2.08.2013

PESO DE MOCHILA PODE PREJUDICAR SAÚDE DAS CRIANÇAS


Peso de mochila pode prejudicar saúde das crianças
Especialista dá dicas para te ajudar a selcionar o que seu filho carrega na mochila e esclarece qual é a melhor maneira de fazer isso.

Na semana que marca a volta às aulas em todo o Brasil, é importante que os pais se conscientizem sobre o material escolar de seus filhos. Afinal, o que deve ou o que não deve ser transportado pelas crianças?

De acordo com o ortopedista do Hospital Orthomed Center – Uberlândia (MG), Leandro Gomide, as mochilas muito pesadas ou inadequadas podem causar dores na região lombar da criança, baixo rendimento durante as aulas e irritabilidade no período escolar.

“Estes são os principais sintomas que devem ser observados pelos pais. Mas, é preciso alertar que inúmeras doenças podem afetar uma criança ou jovem que utiliza a mochila inadequada”, diz o ortopedista.

Qual mochila usar?

Segundo informações da Academia Americana de Pediatria as mochilas devem ter tiras largas e acolchoadas, duas alças, possuir acolchoamento posterior e serem confeccionadas com o material mais leve possível.

O ortopedista lembra que a mochila deve ser proporcional ao tamanho da criança para se ajustar bem à coluna, sem folga. “Se a mochila não se ajusta ao corpo, o tronco é forçado a ir para trás o que consequentemente também força os músculos da criança, fazendo com que ela curve os ombros para facilitar o equilíbrio”, ressalta.

Estudos comprovam que o peso da mochila deve estar entre 10 e 20% do peso corporal da criança. “Se a criança tem 40 quilos, a mochila deve ter, no máximo, cinco quilos”, explica o médico que ainda deixa uma dica: “Organizar a mochila é fundamental. Deixar os objetos mais pesados no centro e mais próximos das costas é uma forma de prevenir problemas futuros”.

Quando a criança já tem algum problema causado pelo peso das mochilas o ortopedista explica que a solução é fazer fisioterapia, RPG, natação, alongamentos musculares, exercícios físicos e orientações posturais. Mas, o médico alerta, cada caso tem um cuidado diferente.

“O primeiro passo é encaminhar a criança a um ortopedista para fazer uma avaliação clínica e somente assim o médico poderá indicar o melhor tratamento. Contudo, o melhor remédio continua sendo a prevenção. Adotando regras simples é possível evitar problemas que podem se estender até a fase adulta”, adverte.

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