Na entrevista de fechamento de ano, o
ex-presidente Lula, que lidera todas as pesquisas sobre sucessão
presidencial, expressou seu desejo de realizar um terceiro mandado mais
ousado do que os dois anteriores – e mais à esquerda. "Já não basta
distribuir renda. É preciso distribuir riqueza", afirmou; o
ex-presidente também se mostrou disposto a rever muitos dos retrocessos
de Michel Temer, mas revelou uma concepção profundamente democrática;
"Eu poderia aqui dizer que vou desfazer tudo na base da canetada. Mas
prefiro construir as mudanças com apoio da sociedade e dentro do
Congresso", disse Lula; ele enfatizou, no entanto, a necessidade de que
os brasileiros escolham também deputados e senadores alinhados com seu
programa; "quem vota num presidente progressista tem o dever de eleger
um parlamento progressista"
Em vários trechos da entrevista, Lula também expressou seu desejo de realizar um terceiro mandado mais ousado do que os dois anteriores – e mais à esquerda. "Já não basta distribuir renda. É preciso distribuir riqueza", afirmou Lula, ao lado de Fernando Haddad, seu coordenador de campanha. Por riqueza, Lula citou melhores oportunidades na educação, mas também mencionou uma política tributária mais progressiva. "Por que não podemos taxar grandes heranças?", questionou. "E vamos mostrar ao povo brasileiro que não são coisas de Cuba, nem da Venezuela, mas da Inglaterra, da França e dos países desenvolvidos."
Lula também deixou claro, pela primeira vez, que enxerga uma ação imperial no atual processo de dominação do Brasil por interesses internacionais. Ele lembrou que, para se apossar das riquezas energéticas do Iraque, os ex-presidentes dos Estados Unidos e da Inglaterra, George W. Bush e Tony Blair, inventaram uma mentira – a das "armas de destruição em massa". Para que o Brasil fosse também invadido por interesses das petroleiras internacionais, que conseguiram até matar a política de conteúdo nacional, o discurso foi o do combate à corrupção.
O ex-presidente se mostrou disposto a rever muitos dos retrocessos de Michel Temer, mas revelou uma concepção profundamente democrática. "Eu poderia aqui dizer que vou desfazer tudo na base da canetada. Mas prefiro construir as mudanças com apoio da sociedade e dentro do Congresso", disse Lula. Ele enfatizou, no entanto, a necessidade de que os brasileiros escolham também deputados e senadores alinhados com seu programa. "Quem vota num presidente progressista tem o dever de eleger um parlamento progressista", afirmou.
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