Nas faixas e cartazes, os integrantes da marcha brincaram com chavões com as quais as mulheres "livres" são rotuladas
Gritando palavras de ordem contra o preconceito e a
violência contra a mulher, integrantes da Marcha das Vadias protestaram
nas ruas do Centro de Goiânia neste sábado. De acordo com a organização
da caminhada, que teve como tema "quebre o silêncio", cerca de 400
pessoas participaram desta terceira edição do movimento, mobilizados
principalmente por meio das redes sociais.
A concentração para a marcha começou por volta das 9h na
praça Universitária e, em seguida, percorreu as principais avenidas da
região central, finalizando na praça Cívica. Uma das organizadoras do
protesto, a estudante Débora Hevellyn, 21 anos, é coordenadora do
Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Goiás,
e, assim como vários participantes, a maioria mulheres, pintou e
mostrou o corpo com palavras e frases de cunho feminista, para lembrar e
dar visibilidade a ainda condição frágil da mulher.
"Estamos aqui para mostrar que a mulher é agredida não
só através da violência física, mas por muitas outras violências, a
maior delas o preconceito, e que não aceitamos mais isso", disse ela. A
advogada Kelly Gonçalves, 33 anos, que também ajudou a organizar a
marcha, disse que o objetivo principal do protesto é chamar a atenção
para os males do machismo.
"Isso só denigre a mulher. Além disso, lutamos pelo
direito de escolha, em relação ao sexo, a ter filhos e a ocupar o nosso
espaço, da maneira e forma que quisermos", explicou. Nas faixas e
cartazes, os integrantes da marcha brincaram, muitas vezes, com chavões e
termos preconceituosos com as quais as mulheres "livres" são rotuladas,
além de temas como aborto e homofobia.
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