Vivemos um culto ao trabalho que é a negação do bem estar. Então
publico aqui dez trechos de um clássico que combate esse culto, O
Direito à Preguiça, de Paul Lafargue. Que era genro do Marx, mas isso
não vem ao caso. Foi escrito em 1880, mas tem uma estranha atualidade,
como se vê pela bizarra proposta de jornada de trabalho de 80 horas
semanais.
Lafargue tinha que ser francês, claro. Seu livro foi uma resposta a um outro que proclamava o Direito ao Trabalho.
1) “Sejamos preguiçosos em tudo, exceto em amar e em beber, exceto em sermos preguiçosos.”
2)”O trabalho é a causa de toda a degenerescência intelectual, de
toda a deformação orgânica. Comparem o puro-sangue das cavalariças de
Rothschild, servido por uma criadagem de bímanos, com a pesada besta das
quintas normandas que lavra a terra, carrega o estrume, que põe no
celeiro a colheita dos cereais.”Lafargue tinha que ser francês, claro. Seu livro foi uma resposta a um outro que proclamava o Direito ao Trabalho.
1) “Sejamos preguiçosos em tudo, exceto em amar e em beber, exceto em sermos preguiçosos.”
3) ”Os filósofos da antigüidade ensinavam o desprezo pelo trabalho, essa degradação do homem livre; os poetas cantavam a preguiça, esse presente dos Deuses.”
4) ”Jeová, o deus barbudo e rebarbativo, deu aos seus adoradores o exemplo supremo da preguiça ideal; depois de seis dias de trabalho, repousou para a eternidade.”
5) ”O provérbio espanhol diz: Descansar es salud (Descansar é saúde).”
6) “A nossa época é, dizem, o século do trabalho; de fato, é o século da dor, da miséria e da corrupção.”
7) “Introduzam o trabalho de fábrica, e adeus alegria, saúde, liberdade; adeus a tudo o que fez a vida bela e digna de ser vivida.”
8 )”Que se proclamem os Direitos da Preguiça, milhares de vezes mais nobres e sagrados do que os tísicos Direitos do Homem; que as pessoas se obrigue a trabalhar apenas três horas por dia, a mandriar e a andar no regabofe o resto do dia e da noite”
9) “O trabalho desenfreado é o mais terrível flagelo que já atacou a humanidade.”
10) “A paixão cega, perversa e homicida do trabalho transforma a máquina libertadora em instrumento de sujeição dos homens livres: a sua produtividade empobrece-os.”
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