Cientes de que não teriam chances de vencer o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, três caciques do PSDB se uniram
no abraço de afogados com Michel Temer; Geraldo Alckmin, Aécio Neves e
João Doria agora usam a influência que têm dentro do partido para
impedir o desembarque e sustentar Temer no Planalto; o objetivo é contar
com o apoio do peemedebista e da máquina do governo federal para as
eleições de 2018, em que Lula lidera em todos os cenários nas pesquisas
de intenção de voto
Geraldo Alckmin, Aécio Neves e João Doria já não escondem que manobram para dar sustentação ao peemedebista.
"O PSDB chega ao dia da reunião de sua Executiva com um forte movimento contrário ao desembarque da base do governo Michel Temer, diferentemente do que se via na semana passada, quando a debandada era a hipótese mais provável no partido. Segundo tucanos da cúpula, a tendência, hoje, é que não haja o rompimento com o Palácio do Planalto, mas que todos fiquem livres para se posicionarem como quiserem sobre o governo.
A possível permanência dos tucanos foi conseguida às custas de muitas conversas com o Palácio do Planalto, capitaneadas, principalmente, por pressões do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), que luta por sua sobrevivência política, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de olho nas eleições presidenciais de 2018", diz reportagem de Júnia Gama e Cristiane Jungblut em O Globo.
No Estado de S.Paulo, reportagem de Alberto Bombig e Pedro Venceslau tem a participação de Doria no "Fica Temer" como destaque.
"Para auxiliares de Temer, as pretensões eleitorais de Alckmin e Doria favorecem um entendimento deles com o Planalto neste momento. A dupla também receia que a saída do PSDB da base governista leve o partido automaticamente para a oposição, o que favoreceria o PT e deixaria o governador numa posição de isolamento político para 2018. A ambos ainda interessaria manter Temer no cargo, ainda que com baixa popularidade, até 2018, quando um dos dois poderá ser o candidato a presidente.
No PSDB, a compreensão é de que a substituição de Temer, via eleição indireta no Congresso, poderia abrir caminho para Rodrigo Maia (DEM-RJ) ser candidato e permanecer no cargo de presidente, o que elevaria o cacife eleitoral do partido dele para 2018 e dificultaria um entendimento com os tucanos.
Até a noite deste domingo, 11, Doria e Alckmin trabalhavam fortemente pelas pretensões de Temer dentro do PSDB. Porém, ambos não querem tomar o carimbo de “fiador” de um presidente prestes a ser denunciado no Supremo Tribunal Federal. Por isso, a dupla aceita dar mais um crédito a Temer, mas com prazo de validade definido e sujeito a uma mudança de rumos, na dependência de eventuais “fatos novos” e decisões da Justiça."
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