O governo de Michel Temer fixou nesta sexta-feira um déficit
primário de R$ 129 bilhões de reais para o governo central (governo
federal, Banco Central e Previdência) em 2018; déficit primário, que é o
resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros
da dívida, é bem maior do que a estimativa anterior do governo, de R$ 79
bilhões; informação divulgada pelo ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, compromete o discurso de retomada do crescimento do País, que
vive sua pior recessão econômica sob o comando de Michel Temer; rombo
será maior porque a depressão econômica provocada pelo golpe derrubou a
arrecadação de impostos
Para o setor público consolidado, a meta é de um déficit de 131,3 bilhões de reais, abarcando também um déficit de 3,5 bilhões de reais para estatais federais e um superávit de 1,2 bilhão de reais para Estados e municípios.
Antes, a previsão era de um saldo negativo em 66 bilhões de reais para o setor público consolidado, cifra que englobava, além do rombo do governo central, um déficit de 3 bilhões de reais para estatais federais e superávit de 16 bilhões de reais para Estados e municípios.
Leia também reportagem da Agência Brasil:
O governo federal elevou hoje (7) de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões a meta de déficit primário para 2018. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública.
O anúncio foi feito pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, em entrevista coletiva para apresentar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2018.
A meta indicativa de déficit de R$ 79 bilhões em 2018 estava prevista na Lei de Diretrizes Orçamentária de 2017, aprovada pelo Congresso no ano passado.
Meirelles destacou que há um compromisso do governo em reduzir a meta em relação a 2017. Para este ano, a meta de déficit para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) é de R$ 139 bilhões.
Para definir a meta de 2018, Meirelles disse que foram levadas em consideração as projeções para o crescimento da economia de 0,5%, em 2017, e de 2,5%, no próximo ano. O governo também prevê que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fique em 4,3% este ano, e em 4,5% em 2018.
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