Relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki enviou de volta à
Procuradoria Geral da República o acordo de delação premiada do
ex-deputado Pedro Corrêa, ex-presidente do PP, que acusou Lula de ser o
líder do esquema de corrupção na Petrobras; ministro pede novas
diligências para só então voltar a analisar se homologa ou não o acordo;
as "revelações", aceitas pelo juiz Sérgio Moro na primeira ação contra
Lula, foram consideradas sem provas específicas "amplas demais"
Nos depoimentos à força-tarefa da Lava Jato, Corrêa confessou ter arrecadado propina em contratos da Petrobras e acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser o líder do esquema de cartel e corrupção na estatal brasileira. As declarações foram utilizadas na primeira denúncia contra Lula aceita pelo juiz Sérgio Moro.
No despacho, o ministro Teori Zavascki pede novas diligências para só então voltar a analisar se homologa ou não o acordo. Segundo o jornalista Fausto Macêdo, além de vagas, sem provas específicas, as revelações do ex-deputado são amplas demais.
"Um risco para a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, é que uma possível rejeição pelo Supremo da delação possa gerar um efeito dominó, que derrubaria a validade legal do depoimento de Corrêa, no processo contra Lula, que será julgado por Moro", diz a reportagem.
A delação de Pedro Corrêa foi fechada em março deste ano.
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