Pesquisadores de universidade australiana acreditam que características genéticas deixam homens e mulheres mais propensos a pular a cerca
Foto: Paffy69 / iStock
O desejo de trair pode ser hereditário, segundo indica
um estudo de pesquisadores da Universidade de Queensland, na
Austrália. Os pesquisadores concluíram que variações genéticas podem
fazer com que tanto homens quanto mulheres tenham maior propensão a
cometer adultétio.
O estudo, publicado na revista científica Evolution & Human Behaviour , analisou o comportamento de mais de 7 mil pares de gêmeos na Finlândia, com idades de 18 a 49 anos, todos em relacionamentos estáveis.
O estudo, publicado na revista científica Evolution & Human Behaviour , analisou o comportamento de mais de 7 mil pares de gêmeos na Finlândia, com idades de 18 a 49 anos, todos em relacionamentos estáveis.
Os pesquisadores compararam as diferenças de
comportamento entre casais de gêmeos: os idênticos, que compartilham
todos os genes, e os fraternos, que apresentam diferenças.
Cerca de 10% dos homens e 6,4% das mulheres tinham
pulado a cerca no ano anterior. Os resultados sugerem que 63% do
comportamento infiel nos homens e 40% nas mulheres podem ser atribuídos à
herança genética.
No caso das mulheres, os cientistas detectaram que
variações em um gene chamado AVPRIA estava associado ao comportamento
infiel. Este gene é associado à produção da arginina vasopressina, um
hormônio envolvido na regulação do comportamento social e que mostrou
ter influência em testes com roedores.
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"Nossa
pesquisa mostra que a genética influencia a possibilidade de pessoas
fazerem sexo com parceiros fora de seu relacionamento", explica Brendan
Zietsch, coordenador do estudo.
Origens da infidelidade
A infidelidade é um assunto que provoca mistério na comunidade científica, que tradicionalmente busca explicações na biologia evolucionária. Para homens, a poligamia seria explicada pela necessidade da preservação da espécie: mais sexo resultaria em mais filhos.
A infidelidade é um assunto que provoca mistério na comunidade científica, que tradicionalmente busca explicações na biologia evolucionária. Para homens, a poligamia seria explicada pela necessidade da preservação da espécie: mais sexo resultaria em mais filhos.
No caso das mulheres, porém, há divergências. Trair
costuma ser visto como um tipo de "efeito colateral" provocado pelo
comportamento masculino; ou então como resultado de uma ação mais
instintiva: em tempos mais primitivos, ter filhos com vários parceiros
reduziria a possibilidade de infanticídio.
Este debate fez com que os pesquisadores de Queensland
examinassem também o comportamento de gêmeos de sexo diferentes. Pelo
menos na amostra estudada, eles não identificaram nenhuma correlação
significativa de promiscuidade de influência social.
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