6.09.2011

Tratamento eficaz para o Alzheimer em cinco anos

A nova droga garantiria o retorno das faculdades mentais ao paciente, com melhora da linguagem e da memória

Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer 
Em cerca de cinco anos, deve ser criado um tratamento eficaz para o Alzheimer – o procedimento será capaz de devolver as faculdades mentais aos pacientes. A previsão foi feita por cientistas que participam da Conferência Internacional sobre Novas Descobertas do Cérebro, no Panamá. A doença neurológica, que atinge um terço das pessoas acima de 85 anos no mundo, leva à perda progressiva da memória e ainda não tem cura.

Para o cientista japonês Kiminobu Sugaya, existem hoje estudos muito avançados sobre a doença. "Eles demonstram que, ao aumentar o número de células no cérebro de um paciente, a doença pode ser detida", diz o professor de neurociência da Universidade Central da Flórida, nos Estados Unidos. Esse acréscimo é feito com células-tronco, retiradas da etapa pré-natal de uma pessoa, e que seriam transplantadas ao paciente em caso de Alzheimer. "A ideia é que as células-tronco se transformem em neurônios saudáveis, que substituam os doentes", diz Sugaya, que testou com sucesso a técnica em ratos.
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Segundo Daniel Chain, presidente da empresa Intellect Neurosciences Inc., o desafio agora é a criação de novos medicamentos que detenham a doença e impeçam o acúmulo da toxina beta-amiloide. A beta-amiloide é uma proteína que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer, criando uma espécie de emaranhado que dificulta a comunicação entre as células. "Acredito que dentro de cinco anos haverá remédios no mercado para reverter o Alzheimer", disse Chain.

O especialista afirma ainda que nenhum dos fármacos disponíveis hoje são eficazes contra a doença. "Os medicamentos são administrados ao paciente para melhorar sua vida diária, mas não fazem nada para retardar o avanço da doença", diz a cientista panamenha Gabrielle Britton. Para ela, o maior desafio é poder identificar um biomarcador (uma proteína ou um gene) que permita prever se a doença irá se desenvolver. Isso porque os especialistas asseguram que o Alzheimer tem um componente genético em 10% dos casos.

De acordo com Britton, metade dos maiores de 85 anos no mundo sofre de algum tipo de demência – a mais comum entre elas é o Alzheimer. A doença deve seu nome ao psiquiatra e neurologista alemão Alois Alzheimer (1984-1915), que no começo do século XX identificou seus sintomas e a degeneração que causa no cérebro.
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