Trânsito ficou parado por 20 minutos em rua de Botafogo.
Novo protesto contra proibição de vans na Zona Sul foi marcado para terça.
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Homens do Batalhão de Choque tentaram impedir manifestantes (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Grupo caminhou de São Conrado até Botafogo
(Foto: Cristiane Cardoso/G1)
(Foto: Cristiane Cardoso/G1)
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Ferraz confirmou que vai receber os manifestantes. No entanto, não adiantou o que poderá colocar em negociação. “Preciso ouví-los primeiro. Ainda não sei qual é a pauta (de reivindicações)”, afirmou ao G1.
De acordo com o coordenador, a demanda de passageiros será suprida pelos serviços de ônibus. Ferraz admitiu a ocorrência de transtornos na manhã desta segunda-feira. No entanto, garantiu que o problema será resolvido. “Hoje foi uma situação atípica. Foi o primeiro dia de suspensão. Naturalmente isso deve ser solucionado”, disse.
O decreto da prefeitura impedindo a circulação de vans em 11 bairros cariocas entrou em vigor nesta segunda. O presidente da Sinditrans-Rio, Hélio Ricardo de Souza, criticou a medida da prefeitura e afirmou que os protestos continuarão.
“A política deste governo é marginalizar o trabalho do transporte alternativo. São 900 vans impedidas de trabalhar, com 2,5 mil postos de trabalho. São 270 mil cariocas que deixam de poder escolher o transporte que preferem e estão obrigados a usar ônibus, que transporta como se fosse gado”, disse. "Amanhã [terça] nos encontramos novamente na Câmara dos Vereadores às 13h, cada um com a sua família", acrescentou.
O sindicato instruiu 250 motoristas permissionários dos dois trajetos da Rocinha liberados para circular, nos itinerários Parque das Cidades-Fashion Mall e Parque das Cidades-Gávea, a trabalharem na terça-feira, contrariando a orientação da prefeitura, que permite a atuação de somente 33 motoristas nas linhas.
Complicações no trânsito
O protesto causou retenções no trânsito desde o início da tarde desta segunda. Por volta das 13h, os manifestantes estavam na Avenida Venceslau Brás, em Botafogo, na altura do Shopping Rio Sul. Segundo o Centro de Operações Rio, as retenções chegavam na Avenida Atlântica, altura do Leme.
Às 11h55, homens do Batalhão de Choque tentaram impedir a passagem dos motoristas quando eles entraram na Avenida Atlântica, em Copacabana, mas o grupo contornou o bloqueio dos policiais e continuou caminhando.
O ato teve início na Autoestrada Lagoa-Barra, na altura da Rocinha, e provocou lentidão em locais como a Praça Sibélius, na Gávea, e em toda a orla.
Os manifestantes, que utilizam caixas de som e faixas contra a nova medida de circulação, ocuparam meia pista da Avenida Visconde de Albuquerque até a Avenida Delfim Moreira, onde, por volta de 10h15, havia retenções. De acordo com a Rádio CBN, o motorista levava cerca de uma hora para percorrer os trechos do Leblon e de Ipanema por volta das 11h15. A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanham o grupo.
Para o motorista Cristiano Nascimento Lira, de 33 anos, o prazo dado pela Prefeitura foi muito pequeno. "Todo mundo tem família, carro pra pagar e pegou todo mundo de surpresa. Não deu um prazo pra arrumar emprego. Isso é uma covardia. Só liberaram duas linhas em um percurso muito pequeno pra todas as vans poderem trabalhar", afirmou ele, referindo-se aos dois trajetos que a Prefeitura permitirá circular na região da Rocinha, em São Conrado.
Grupo em Copacabana, onde ocupa duas faixas do sentido Leme (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
O motorista Sebastião Gabriel de Castro , 63 anos, que trabalha há 13
anos com van, teme ficar desempregado. "Todos nos fomos pegos de
surpresa. Dependemos disso aí, é o nosso ganha pão, nosso sustento e da
nossa família", declarou.Bloqueio em 24 pontos
Nesta segunda, a Prefeitura montou um esquema especial de fiscalização para garantir que vans e kombis não circulem mais em 11 bairros da Zona Sul. São 24 pontos de bloqueio para evitar o acesso dos motoristas desses veículos na região. Nesses locais, os motoristas destes veículos são orientados a retornar e cumprir um trajeto que será determinado por homens da Guarda Municipal e da CET-Rio.
“Quem descumprir o determinado no decreto, publicado pela Prefeitura no final da semana passada, será multado e seu veículo será apreendido, será rebocado e encaminhado para que as providências sejam efetivamente cumpridas”, disse Claudio Ferraz, Coordenador de Transporte Complementar.
Segundo o decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes, a circulação das vans e kombis está proibida em Botafogo, Humaitá, Urca, Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Vidigal, São Conrado e Rocinha.
As operações se estendem também para a região da Rocinha, em São Conrado, do Itanhangá, na Barra da Tijuca, no Centro da cidade e na Leopoldina. Nesses locais equipes orientam os motoristas de vans e usuários sobre a melhor maneira de pegar outra condução para seguirem seus destinos.
Os motoristas que poderão circular pelas duas linhas permitidas pelo decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes, do último dia 10, também serão avisados sobre o ponto em que deverão retornar. Será permitida circulação de vans nas linhas Parque da Cidade x Gávea (via Fashion Mall) e Parque da Cidade x Fashion Mall (via Gávea).
Em função da proibição da circulação de vans na região, os consórcios operadores do sistema de ônibus urbanos reforçaram as linhas que circulam ou se dirigem à Zona Sul, e também as linhas que atendem a Rocinha e o Vidigal.
O Metrô Rio também opera em sistema de prontidão operacional. A medida foi tomada para atender a possibilidade de aumento na demanda de usuários. Também haverá reforço no serviço do Metrô Na Superfície e na venda dos bilhetes avulsos.
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