscopia de córnea, topografia corneana, e microscopia especular da córnea - exames que confirmam se a pessoa é candidata à radiofreqüência. O procedimento é contra-indicada aos portadores de ceratocone - alteração de curvatura da córnea -, seqüelas ou cicatrizes que comprometam a transparência corneana.
A empresária Carolina Stradioto Mansur, 43 anos, fez a cirurgia há 30 dias e abandonou de vez o uso dos óculos. "Nunca tive problema visual, e acho que incomodava ter que andar sempre com os óculos". Ela conta que teve uma rejeição inicial e precisou usar antibiótico (colírio) e lente para proteção por uma semana, para se adaptar à claridade. "Fiquei com visão turva e dupla. Hoje tenho um vulto leve, mas o médico disse que é comum. Nada que me fizesse arrepender da cirurgia".
Portal da Oftalmologia
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