Centenas de servidores públicos estaduais protestaram em
frente à Assembleia Legislativa (Alerj) nesta terça-feira 8; eles são
contra o pacote de medidas anunciado pelo governador Luiz Fernando Pezão
(PMDB) para enfrentar a crise financeira do estado e que deve começar a
ser votado na Alerj no próximo dia 16; segurança da Alerj pediu reforço
de policiais do Batalhão de Choque por conta do protesto de servidores;
pacote inclui 22 projetos de lei, que entras medidas, aumenta a
contribuição previdenciária; além desse aumento, a proposta do governo é
que todos os servidores, incluindo aposentados e pensionistas que
ganham menos de R$ 5.189 tenham um desconto previdenciário extra por 16
meses
O pacote inclui 22 projetos de lei já publicados no Diário Oficial. Um dos principais pontos é o aumento da contribuição previdenciária. Além desse aumento, a proposta do governo é que todos os servidores, incluindo aposentados e pensionistas que ganham menos de R$ 5.189, atualmente isentos da taxa, tenham um desconto previdenciário extra por 16 meses.
O policial militar Josué Divago disse que o protesto é para que os servidores tenham seus direitos respeitados, assim como o posicionamento em geral da classe contra o pacote de medidas do Estado. Divago lembrou que o aspecto psicológico, já pesado, que os militares enfrentam em seu dia de trabalho soma-se agora com a preocupação pelo futuro das próprias famílias.
"Estamos exigindo que nossos direitos sejam respeitados. Do jeito que está, não tem nenhuma condição de continuar. Nós já vivemos em uma tensão constante que é não saber se voltaremos para casa no fim do expediente e agora, além de não recebermos, seremos descontados no pouco que ganhamos. E quando ganhamos, há de se ressaltar. Um bom pacote seria a redução dos salários dos políticos que estão lá na Alerj e até do próprio Pezão. Por que não?", indagou.
A aposentada da área de saúde do estado, Maria das Graças, se mostrou indignada com o que ela chamou de "pagar o pato" por conta de uma má administração do governo estadual. Maria disse que, com os descontos em seu salário, ficará impossível cuidar da própria saúde, setor em que ela trabalhou por mais de 20 anos.
"Eu recebo R$ 900 de aposentadoria e serei descontada em R$ 300. Como viver com R$ 600? Será que o Pezão viveria com isso? Essa quantia não dá conta de, por exemplo, arcar com meu plano de saúde. Isso me entristece demais, pois passei grande parte da minha vida trabalhando em prol dessa área e agora eu tenho que recorrer aos planos privados, já que o Estado está sucateado e nos sucateando", lamentou.
Em nota divulgada ontem (7), o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, disse que as medidas, caso aprovadas, poderão produzir efeitos penosos e imediatos sobre a população em geral e não apenas sobre o funcionalismo público estadual. Já a assessoria de imprensa do Governo do Estado disse que não irá se posicionar diante desta nova manifestação e das acusações realizadas durante a mesma.
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