Na manhã desta terça-feira (8), os servidores da área da
segurança pública do estado do Rio realizaram um protestos em frente à sede da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(Alerj) contra o pacote de
medidas anunciados pelo governador, Luiz Fernando Pezão, com o intuito
de
sanear a saúde financeira do estado. A manifestação organizada pela área
da segurança foi aderido por servidores de outras áreas e ganhou ainda
mais força. Por volta das 10h30, os manifestantes
fecharam a Avenida Primeiro de Março. Já no início da tarde, um grupo
que
tentava dialogar com os parlamentares invadiu a sede da Alerj. Os
tapumes que
contornavam a Casa de Leis foram arrancados. A invasão provocou correria
dentro
da Alerj, e alguns manifestantes conseguiram cercar o deputado Wagner
Montes. As escadarias em frente à Alerj ficaram lotadas e os
funcionários pediram que o governo pague os servidores em dia. De acordo com as
lideranças do grupo, os protestos vão continuar até que a situação dos
servidores melhore. O pacote inclui 22 projetos de lei já publicados no Diário
Oficial. Um dos principais pontos é o aumento da contribuição previdenciária.
Além desse aumento, a proposta do governo é que todos os servidores, incluindo
aposentados e pensionistas que ganham menos de R$ 5.189, atualmente isentos da
taxa, tenham um desconto previdenciário extra por 16 meses.
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Em nota divulgada na última segunda-feira (7), o
procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, disse que as medidas, caso
aprovadas, poderão produzir efeitos penosos e imediatos sobre a população em
geral e não apenas sobre o funcionalismo público estadual. Já a assessoria de
imprensa do Governo do Estado disse que não irá se posicionar diante desta nova
manifestação e das acusações realizadas durante a mesma. Através
de nota, o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani repudiou a
invasão, e classificou o ato dos manifestantes como crime de Justiça e
Estado. O deputado garantiu que a sessão do dia não será cancelada e que
a Casa irá dar início às votações em relação ao pacote de medidas do governo do estado. Veja a íntegra da nota A invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de justiça, e não vai impedir o funcionamento do Parlamento. No
dia 16 iniciaremos as discussões das mensagens enviadas à Alerj pelo
Poder Executivo. Os prejuízos causados ao patrimônio público serão
registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos
culpados. Jorge Picciani Presidente da Alerj
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