Artigo lembra que a voz da sociedade nem sempre se sintoniza com nossas análises e profecias
Artigo de Juan Arias publicado nesta segunda-feira (18) pelo El País, analisa que os políticos não aprendem, e acabam desconcertados pela sociedade. Isso é o que emerge da última pesquisa do Datafolha. Não é preciso ser um semiótico ou um psicanalista para advertir que o resultado dessa pesquisa acrescenta mais de uma surpresa ao momento crítico que o Brasil vive. É fato que, como na vida, tudo é relativo e fugaz, mas, no entanto, há realidades que se impõem.Por exemplo, diz o artigo de El País, poucos poderiam imaginar que a maioria dos brasileiros preferiria o tenebroso, golpista e direitista Temer e seu Governo (50%) que a inocente, perseguida e progressista Dilma (30%). Também não era de se esperar que em só dois meses de um Governo interino, com muitos de seus ministros sob suspeita de corrupção,incluindo o próprio Temer, o índice de confiança na melhora da economia tenha crescido 17 pontos. Como é possível, além disso, que Temer seja rejeitado só por 31% da sociedade, enquanto Dilma, ainda presidente, era por 65%?

Para finalizar, o texto fala que as surpresas da pesquisa não acabam aqui: se hoje houvesse eleições gerais, quem as ganharia em um segundo turno e com ampla margem, contra todos: contra Lula, Aécio, Serra, Alckmin, Ciro Gomes, etc., seria a muda, a frágil, a misteriosa, a evangélica, Marina Silva. Quem saberia explicar? Junto a isso, o maior problema que angustia os brasileiros, contra o que se poderia esperar, não é a violência, nem a educação, nem a saúde, nem a corrupção. Que os políticos não se esqueçam, os de direita e os de esquerda com tentações de colocar travas nas rodas da Lava Jato. Pagariam duramente. Políticos e intelectuais, não deveríamos esquecer que a voz da sociedade nem sempre se sintoniza com nossas análises e profecias.
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Um comentário:
Uma das razões principais é o o apoio da mídia golpista e o ódio ao Partido dos trabalhadores.
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