Um dos mais antigos e fiéis aliados de Michel
Temer, o coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, tentou
destruir provas que comprovavam denúncias feitas pela delação da JBS; em
operação de busca e apreensão feita no apartamento do coronel, a
Polícia Federal encontrou documentos rasgados que continham informações
sobre a reforma da casa de uma das filhas do peemedebista; um dos
delatores da JBS, Ricardo Saud, diz ter mandado entregar R$ 1 milhão
para Lima Filho dos R$ 15 milhões que o grupo doara para o caixa dois de
Temer em 2014; os rasgos nos papéis sugerem que alguém queria destruir a
documentação, na interpretação dos investigadores que participaram da
operação de busca; destruição de provas é considerada um crime grave
pela Justiça e é uma das justificativas previstas para a decretação de
prisão; foi com esse argumento, por exemplo, que a Justiça mandou
prender outro aliado de Temer, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, na
terça (6)
Um dos delatores da JBS, Ricardo Saud, diz ter mandado entregar R$ 1 milhão para Lima Filho dos R$ 15 milhões que o grupo doara para o caixa dois de Temer em 2014.
Os rasgos nos papéis, feitos nos sentidos horizontal e vertical da folha, aparentemente com uma régua, sugerem que alguém queria destruir a documentação, na interpretação dos investigadores que participaram da operação de busca.
O conjunto de papéis rasgados tinha pouco mais de duas dezenas de páginas. Os policiais tiveram que montar as folhas rasgadas para ler o conteúdo dos documentos.Destruição de provas é considerada um crime grave pela Justiça. É uma das justificativas previstas para a decretação de prisão. Foi com esse argumento, por exemplo, que a Justiça mandou prender outro aliado de Temer, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, na terça (6).
A Procuradoria-Geral da República não pediu a prisão de Lima Filho neste primeiro momento por razões estratégicas.
A PF também encontrou documentos que apontam que o coronel aposentado controlava ou pagava despesas de Temer. Um dos papéis apreendidos é a nota de um aparelho de telefonia comprado para Temer em 1998.
As informações são de reportagem de Mario Cesar Carvalho na Folha de S.Paulo.
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