A mídia impressa - mas também a mídia televisiva - está em declínio no mundo inteiro: Seu modelo de negócios está na berlinda.
Altamiro Borges - Blog do Miro
Coitada das galinhas! Na campanha
eleitoral, Reinaldo Azevedo, o pitbull da Veja, ameaçou ir cuidar das
galinhas caso Dilma Rousseff fosse reeleita. A exemplo do patético
Lobão, que prometeu deixar o Brasil, ele também recuou na sua palavra –
que não vale nada mesmo. Agora, porém, ele pode estar preocupado com
outro trauma. Nesta semana, a Editora Abril anunciou o fechamento da
revista Info, especializada em tecnologia e cultura digital. Alguns já
preveem o mesmo destino para a revista Veja, que garante o emprego do
fascistóide “criador de galinhas”.
Comunicado
divulgado nesta segunda-feira (1), a Abril informa que a revista Info
passará a ser exclusivamente digital a partir de fevereiro do próximo
ano. “A inovação faz parte do DNA da Info e de seus leitores, e ser uma
publicação 100% digital é absolutamente adequado para esse título”,
tenta justificar André Lahóz, diretor da empresa. Este não é o primeiro
sintoma da grave crise do império midiático da famiglia Civita. Em junho
passado, ela transferiu dez revistas para a Editora Caras. Em 2013, ela
já havia fechado outros quatro títulos – Alfa, Bravo, Lola e Gloss.
Para o jornalista Paulo Nogueira, do blog ‘Diário do Centro do Mundo’, a revista Veja terá o mesmo destino – mais cedo do que tarde. “A Info é a Veja amanhã. Não é frase de efeito. É uma realidade doída. Quer dizer: doída para os leitores da Veja. O que aconteceu com a Info – desativar a edição regular e manter-se na internet – é o caminho inevitável para as revistas impressas”. Este fenômeno, que ocorre em escala mundial, deve-se a duas causas básicas: à explosão da internet, que atrai principalmente os jovens, e à crise de credibilidade dos veículos tradicionais.
A mídia impressa – mas também a mídia televisiva – está em declínio no mundo inteiro. Seu modelo de negócios está na berlinda – com a queda de tiragens e audiências e, consequentemente, a perda das milionárias verbas de publicidade. Como já apontou o escritor Ignacio Ramonet, no livro “A explosão do jornalismo”, a internet acelerou a crise da mídia monopolista. Somente nos EUA, mais de 120 jornais foram fechados nos últimos anos. Na Europa, jornalões e revistonas tradicionais também reduzem suas equipes e anunciam seu fim.
A revista Veja pode até demorar um pouco mais para acabar ou para efetuar ajustes. Não por razões econômicas – já que a tiragem e a publicidade também tendem a recuar. Mas, sim, por motivos políticos. Ela segue sendo um poderoso instrumento da direita nativa, conforme demonstrou na recente campanha eleitoral com suas capas criminosas. Mesmo em crise, ela seguirá desempenhando o papel de importante partido das elites. As forças conservadoras da sociedade – governos direitistas e corporações empresariais – farão de tudo para mantê-la viva.
Mas, retornando às previsões de Paulo Nogueira, a Veja não conseguirá escapar desta triste sina. “À medida que o jornalismo digital vai-se tornando dominante, as revistas de papel vão enfrentar uma escolha complicada. Uma saída é simplesmente fechar. A Abril fez isso com vários títulos. A outra é sobreviver na internet, mas em bases inteiramente diversas... A melhor imagem é a das carroças quando surgiram os carros. Passado algum tempo, não sobrou nenhum fabricante de carroça. Eu disse longo prazo. Mas longo prazo, na era da internet, costuma ser muito mais rápido do que o habitual”.
Para o jornalista Paulo Nogueira, do blog ‘Diário do Centro do Mundo’, a revista Veja terá o mesmo destino – mais cedo do que tarde. “A Info é a Veja amanhã. Não é frase de efeito. É uma realidade doída. Quer dizer: doída para os leitores da Veja. O que aconteceu com a Info – desativar a edição regular e manter-se na internet – é o caminho inevitável para as revistas impressas”. Este fenômeno, que ocorre em escala mundial, deve-se a duas causas básicas: à explosão da internet, que atrai principalmente os jovens, e à crise de credibilidade dos veículos tradicionais.
A mídia impressa – mas também a mídia televisiva – está em declínio no mundo inteiro. Seu modelo de negócios está na berlinda – com a queda de tiragens e audiências e, consequentemente, a perda das milionárias verbas de publicidade. Como já apontou o escritor Ignacio Ramonet, no livro “A explosão do jornalismo”, a internet acelerou a crise da mídia monopolista. Somente nos EUA, mais de 120 jornais foram fechados nos últimos anos. Na Europa, jornalões e revistonas tradicionais também reduzem suas equipes e anunciam seu fim.
A revista Veja pode até demorar um pouco mais para acabar ou para efetuar ajustes. Não por razões econômicas – já que a tiragem e a publicidade também tendem a recuar. Mas, sim, por motivos políticos. Ela segue sendo um poderoso instrumento da direita nativa, conforme demonstrou na recente campanha eleitoral com suas capas criminosas. Mesmo em crise, ela seguirá desempenhando o papel de importante partido das elites. As forças conservadoras da sociedade – governos direitistas e corporações empresariais – farão de tudo para mantê-la viva.
Mas, retornando às previsões de Paulo Nogueira, a Veja não conseguirá escapar desta triste sina. “À medida que o jornalismo digital vai-se tornando dominante, as revistas de papel vão enfrentar uma escolha complicada. Uma saída é simplesmente fechar. A Abril fez isso com vários títulos. A outra é sobreviver na internet, mas em bases inteiramente diversas... A melhor imagem é a das carroças quando surgiram os carros. Passado algum tempo, não sobrou nenhum fabricante de carroça. Eu disse longo prazo. Mas longo prazo, na era da internet, costuma ser muito mais rápido do que o habitual”.
Créditos da foto: Latuff
Nenhum comentário:
Postar um comentário