Interesse de líderes como Alckmin e Aécio levam PSDB a decidir manter apoio a Michel Temer
Brasília
- Sem grandes surpresas, o PSDB decidiu, em reunião da Executiva
realizada em Brasília, na noite desta segunda-feira, ficar onde está —
ou seja, os tucanos manterão os quatro ministérios que ocupam no governo
e seguirão apoiando Michel Temer no Congresso.
O partido, que esperou a decisão do TSE na semana passada, antes de firmar posição, se mantém em compasso de espera, agora em relação ao inquérito que será transformado, nos próximos dias, em denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente no Supremo Tribunal Federal.
O partido, que esperou a decisão do TSE na semana passada, antes de firmar posição, se mantém em compasso de espera, agora em relação ao inquérito que será transformado, nos próximos dias, em denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente no Supremo Tribunal Federal.
Nos últimos dias, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, e o presidente licenciado da legenda, Aécio Neves,
trabalharam para que o partido se mantivesse na base. Alckmin tem
interesse em apoiar a manutenção de Temer na presidência, em troca de um
possível apoio à sua candidatura presidencial no ano que vem.
Na
reunião, ele defendeu que o partido deveria observar o cenário político
por mais tempo antes de uma decisão definitiva. Já Aécio acredita que
um desembarque tucano do governo levaria o PMDB a trabalhar pela
cassação de seu mandato no Conselho de Ética.
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O senador José Serra (SP), ex-ministro das Relações
Exteriores de Temer, também defendeu que o partido permanecesse aliado
ao governo, por enquanto, para ajudar o Planalto a aprovar as reformas
da Previdência e trabalhista. Serra pediu que o PSDB levasse em
consideração a crise econômica e defendeu a saída definitiva de Aécio da
presidência do partido.
Na defesa do desembarque,
o senador Ricardo Ferraço (ES) foi um dos mais incisivos. Ele defendeu a
entrega dos cargos no governo por conta das “denúncias devastadoras”
contra a gestão Temer. “Vou defender que o PSDB entregue os cargos, mas
continue apoiando as reformas”, disse.
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