As intenções de voto no
presidente se dividem entre
vários candidatos.
Surpreendentemente, ajudam
Bolsonaro a subir. Também
surpreendentemente, o
candidato de esquerda mais
beneficiado é Ciro Gomes, que
dobra de 4% para 8%, e não
Boulos ou Manuela, que
continuam entre 1% e 2% e nem
Haddad, também na mesma
faixa.
Ciro, que é quem, a essa altura
está mais próximo de ocupar a
segunda vaga do segundo turno
é justamente aquele com quem
nem o PT nem Lula querem mais
saber de conversa, a se
acreditar e Lula proibiu Jaques
Wagner de falar em apoio a Ciro.
Deve ser verdade, pois confirma
o que Gleisi Hoffmannn tem dito
e repetido e ela é a voz do
presidente Lula na prisão.
A grande rejeição a Temer está
impedindo tanto o seu
crescimento, quanto o de
candidatos de direita parecidos
com ele, como Alckmin.
Embora às vezes dê impressão
que Alckmin rejeita se aliar a
Temer e às vezes pareça que
topa, esse namoro, dando ou não
em casamento, já o contaminou.
Vai ser difícil convencer os
eleitores de que são diferentes.
De que Alckmin vai fazer
diferente de Temer – que
esvaziou os bolsos dos brasileiros
e comprometeu o futuro do
Brasil. Também vão pesar contra
o ex-governador de São Paulo as
citações na Lava Jato, ainda que
ligeiras, mas que serão
reverberadas durante a
campanha.
Há indícios, portanto, de que, se
Lula não for candidato,
Bolsonaro já está no segundo
turno e a segunda vaga turno
deverá ser decidida entre Ciro
Gomes (8%) e Marina Silva
(13%).
Se, por um lado, está fácil cravar
que Bolsonaro já está no
segundo turno se Lula continuar
preso, também não é necessário
consultar as pitonisas para
prever que no segundo turno ele
não leva.
Por ser o candidato de uma
minoria de extrema-direita do
eleitorado, e que assusta a classe
média, não vai encontrar aliados
na disputa final. Qual partido
respeitável vai querer se aliar a
um defensor da ditadura e da
tortura?
Todos os candidatos perdedores e
seus eleitorados irão se unir
contra ele, essa é a tendência.
Ele não vai aumentar sua
pontuação no segundo turno.
Se o presidente Lula não for
candidato, o próximo presidente
do Brasil será quem disputar o
segundo turno com Bolsonaro.
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