1.27.2013

10 DÚVIDAS SOBRE ULTRASSONOGRAFIA

10 dúvidas sobre ultrassonografia
Tudo o que você precisava saber sobre este assunto!

Quando se está grávida, o primeiro desejo da futura mãe é fazer um ultrassom de seu bebê. Mas, afinal, este exame pode trazer algum malefício para a saúde do bebê? Quantas vezes uma grávida pode fazê-lo durante a gestação? O que é possível saber através dele?

De acordo com o doutor Victor Bunduki, especialista em medicina fetal e ultrassonografia do CDB Premium, em São Paulo, apesar de aparentemente simples, o exame ainda gera muitas dúvidas entre as futuras mamães. Veja a entrevista e acabe com suas principais dúvidas!

1. O ultrassom é um exame seguro?
Sim, é um exame isento de contraindicações tanto para a mãe quanto para o feto. No caso do ultrassom com dopplerfluxometria colorida, que analisa o fluxo sanguíneo em diferentes vasos do corpo humano, recomendamos que seja realizado somente após a 9ª semana de gestação, para maior segurança.

2. É verdade que o feto ouve o som emitido pelo equipamento?
Não. No ultrassom lidamos com mais de três milhões de hertz, enquanto o ouvido humano escuta até dois mil hertz. Portanto, essa questão está totalmente descartada.

3. A partir de quando é possível ter uma imagem do bebê?
Como as semanas de gestação são contadas a partir da data da última menstruação, é possível enxergar o embrião a partir da quinta semana – pelo ultrassom transvaginal – ou a partir da sexta semana via suprapúbica. É nessa fase que, apesar de o embrião medir poucos milímetros, podemos identificar e ouvir seus batimentos cardíacos.

4. Existe um ‘número ideal’ de ultrassonografias recomendado às gestantes?
Quatro exames seriam o mínimo necessário durante uma gestação normal. O primeiro exame é muito útil para confirmar a gestação, identificar o local da implantação e determinar a idade gestacional. O segundo, também chamado de morfologia do primeiro trimestre, mede a ‘translucência nucal’.

O terceiro exame morfológico confirma a idade gestacional, avalia o crescimento e, principalmente, a morfologia fetal. Já o quarto tem o objetivo de avaliar o crescimento, a quantidade de líquido e a placenta – além de revisar a morfologia. Isso tudo pode ser realizado também no segundo trimestre, mas existem patologias típicas do terceiro trimestre que podem levar a alterações de líquido e da placenta. Daí a importância de realizar um ultrassom nesta fase da gravidez. Vale ressaltar que quem determina os pedidos de exame é o obstetra da paciente, de acordo com as características da gestação.

5. O que significa “translucência nucal”?
Trata-se de um exame de rastreamento de alterações genéticas (cromossomopatias) como a Síndrome de Down, por exemplo, em que medimos a região da nuca do bebê. Em bebês que têm alterações cromossômicas, essa medida pode estar aumentada. Esse exame não tem finalidade diagnóstica, mas seleciona as pacientes que teriam indicação de estudo do cariótipo (colhido por punção de vilosidade coriônica ou do líquido amniótico).

6. Que doenças podem ser identificadas durante o ultrassom gestacional?
São inúmeros tipos de malformações estruturais que podem ser detectados pelo ultrassom. Entre os mais recorrentes estão a hidrocefalia – que é o acúmulo de fluido cérebro-espinhal nas cavidades ventriculares do cérebro – e outros distúrbios do sistema nervoso central, além de alguns tipos de malformações cardíacas.

7. Em que casos o obstetra costuma solicitar exames mais sofisticados de ultrassom, como Doppler, 3D e 4D?
O ultrassom com doppler é indicado para avaliar a circulação da mãe para o bebê e para checar o fluxo nos vasos internos do bebê. É importante nos casos de diabetes, hipertensão e retardo de crescimento fetal, por exemplo. Já o ultrassom 3D nos permite enxergar as estruturas fetais em três dimensões, melhorando muito a visão da anatomia de superfície, principalmente do rostinho do bebê. Também é muito útil como complemento do ultrassom convencional em caso de diagnóstico de malformações. No 4D, além das imagens bastante reais, também é possível acompanhar os movimentos do bebê.

8. Mesmo que todos os exames solicitados estejam aparentemente normais, é possível que uma criança nasça com alguma malformação?
É possível, já que a sensibilidade ou taxa de detecção do ultrassom gira em torno de 90% na identificação de malformações estruturais. Além disso, há malformações muito discretas, de difícil identificação. Por isso, há casos em que há indicação de um acompanhamento rigoroso, com a realização de exames complementares.

9. O ultrassom pode identificar a necessidade de intervenções na hora do nascimento do bebê?
Sim, especialmente em casos de cardiopatias e doenças do tórax. Há intervenções que podem ocorrer inclusive no ambiente intrauterino, como transfusões de sangue, derivações (ventriculares, renais), punções de líquido amniótico com finalidade terapêutica, entre outros. Fetos portadores de malformações cardíacas graves devem nascer em um centro de referência provido de UTI neonatal, cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos, prontos para atender o recém-nascido cardiopata, dado que desse atendimento depende a sua sobrevida.

10. A partir de quando é possível saber o sexo do bebê?
Apesar de o sexo ser definido no momento da concepção, o órgão genital se desenvolve entre nove e doze semanas de gravidez. Portanto, entre a 14ª e a 16ª semana, dependendo da posição do bebê, é possível identificar o sexo da criança. Quando o bebê está sentado sobre as perninhas ou quando está de pernas cruzadas, é mais difícil a visualização de sua genitália – obrigando os pais a terem um pouco mais de paciência para obter essa informação.


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