Especialista dá dicas para te ajudar a selcionar o que seu
filho carrega na mochila e esclarece qual é a melhor maneira de fazer
isso.
De acordo com o ortopedista do Hospital Orthomed Center – Uberlândia (MG), Leandro Gomide, as mochilas muito pesadas ou inadequadas podem causar dores na região lombar da criança, baixo rendimento durante as aulas e irritabilidade no período escolar.
“Estes são os principais sintomas que devem ser observados pelos pais. Mas, é preciso alertar que inúmeras doenças podem afetar uma criança ou jovem que utiliza a mochila inadequada”, diz o ortopedista.
Qual mochila usar?
Segundo informações da Academia Americana de Pediatria as mochilas devem ter tiras largas e acolchoadas, duas alças, possuir acolchoamento posterior e serem confeccionadas com o material mais leve possível.
O ortopedista lembra que a mochila deve ser proporcional ao tamanho da criança para se ajustar bem à coluna, sem folga. “Se a mochila não se ajusta ao corpo, o tronco é forçado a ir para trás o que consequentemente também força os músculos da criança, fazendo com que ela curve os ombros para facilitar o equilíbrio”, ressalta.
Estudos comprovam que o peso da mochila deve estar entre 10 e 20% do peso corporal da criança. “Se a criança tem 40 quilos, a mochila deve ter, no máximo, cinco quilos”, explica o médico que ainda deixa uma dica: “Organizar a mochila é fundamental. Deixar os objetos mais pesados no centro e mais próximos das costas é uma forma de prevenir problemas futuros”.
Quando a criança já tem algum problema causado pelo peso das mochilas o ortopedista explica que a solução é fazer fisioterapia, RPG, natação, alongamentos musculares, exercícios físicos e orientações posturais. Mas, o médico alerta, cada caso tem um cuidado diferente.
“O primeiro passo é encaminhar a criança a um ortopedista para fazer uma avaliação clínica e somente assim o médico poderá indicar o melhor tratamento. Contudo, o melhor remédio continua sendo a prevenção. Adotando regras simples é possível evitar problemas que podem se estender até a fase adulta”, adverte.
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