Dirceu Barbano explica a diferença medicamentos de referência, similares e genéricos
Clique aqui e assista a visita de Dirceu Barbano no Programa Mais Você.
“A patente pode durar entre 10 e 20 anos”, segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, que explicou hoje (6/6) como funcionam os medicamentos genéricos em entrevista ao programa Mais Você, da TV Globo. Confira.
Quando um medicamento inovador é registrado no país, chamamos esse medicamento de “referência”. A eficácia, segurança e qualidade desses medicamentos são comprovados cientificamente, no momento do registro junto à Anvisa. Como os laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para desenvolvê-los, têm exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante o período de patente.
Após a expiração da patente, abre-se a porta para a produção de medicamentos genéricos. O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país. “São feitos testes em pacientes que tomam remédios de referência e genéricos, e é feito o exame de sangue dessas pessoas. Em seguida, analisamos se os efeitos deste remédio no organismo são os mesmos” ressaltou Barbano em resposta à pergunta feita pela apresentadora Ana Maria Braga.
O genérico é intercambiável com o medicamento de referência. A segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico é assegurada por testes de bioequivalência apresentados à Anvisa. Essa intercambialidade somente poderá ser realizada pelo farmacêutico responsável.
Na embalagem dos genéricos deve estar escrito "Medicamento Genérico" dentro de uma tarja amarela. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento. O preço do medicamento genérico é 35% menor pois os fabricantes de medicamentos genéricos não necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento, visto que as formulações já estão definidas pelos medicamentos de referência. Outro motivo para os preços reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing. Os seus fabricantes não necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada.
Similares – Além dos medicamentos de referência e os genéricos, há a categoria dos medicamentos similares. De acordo com a definição legal, medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, mas pode diferir em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do medicamento de referência. Para o registro de ambos medicamentos, genérico e similar, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica. Desde sua criação, o medicamento genérico já tinha como obrigatoriedade a apresentação dos testes de bioequivalência, enquanto a obrigatoriedade de tais testes para medicamentos similares foi a partir de 2003. Até 2014 todos os medicamentos similares já terão a comprovação da biodisponibilidde relativa.
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Fonte: Anvisa
Comentário "boaspraticasfarmaceuticas":
A aceitação dos medicamentos genéricos no Brasil é um problema cultural . Os médicos muitas das vezes recebem a visita dos representantes das indústrias farmacêuticas onde estes fazem a propaganda geralmente do medicamento de referência (marca) e em muitos casos oferecem benefícios como participação em congressos no exterior , livros específicos para atualização médica e outras bonificações e também amostras grátis do medicamento em questão.
No link abaixo incluímos nossa contribuição sobre os medicamentos genéricos, quando estivemos na GGIMP-Anvisa:
Esta cartilha de medicamentos genéricos, que contou com a nossa
assessoria técnica, traz as informações básicas quanto a diversos
aspectos no Brasil, dentre eles: o registro, a produção, a distribuição,
a prescrição, a dispensação, o consumo, o papel dos médicos, dos farmacêuticos, dos laboratórios e do Governo.
Segundo especialistas que se reuniram em um grupo de trabalho
convocado pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em
Brasília, para analisar o impacto potencial de diferentes
alternativas sobre a regulação dos medicamentos, a "política
de genéricos" e a "informação" foram classificadas, dentre
todas, como as alternativas de maior impacto. Não só sobre o preço, mas também sobre o uso racional e qualidade do medicamento.
O conhecimento desta cartilha por parte da sociedade auxilia
na construção de um mercado de medicamentos competitivo, com preços acessíveis e qualidade assegurada. Conhecendo seus direitos, o consumidor terá mais respaldo para exigi-los .
A intenção é fazer chegar esses esclarecimentos ao maior
número possível de pessoas. O êxito da política será tão maior quanto mais esclarecida estiver a população, atuando de forma consciente
e ativa na defesa dos princípios da cidadania.
Antonio Celso da Costa Brandão
Tecnologista em Saúde Pública
Especialista em Gestão da Qualidade
Fiocruz-Farmanguinhos
Comentário "boaspraticasfarmaceuticas":
A aceitação dos medicamentos genéricos no Brasil é um problema cultural . Os médicos muitas das vezes recebem a visita dos representantes das indústrias farmacêuticas onde estes fazem a propaganda geralmente do medicamento de referência (marca) e em muitos casos oferecem benefícios como participação em congressos no exterior , livros específicos para atualização médica e outras bonificações e também amostras grátis do medicamento em questão.
No link abaixo incluímos nossa contribuição sobre os medicamentos genéricos, quando estivemos na GGIMP-Anvisa:
PDF]MEDICAMENTOS GENÉRICOS - ORIENTE-SE
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISAClique na imagem acima, texto em PDF. |
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA |
assessoria técnica, traz as informações básicas quanto a diversos
aspectos no Brasil, dentre eles: o registro, a produção, a distribuição,
a prescrição, a dispensação, o consumo, o papel dos médicos, dos farmacêuticos, dos laboratórios e do Governo.
Segundo especialistas que se reuniram em um grupo de trabalho
convocado pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em
Brasília, para analisar o impacto potencial de diferentes
alternativas sobre a regulação dos medicamentos, a "política
de genéricos" e a "informação" foram classificadas, dentre
todas, como as alternativas de maior impacto. Não só sobre o preço, mas também sobre o uso racional e qualidade do medicamento.
O conhecimento desta cartilha por parte da sociedade auxilia
na construção de um mercado de medicamentos competitivo, com preços acessíveis e qualidade assegurada. Conhecendo seus direitos, o consumidor terá mais respaldo para exigi-los .
A intenção é fazer chegar esses esclarecimentos ao maior
número possível de pessoas. O êxito da política será tão maior quanto mais esclarecida estiver a população, atuando de forma consciente
e ativa na defesa dos princípios da cidadania.
Antonio Celso da Costa Brandão
Tecnologista em Saúde Pública
Especialista em Gestão da Qualidade
Fiocruz-Farmanguinhos
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