14/06/2017
Em vídeo gravado e divulgado nesta segunda-feira (12), o
presidente Michel Temer declarou que não interfere e e que não permitirá a
interferência indevida entre os poderes da República.
Sem mencionar uma suposta investigação pela Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a vida do ministro Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente afirma no vídeo que “nenhuma
intromissão foi ou será consentida”.
“Tenho insistido que observemos os princípios fundamentais
de independência e harmonia impostos pela Constituição Federal”, diz Temer.
“Não interfiro nem permito a interferência indevida de um poder sobre o outro”,
declarou em outro trecho.
Segundo a revista “Veja”, a suposta devassa sobre Fachin
serviria para desqualificar as decisões do ministro, relator da Lava Jato na
Suprema Corte.
Temer é um dos investigados da operação em um procedimento que
tem como base as delações da JBS.
Por meio de nota divulgada na sexta, o presidente negou que
a Abin tenha feito qualquer investigação sobre a vida do relator da Lava
Jato.
Mas a avaliação do Planalto é que o tom não foi suficiente para apaziguar
os ânimos com o Judiciário.
A reportagem provocou reações da presidente do Supremo,
Cármen Lúcia, e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar
Mendes.
Nesta segunda, Cármen informou que “não há o que questionar” em relação
à palavra do presidente.
‘Denúncias artificiais’
No vídeo, Temer classifica as denúncias contra o governo
dele de “artificiais” e afirma que o Estado Democrático de Direito não admite
que as instituições cometam ilegalidades “sob quaisquer justificativas”. “Na
democracia, a arbitrariedade tem nome: chama-se ilegalidade”, completa.
“Justamente no momento em que saímos da mais grave crise
econômica de nossa história, quando havia sinais claros de que as reformas
teriam maioria no Congresso Nacional, assacaram contra meu governo um conjunto
de denúncias artificiais e montadas”, disse Temer.
Em outro trecho, o presidente diz que “o caminho que conduz
da justiça aos justiceiros é o mesmo caminho trágico que conduz da democracia à
ditadura”. Também declara que não permitirá que o Brasil “trilhe este caminho”.
Temer também descreveu como “funcionamento pleno e livre” do
Judiciário na semana passada, quando a chapa que compunha com a ex-presidente
Dilma Rousseff foi absolvida no TSE.
“Assistimos à demonstração da vitalidade da democracia
brasileira”, afirmou.
PORTAL CLICK POLÍTICA com o G1
Fonte: http://www.topbuzz.com/
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