Carros com raio-x vão rastrear armas durante a Jornada
Equipamentos permitem visualizar o interior dos veículos, ficarão em estradas e também serão usados na Copa das Confederações
Maria Luisa Barros
Rio - Policiais rodoviários federais vão usar
aparelhos de raio-x para rastrear armas, drogas e explosivos em veículos
durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio, no mês que vem.
As vans equipadas com o scanner móvel também
serão posicionadas nos acessos aos estádios de futebol para garantir a
segurança do público nos jogos da Copa das Confederações. Cada
cidade-sede do torneio ganhará pelo menos uma van com o scanner.
O aparelho instalado na parte traseira da van faz
a radiografia dos veículos em movimento. As imagens são transmitidas em
tempo real para a tela de um computador que fica na cabine da van e é
monitorada pelo policial.
O equipamento é capaz de detectar
materiais sólidos e líquidos, quentes e frios. A radiografia aponta a
presença de pessoas e cargas. Com o raio-x, a PRF consegue localizar
mercadorias contrabandeadas em fundos falsos dos veículos, sem precisar
parar todos os motoristas.
Aparelhos mostram o interior de veículos e são importados dos EUA
Foto: Reprodução
De acordo com a Secretaria
Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), órgão do
Ministério da Justiça, serão adquiridos mais 12 equipamentos até a Copa
do Mundo.
A presidenta Dilma Roussef anunciou no programa
semanal Café com a Presidenta que o governo federal vai repassar R$ 30
milhões aos estados para reforçar o patrulhamento. Segundo ela, cada
estado receberá um scanner e, para os que estão em região de fronteira,
serão entregues dois aparelhos.
"Eles localizam drogas e armas nos caminhões e
nos carros, até nos pneus ou na lataria dos veículos", explicou. O
equipamento começou a ser usado nos estados de fronteira em novembro.
Ao todo, 65 patrulheiros foram treinados para
usar o aparelho. A expectativa é que durante a Jornada 21 mil veículos
entrem no Brasil, a maioria da Argentina. Contra imigrantes ilegais
O equipamento importado dos Estados Unidos é
usado pela polícia americana na fronteira com o México para descobrir
imigrantes que tentam entrar ilegamente no país escondidos em caminhões
baús.
Em dezembro, a PRF apreendeu 406 kg de cocaína,
avaliados em R$ 20 milhões, usando o equipamento. A droga estava em
caminhão frigorífico que transportava carne para São Caetano do Sul
(SP).
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