Alemanha tira a França e está na semifinal
Após vitória por 1 a 0 no Maracanã, eles agora vão esperar por Brasil ou Colômbia.
Sempre ela: Neuer brilha, Alemanha bate França e vai à 4ª semi seguida
Gol de Hummels no primeiro tempo garante vitória de 1 a 0 em jogo duro no Maracanã e coloca alemães no caminho do Brasil - caso passe da Colômbia
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É como se estivesse determinado nas escrituras da Copa do Mundo, como
se estivesse tatuado no espírito do futebol desde que a bola é bola:
quando chegar aquele momento em que restarão poucos sobreviventes, a
Alemanha será um deles. Onipresente na reta final de Mundiais,
alimentada por decisões, a seleção tricampeã do mundo venceu a França
por 1 a 0 nesta sexta-feira, sob um sol que chicoteava a pele no
Maracanã, e está classificada para as semifinais da Copa de 2014. Pegará
Brasil ou Colômbia na busca por lugar na final.
O gol de Hummels, ainda no primeiro tempo, e duas defesas sensacionais de Neuer, uma aos 48 minutos do segundo tempo, num chute de Benzema, deram à Alemanha sua quarta presença consecutiva entre os semifinalistas – foi vice em 2002 e terceira colocada em 2006 e 2010. É a 13ª vez que a seleção germânica garante um lugar entre os quatro primeiros. Ninguém, nem o Brasil, é tão presente quanto ela.
Manter a rotina, porém, foi dos ossos mais duros de se roer. A França, no jogo de sua eliminação, mais comprovou do que questionou o bom desempenho que teve no Mundial. Encarou de frente um oponente que carregava natural favoritismo. Caiu, mas poderia ter seguido.
Alemanha na frente
O primeiro gol do jogo, décimo da Alemanha na Copa, foi a quarta bola que ela mandou para a rede em lances de bola parada no torneio – o próprio Hummels marcara assim contra Portugal. É de deixar o adversário zonzo: quando não chega por baixo, chega por cima.
Mas de zonza a França não teve nada. Antes e depois do gol, foi uma equipe firme – que jamais se permitiu duvidar de sua capacidade de encarar a Alemanha. Com Griezmann entre os titulares e Giroud no banco, Didier Deschamps deu mobilidade ao time. Tornou-o ainda mais vertical.
Foram sete conclusões francesas no primeiro tempo – ou defendidas por Neuer, ou para fora. Pogba foi o síndico do meio-campo, Valbuena movimentou-se como se disso dependesse sua vida, Griezmann apareceu sempre no lugar certo - e tudo convergendo para Benzema. O camisa 10 teve três chances. A zaga cortou a primeira por cima e acossou o atacante, sem espaço para encaixar o corpo, na segunda – após grande defesa de Neuer em conclusão de Valbuena. Na terceira, o goleiro voltou a trabalhar e evitou o empate francês.
Marchemos, marchemos
Restou à França no segundo tempo fazer aquilo que prega seu hino: “Marchemos, marchemos”. Les Bleus partiram para o ataque. Era reagir ou reagir. A posse de bola, antes favorável à Alemanha, migrou para o time de Didier Deschamps. Mas aí a zaga alemã, frágil em outros momentos da Copa, se mostrou segura.
Em nenhum momento a França conseguiu emparedar o adversário do campo de defesa. Teve bons ataques, criou boas chances, mas nada que derrubasse os alicerces do jogo do oponente. Neuer defendeu cabeceio de Varane. E nada. Benzema foi travado por Hummels (que jogo de Hummels). E nada.
Na prática, o contra-ataque alemão se tornou mais perigoso do que os ataques franceses. Chute de Müller flertou com a trave de Lloris. E o goleiro fez grande defesa com o pé em conclusão de Schürrle – o atacante depois seria bloqueado por Varane.
Conforme passava o tempo, mais a França se debatia em busca de algum espaço – e mais a Alemanha se mostrava dona do jogo. Mesmo asism, chute cruzado de Benzema só não entrou porque Neuer, gigante, salvou.
A serenidade alemã, contra um adversário tão bom, talvez tenha sido o maior respaldo para sua classificação. Sem tamanha tranquilidade, talvez não fosse possível chegar às semifinais.
Mas ela chegou. A Alemanha chega sempre.
O gol de Hummels, ainda no primeiro tempo, e duas defesas sensacionais de Neuer, uma aos 48 minutos do segundo tempo, num chute de Benzema, deram à Alemanha sua quarta presença consecutiva entre os semifinalistas – foi vice em 2002 e terceira colocada em 2006 e 2010. É a 13ª vez que a seleção germânica garante um lugar entre os quatro primeiros. Ninguém, nem o Brasil, é tão presente quanto ela.
Manter a rotina, porém, foi dos ossos mais duros de se roer. A França, no jogo de sua eliminação, mais comprovou do que questionou o bom desempenho que teve no Mundial. Encarou de frente um oponente que carregava natural favoritismo. Caiu, mas poderia ter seguido.
Alemanha comemora gol de Hummels, o lance da classificação às semifinais (Foto: EFE)
Miroslav Klose, empatado com Ronaldo como maior artilheiro da história
das Copas, começou o jogo como titular no Maracanã - cuja nova versão
recebeu a centésima partida. Mas pouco fez. Acabou substituído no
segundo tempo. Agora, tem mais dois jogos para poder bater o recorde. E
um deles, quem sabe, justamente contra o Brasil. A semifinal alemã será
terça-feira, às 17h, no Mineirão.Alemanha na frente
Neuer trabalha bem e evita empate da França no
primeiro tempo (Foto: AP)
A Alemanha engana bobo. Tem um time de toque de bola, de circulação, de
movimentação. É intensa, é propositiva. Parece que vai enrolar o
adversário na teia de seu jogo e matá-lo assim, a conta-gotas. Aí é
aquilo: quando rola um lance de bola parada, o adversário chega a
respirar aliviado – aconchegado na ideia de finalmente não ver a bola
girando de um lado para o outro. E se lasca. Aos 12 minutos do primeiro
tempo, Hummels, de cabeça, em falta batida por Kroos, colocou a Alemanha
na frente na tarde desta sexta-feira.primeiro tempo (Foto: AP)
O primeiro gol do jogo, décimo da Alemanha na Copa, foi a quarta bola que ela mandou para a rede em lances de bola parada no torneio – o próprio Hummels marcara assim contra Portugal. É de deixar o adversário zonzo: quando não chega por baixo, chega por cima.
Mas de zonza a França não teve nada. Antes e depois do gol, foi uma equipe firme – que jamais se permitiu duvidar de sua capacidade de encarar a Alemanha. Com Griezmann entre os titulares e Giroud no banco, Didier Deschamps deu mobilidade ao time. Tornou-o ainda mais vertical.
Foram sete conclusões francesas no primeiro tempo – ou defendidas por Neuer, ou para fora. Pogba foi o síndico do meio-campo, Valbuena movimentou-se como se disso dependesse sua vida, Griezmann apareceu sempre no lugar certo - e tudo convergendo para Benzema. O camisa 10 teve três chances. A zaga cortou a primeira por cima e acossou o atacante, sem espaço para encaixar o corpo, na segunda – após grande defesa de Neuer em conclusão de Valbuena. Na terceira, o goleiro voltou a trabalhar e evitou o empate francês.
Marchemos, marchemos
Restou à França no segundo tempo fazer aquilo que prega seu hino: “Marchemos, marchemos”. Les Bleus partiram para o ataque. Era reagir ou reagir. A posse de bola, antes favorável à Alemanha, migrou para o time de Didier Deschamps. Mas aí a zaga alemã, frágil em outros momentos da Copa, se mostrou segura.
Em nenhum momento a França conseguiu emparedar o adversário do campo de defesa. Teve bons ataques, criou boas chances, mas nada que derrubasse os alicerces do jogo do oponente. Neuer defendeu cabeceio de Varane. E nada. Benzema foi travado por Hummels (que jogo de Hummels). E nada.
Na prática, o contra-ataque alemão se tornou mais perigoso do que os ataques franceses. Chute de Müller flertou com a trave de Lloris. E o goleiro fez grande defesa com o pé em conclusão de Schürrle – o atacante depois seria bloqueado por Varane.
Conforme passava o tempo, mais a França se debatia em busca de algum espaço – e mais a Alemanha se mostrava dona do jogo. Mesmo asism, chute cruzado de Benzema só não entrou porque Neuer, gigante, salvou.
A serenidade alemã, contra um adversário tão bom, talvez tenha sido o maior respaldo para sua classificação. Sem tamanha tranquilidade, talvez não fosse possível chegar às semifinais.
Mas ela chegou. A Alemanha chega sempre.
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