O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez críticas
aos juízes e procuradores da Lava Jato que se opõem à proposta de lei
que pune abuso de autoridades. Em entrevista publicada pela Folha de
S.Paulo nesta segunda-feira (24), o ministro afirmou que eles “imaginam
que devam ter licença para cometer abusos”. Ele explicou que “o
projeto é de 2009 e não trata exclusivamente de procuradores, mas sim de
todas as autoridades: delegados, membros de CPIs, deputados”. Gilmar Mendes afirmou que combate à corrupção da Lava Jato é um marcoPara
Mendes, apesar da Lava Jato ser um marco contra a corrupção, não
canoniza as “práticas ou decisões do juiz Moro e dos procuradores”, e a
operação Lava Jato estaria sendo usada “oportunisticamente” para a
defesa de privilégios do Judiciário, do Ministério Público e de outras
corporações. O ministro também citou “grupos corporativos”, que
utilizam o discurso de combate à corrupção para ter apoio popular e
aumento de salários, como a Advocacia-Geral da União (AGU), a Receita
Federal e a Polícia Federal. ”Isso se tornou estratégia de grupos
corporativos fortes para ter apoio da população. É uma esperteza
midiática. Não tem nada a ver com a realidade. Os juízes todos estão
agora engajados no combate à corrupção? São 18 mil Sérgios Moros? Sabe?
No fundo estão aproveitando-se oportunisticamente da Lava Jato.” Mendes
também enxerga a PEC 241 com bons olhos, que segundo ele poderia trazer
a oportunidade de uma maior transparência fiscal para o país. “Será a
grande chance de se trazer todos os poderes para uma realidade
institucional, com publicidade de seus gastos na internet para que sejam
submetidos a uma supervisão geral.” >> Veja a entrevista na íntegra.
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