Na corrida, em busca de respostas, cada um em seu ramo de estudos, dividindo a ciência em vários segmentos, (que para mim é UNA), os biólogos, como os físicos, freqüentemente tratam da questão do livre-arbítrio, em confronto com os religiosos kardecistas. O debate questiona a importância da genética e da biologia no comportamento humano quando comparados com a cultura e o ambiente. Os estudos genéticos identificaram vários fatores genéticos específicos que afetam a personalidade do indivíduo, de casos óbvios como a síndrome de Down a efeitos mais sutis como a predisposição estatística à esquizofrenia.
Todavia, não é certo que a determinação ambiental é menos ameaçadora para o livre-arbítrio do que a determinação genética. A última análise do genoma humano mostra que temos apenas uns 20.000 genes. Tais genes, e o material genético intron reconsiderado, junto com o redescrito MiRNA, permite um nível de complexidade molecular análogo à complexidade do comportamento humano. Desmond Morris e outros antropólogos evolucionários estudaram a relação entre comportamento e seleção natural em humanos e outros primatas.
A investigação mostra que a genética humana pode ser insuficiente para explicar tendências comportamentais, e que fatores ambientais evolucionariamente vantajosos, como o comportamento dos pais e os padrões culturais, modulam tais fatores genéticos. Nenhum desses fatores (complexidade genética e comportamento cultural vantajoso) requer o livre-arbítrio para explicar o comportamento humano.
Chegamos a absurdos de estudar situações simples, como por exemplo o estudo experimental realizado por Alvaro Pascual-Leone, que envolveu pedir a pessoas que escolhessem ao acaso qual mão mover. Ele descobriu que estimulando diferentes hemisférios do cérebro usando campos magnéticos é possível influenciar fortemente a mão que a pessoa escolhe. Normalmente destros escolhem mover a mão direita 60% das vezes, por exemplo, mas quando o hemisfério direito é estimulado eles escolhem sua mão esquerda 80% das vezes. O hemisfério direito do cérebro é responsável pelo lado esquerdo do corpo, e o hemisfério esquerdo pelo direito. Apesar da influência externa sobre sua tomada de decisão, as pessoas continuam a relatar que acreditam que sua escolha da mão foi feita livremente.
Veja, não é querer demais, saber demais... para que saber tudo isto? Por que simplesmente não utilizamos os nossos perfeitos movimentos, nossa inteligência, irracional, racional, subconsciente ou consciente para ver no próximo UM IGUAL, distribuir as riquezas, e as fraquezas? Por que queremos ser o MAIOR, o MELHOR em tudo, TERMOS MUITO de tudo, quando na verdade MORREMOS e deixamos TUDO onde está? Por que não utilizamos o que nos foi dado gratuitamente, simplesmente, e deixar para que outros que nos sucederem possam também usufruir, ao invés de querermos ficar com tudo, ter tudo, modificar tudo... brigamos por tudo, por uma simples preferência no trânsito, por uma vaga no estacionamento, por que brigamos por um pedacinho temporário de terra, quando TODA A TERRA DO UNIVERSO é nossa, inclusive nos sepultará para sempre, quando formos para outra dimensão?...
Veja que para paradoxo, observemos quanto o ser humano é ignorante, arrogante e que exorbita na hipocrisia.
É pré-noite de ANO NOVO, penúltimo dia do ano (vale notar que esta ideia de tempo cronológico já é ditada pelo homem.. o tempo é uno....), inexistindo esta cronologia, que nada mais é fruto de um engôdo, para que se consuma mais, se suje mais, enfim, comercialize mais. As pessoas ficam num FRENESI, numa alegria insana, preparam festas, gastam com comidas típicas para a época, fazem preparativos para a comemoração da passagem do ano que se finda, e nascimento de um novo ano, como se fosse uma NOVA ETAPA na VIDA de cada um, um novo começo.
Sinceramente não sei de onde vem tanta alegria em um só momento, num só dia!!! Ora, me questiono: não fazemos esta renovação diariamente? Quando acordamos e quando dormimos? Não estamos encerrando um ciclo e iniciando outro? Então, por que não se comemora diariamente? Por que só fazemos isso no final do ano e no dia do nosso aniversario onde comemoramos o dia do nosso nascimento? Creio que há um contrassenso, pois a cada dia que se passa pelo calendário cronológico feito pelo homem, que dividiu o tempo entre era cristão e antes de cristo, (observem que sempre se parte de uma ideia que se apega como se verdadeira fosse...) mas que na verdade não se tem parâmetro para afirmações.
Ora, na verdade, o que se comemora pois ao nascermos contamos regressivamente nosso fim... Então se comemora o quê na passagem do ano? O envelhecimento de nosso corpo, nossa morte? Que hipocrisia, pois a própria sociedade, nossos amigos, parentes, tripudiam da velhice, como se não fossem envelhecer, como se no outro tudo bem, em mim nunca, jamais ficarei assim... nunca pensamos que se pode ocorrer conosco o que ocorre com um igual. Não seria mais fácil ver no semelhante um igual e não nos preocupar apenas e tão-somente com nosso bem, de nossa familia, enquanto o outro, sofre, e passa fome... não seria mais fácil, aceitarmos a vida, e o mundo como nos foi dado... gratuitamente, sem que nos fosse imposto qualquer condição? Não seria mais fácil deixar de ficar inerte ao sofrimento alheio, deixar de se preocupar apenas com nosso conforto? Aceitar os fatos simplesmente, observando e consumindo com equilíbrio? Para que todos possa também apreciar o bom e o belo? Já sabemos que a terra em que vivemos é redonda, e que gira em seu próprio eixo, então, que adianta, ludibriar alguém, levar vantagem agora, se quando a Terra completar o giro, poderá aquele que lesamos, nos encontrar novamente??? Porque simplesmente, não usufruímos plenamente do que temos gratuitamente, por exemplo, antes de termos um apartamento em frente ao mar, pagando verdadeira fortuna, um carro de luxo etc.. Não entendemos que precisamos ter boa visão, boa saúde, para caminhar, ver a natureza, enquanto muitos não enxerga... não anda, não tem saúde... enfim, não se precisa de muito para viver em abundância.
Reflitam, vamos formar a corrente do equilíbrio. Se valorizamos o que temos, o que não temos nos virá por acréscimo...
por Djalma da Silva Leandro - drdjalma@uol.com.br
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