No último
domingo, a Folha de S. Paulo publicou uma pesquisa feita sob medida para
legitimar o golpe parlamentar no Brasil. O levantamento informava que
50% dos brasileiros defendem que Michel Temer continue na presidência,
32% querem a volta da presidente Dilma Rousseff e apenas 3% são
favoráveis à tese de novas eleições (leia aqui).
No mesmo dia, reportagem do 247 esclareceu que se tratava de uma evidente fraude estatística. O motivo: outros institutos, como o Ibope e o Paraná Pesquisa, haviam feito pesquisas indicando que 63% querem novas eleições – número próximo ao de uma pesquisa do próprio Datafolha realizada em abril (leia aqui). Como Temer não realizou nenhum milagre nos últimos dois meses, tendo inclusive perdido ministros por denúncias de corrupção e adotado medidas impopulares, como aumentos de servidores públicos, nada explicaria que os 63% a favor de novas eleições virassem 3% em tão pouco tempo.
Ontem, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, publicou nova reportagem explicando como se deu a fraude. Ele informou que a pesquisa da Folha colocou apenas duas alternativas diante dos entrevistados: a permanência de Temer ou a volta de Dilma – ou seja, sem a possibilidade de novas eleições (argumento que Dilma tem usado para convencer senadores indecisos).
Mais do que simplesmente indicar a fraude, a reportagem do The Intercept também afirmou que os meios de comunicação brasileiros representam uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão, ao incitar golpes e manipular informações para que eles se consolidem (leia aqui).
Diante das evidências, o próprio Datafolha capitulou e admitiu ter cometido uma "imprecisão" no último domingo.
"A gerente do Datafolha Luciana Schong afirma que as perguntas foram determinadas pela Folha. Ela reconheceu que é enganoso afirmar que 3% dos brasileiros querem novas eleições já que os entrevistados não foram questionados sobre isso. Schong também admitiu que declarar que 50% dos brasileiros querem Temer é uma imprecisão se não for esclarecido que a questão limitou as alternativas a apenas duas", informa o Intercept sobre o caso.
No mesmo dia, reportagem do 247 esclareceu que se tratava de uma evidente fraude estatística. O motivo: outros institutos, como o Ibope e o Paraná Pesquisa, haviam feito pesquisas indicando que 63% querem novas eleições – número próximo ao de uma pesquisa do próprio Datafolha realizada em abril (leia aqui). Como Temer não realizou nenhum milagre nos últimos dois meses, tendo inclusive perdido ministros por denúncias de corrupção e adotado medidas impopulares, como aumentos de servidores públicos, nada explicaria que os 63% a favor de novas eleições virassem 3% em tão pouco tempo.
Ontem, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, publicou nova reportagem explicando como se deu a fraude. Ele informou que a pesquisa da Folha colocou apenas duas alternativas diante dos entrevistados: a permanência de Temer ou a volta de Dilma – ou seja, sem a possibilidade de novas eleições (argumento que Dilma tem usado para convencer senadores indecisos).
Mais do que simplesmente indicar a fraude, a reportagem do The Intercept também afirmou que os meios de comunicação brasileiros representam uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão, ao incitar golpes e manipular informações para que eles se consolidem (leia aqui).
Diante das evidências, o próprio Datafolha capitulou e admitiu ter cometido uma "imprecisão" no último domingo.
"A gerente do Datafolha Luciana Schong afirma que as perguntas foram determinadas pela Folha. Ela reconheceu que é enganoso afirmar que 3% dos brasileiros querem novas eleições já que os entrevistados não foram questionados sobre isso. Schong também admitiu que declarar que 50% dos brasileiros querem Temer é uma imprecisão se não for esclarecido que a questão limitou as alternativas a apenas duas", informa o Intercept sobre o caso.
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