Sem o presidente Lula (31%) na parada, Bolsonaro salta de 15% para 20% e lidera todas as pesquisas da eleição presidencial de 7 de outubro no primeiro turno, por mais inacreditável que pareça. Se Lula ficar fora, tudo indica que Bolsonaro já está garantido no segundo turno.
As intenções de voto no
presidente se dividem entre
vários candidatos.
Surpreendentemente, ajudam
Bolsonaro a subir. Também
surpreendentemente, o
candidato de esquerda mais
beneficiado é Ciro Gomes, que
dobra de 4% para 8%, e não
Boulos ou Manuela, que
continuam entre 1% e 2% e nem
Haddad, também na mesma
faixa.
Ciro, que é quem, a essa altura
está mais próximo de ocupar a
segunda vaga do segundo turno
é justamente aquele com quem
nem o PT nem Lula querem mais
saber de conversa, a se
acreditar e Lula proibiu Jaques
Wagner de falar em apoio a Ciro.
Deve ser verdade, pois confirma
o que Gleisi Hoffmannn tem dito
e repetido e ela é a voz do
presidente Lula na prisão.
A grande rejeição a Temer está
impedindo tanto o seu
crescimento, quanto o de
candidatos de direita parecidos
com ele, como Alckmin.
Embora às vezes dê impressão
que Alckmin rejeita se aliar a
Temer e às vezes pareça que
topa, esse namoro, dando ou não
em casamento, já o contaminou.
Vai ser difícil convencer os
eleitores de que são diferentes.
De que Alckmin vai fazer
diferente de Temer – que
esvaziou os bolsos dos brasileiros
e comprometeu o futuro do
Brasil. Também vão pesar contra
o ex-governador de São Paulo as
citações na Lava Jato, ainda que
ligeiras, mas que serão
reverberadas durante a
campanha.
Há indícios, portanto, de que, se
Lula não for candidato,
Bolsonaro já está no segundo
turno e a segunda vaga turno
deverá ser decidida entre Ciro
Gomes (8%) e Marina Silva
(13%).
Se, por um lado, está fácil cravar
que Bolsonaro já está no
segundo turno se Lula continuar
preso, também não é necessário
consultar as pitonisas para
prever que no segundo turno ele
não leva.
Por ser o candidato de uma
minoria de extrema-direita do
eleitorado, e que assusta a classe
média, não vai encontrar aliados
na disputa final. Qual partido
respeitável vai querer se aliar a
um defensor da ditadura e da
tortura?
Todos os candidatos perdedores e
seus eleitorados irão se unir
contra ele, essa é a tendência.
Ele não vai aumentar sua
pontuação no segundo turno.
Se o presidente Lula não for
candidato, o próximo presidente
do Brasil será quem disputar o
segundo turno com Bolsonaro.
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