por Antonio Carlos Prado e Thaís Botelho
Invadir
propriedade alheia é crime – e, portanto, uma forma antidemocrática de
se fazer quaisquer reivindicações. Assim agiram os cerca de 100
assentados que ocuparam às seis horas da manhã da quarta-feira 23 a sede
do Instituto Lula em São Paulo. A intenção era fazer com que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se visse forçado a intervir
junto à presidenta Dilma Rousseff na assinatura do decreto de
desapropriação de área no interior paulista para assentar 70 famílias.
“Se o movimento queria dar visibilidade à causa, talvez tenha
conseguido. Mas o instituto não interfere em decisões do governo”,
declarou imediatamente – e acertadamente – o diretor Luiz Dulci. Tentar
colocar Lula na situação de refém político dos sem-terra foi no mínimo
má-fé dos manifestantes, e o ex-presidente não negociou absolutamente
nada. Na quinta-feira, após 32 horas de ocupação, les deixaram o local.
Depenaram, segundo funcionários, a geladeira: foi-se a carne, foi-se a
manteiga, foram-se as frutas.
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