Após julgarem Lula, TRF-4 diminui ritmo de julgamento de processos da Lava Jato
Folha de São Paulo
O ritmo das ações da Lava Jato no TRF-4 (Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região) não é mais o mesmo que precedeu o julgamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro.
A oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão.
Em parte, isso se deve a três pedidos de vista do juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus em casos que chegaram a ser pautados e colocados em votação em sessões.
Em parte, isso se deve a três pedidos de vista do juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus em casos que chegaram a ser pautados e colocados em votação em sessões.
Os outros dois membros da turma, o relator da Lava Jato João Pedro Gebran Neto e o revisor Leandro Paulsen deram os seus votos, mas Laus pediu mais tempo para analisar melhor os casos.
Não há data para que os processos sejam devolvidos
Depois de apressar condenação de Lula, TRF-4 desacelera
O atual ritmo de trabalho do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4), em Porto Alegre, confirma a tese de que o julgamento de Lula em segunda instância foi apressado propositalmente. Depois de confirmar a condenação e aumentar a pena do ex-presidente, somente um julgamento foi concluído naquela corte.
Antes do julgamento de Lula, a 8a Turma do TRF-4 chegou a julgar quatro ações em um só mês. Tudo para poder liberar a pauta e chegar no caso do petista. Mas, desde janeiro deste ano, o único caso concluído foi do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Estão pendentes de julgamento os casos do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, do pecuarista José Carlos Bumlai, de Cláudia Cruz e do ex-deputado André Vargas.
Esse é só mais um indício de como os caminhos da Justiça brasileira são tortuosos e de como ela pode servir para a ação política na prática. Se fosse mantido o ritmo normal de julgamento, o ex-presidente Lula ainda não teria sido julgado e muito menos preso. Isso sem falar na falta de provas.
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