Nova leva de delações premiadas na Lava Jato envolveriam o nome do
ministro golpista das Relações Exteriores e se somariam a citações já
feitas às autoridades
Foto: Agência Senado.
O ministro golpista das Relações Exteriores, José Serra, tem
protagonizado diversos episódios que revelam a mudança brusca na
diplomacia brasileira, com fortes indicativos de que irá submetê-la aos
ditames dos EUA. Mas é o surgimento de novas citações na Operação Lava
Jato que preocupam Serra.
Conforme informações publicadas pela imprensa no último mês, Serra
figura como um dos citados nas delações premiadas das construtoras OAS e
Odebrecht que estão em negociação com as autoridades investigativas que
compõem a Lava Jato. As citações se referem ao período em que Serra
governou o Estado de São Paulo (2007-2010).
Os conteúdos publicados informam que as delações irão trazer à tona
acordos para pagamento de propinas em obras públicas da gestão Serra
como governador.
A delação que está sendo negociada pela OAS, de acordo com as
informações veiculadas pela imprensa, envolveria o sócio e ex-presidente
da construtora Léo Pinheiro. Ele teria dito às autoridades que acertou
propina com uma pessoa muito próxima a Serra, que falou em nome do
governador de São Paulo à época.
No caso da delação da Odebrecht, os acertos seriam relacionados ao
Rodoanel. Os pagamentos teriam sido feitos a Paulo Vieira de Souza,
conhecido como Paulo Preto, e diretor da Dersa (Departamento de Estradas
e Rodagens S.A.), empresa que administra as estradas paulistas.
Em março deste ano, Serra já havia aparecido na chamada “lista da
Odebrecht”, conjunto de planilhas apreendidos com o presidente da
empreiteira com mais de 200 nomes de políticos que receberam doações da
construtora. Além de Serra, é citado o presidente do PSDB, senador Aécio
Neves (MG), e o ex-ministro golpista do Planejamento, Romero Jucá.
No início de junho, o golpista José Serra foi citado pela empreiteira
OAS nas negociações para firmar acordo de delação premiada. O tucano
seria um dos cerca de cem políticos que devem ter seus nomes envolvidos
na delação da OAS, com detalhes das contribuições recebidas para
campanhas eleitorais.
A citação mais recente a Serra envolve o ex-deputado federal Márcio
Fortes, que seria um dos interlocutores do tucano junto ao empresariado.
A citação teria feito Serra se consultar com renomados advogados
brasileiros para se defender do que vem pela frente. Por hora, Serra
nega as acusações e diz que não tem interlocutor autorizado a falar em
seu nome. Serra segue a condução de uma política externa que desmonta as
pontes criadas pelo Brasil nas últimas décadas e é alvo de críticas e
manifestações.
Agência PT de Notícias.
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