11.09.2016

Globo, que fez o golpe no Brasil, publica editorial contra Trump


O jornal O Globo, dos irmãos Marinho, publicou na manhã desta quarta (9), em seu site um editorial duro contra a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos; intitulado "O retrocesso com Trump", o texto fala que "mais que surpreendente", a eleição do republicano é "preocupante para o mundo"; "Até agora, o avanço de grupos políticos nacional-populistas, xenófobos, anti-imigrantes e outras características típicas de movimentos reacionários contra a globalização parecia que poderia ficar restrito à parte da Europa, incluindo a Rússia de Putin. Trump desfez esta esperança", alerta; o editorial pede "muita atenção das lideranças políticas, em todo o planeta" para os passos que Trump tomará O jornal O Globo, dos irmãos Marinho, publicou na manhã desta quarta-feira (9) um editorial duro contra a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Intitulado "O retrocesso com Trump", o texto fala que "mais que surpreendente", a eleição de Trump é "preocupante para o mundo". O editorial compara o novo presidente a políticos europeus, como Putin, da Rússia, e pede "muita atenção das lideranças políticas, em todo o planeta" para os passos que Trump tomará.
Abaixo o texto:
O retrocesso com Trump 
Mais que surpreendente - porque havia esta possibilidade -, é preocupante para o mundo a vitória de Donald Trump. Até agora, o avanço de grupos políticos nacional-populistas, xenófobos, anti-imigrantes e outras características típicas de movimentos reacionários contra a globalização parecia que poderia ficar restrito à parte da Europa, incluindo a Rússia de Putin.
Trump desfez esta esperança. O americano branco, de média ou baixa qualificação, de preocupações limitadas ao seu emprego, ao bairro e à família, foi convencido por Trump de que o inimigo são os outros: países, estrangeiros etc. A mensagem trumpista não é diferente do discurso dos políticos europeus que avançam em eleições regionais.
Com a diferença de que na Europa há a memória de que discurso do mesmo padrão produziu uma catástrofe em escala mundial nas décadas de 30 e 40 do século passado. Lembrança que talvez possa servir de algum contrapeso em eleições mais decisivas. A ver.
Será preciso, seja como for, muita atenção das lideranças políticas, em todo o planeta, com o reforço que as forças do atraso, contrárias à integração entre as sociedades e economias, passam a ter com Donald Trump na Casa Branca. Para combatê-las de maneira eficiente, é necessário aprender com a derrota democrata.

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