Especialistas dão dicas do que homens e mulheres devem fazer para ter um relacionamento mais saudável - e em sintonia - com seus parceiros na cama
Quem dá todas as dicas são Alfredo Donis Romero, cirurgião vascular, mestre em sexologia e diretor do Instituto Brasileiro para Saúde Sexual (Ibrasexo), e Inês Cavalieri, psicóloga e sexóloga da mesma clínica, localizada na cidade de São Paulo.
Confira agora todas as indicações desses especialistas e tente colocá-las em prática para poder ter uma vida sexual saudável e principalmente feliz.
Educação e diálogoOs especialistas são unânimes em afirmar que uma vida sexual saudável começa com educação e diálogo dentro de casa. Os pais precisam conversar com seus filhos sobre o assunto desde cedo, desconstruindo tabus e evitando que eles cresçam reprimidos. “Se na infância recebermos uma educação repressora, continuaremos assim na adolescência e, quando formos adultos, teremos problemas”, alerta Romero.
Os adultos também devem permitir que a criança explore sua sexualidade sem punições, referir-se à genitália pelo nome correto e responder às dúvidas dos pequenos sem rodeios. “Pegue o próprio corpo e mostre para seu filho: “Olha, isso é isso, aquilo é aquilo”, ou use uma figura, e, no limite daquilo que ele está perguntando, explique como se fosse qualquer outra coisa”, sugere Inês. Se o jogo for limpo desde o início, as chances de o indivíduo passar pela adolescência e chegar à idade adulta sem traumas na cama são bem menores.
Um bate-papo franco e aberto também é fundamental entre os parceiros, seja para aprofundar a intimidade, seja para solucionar uma possível disfunção sexual. “O sexo só acontece a dois. A gente precisa ter essa liberdade de falar o que sente, de expor a maneira que gosta ou gostaria que fosse a relação”, indica a psicóloga.
Muitos homens não reconhecem que o problema está em si mesmo - caso da ejaculação precoce e da disfunção erétil“A culpa é dela”
Um dos erros mais comuns do homem é incriminar a parceira por suas eventuais “falhas” na relação. Ou ela é demorada demais, ou não sabe manipulá-lo a ponto de provocar uma ereção, ou é frígida, ou tem a vagina grande e larga etc. O que poucos reconhecem é que o problema está em si mesmo - caso da ejaculação precoce e da disfunção erétil, por exemplo. “Nunca um homem diz: “Eu estou deixando minha mulher na mão”, ou “Eu não estou satisfazendo minha mulher”; isso é muito raro. Normalmente, ele joga a culpa na companheira. Ela vira um saco de pancadas”, denuncia Romero.
Lá no fundo, é provável que a acusação nem seja maldosa, pois muitos rapazes não sabem identificar uma disfunção sexual, puramente por falta de informações. “Uma dica que a gente dá é: pense que você pode ter um problema. Não ache imediatamente que ele está na mulher”, aconselha o cirurgião.
Boa forma e alimentação
Quer ter uma vida sexual melhor? Então trate de cuidar bem da sua saúde. Adote uma alimentação equilibrada, pobre em açúcares e gorduras, pratique exercícios físicos regularmente, abandone os vícios (cigarro, álcool e drogas) e tente não ficar muito estressado durante o trabalho. Assim, estará se protegendo contra a obesidade, a diabetes e a hipertensão, o colesterol, o triglicérides e o ácido úrico altos, que são verdadeiros inimigos do bom desempenho na cama, já que algumas dessas doenças alteram as condições dos corpos cavernosos do pênis e comprometem a ereção. “Do ponto de vista orgânico, manter o corpo em forma é uma das principais dicas para uma boa atividade sexual”, explica Romero. Para completar, fique longe de remédios como Viagra, Cialis ou Levitra - que, em doses elevadas, estendem a vasodilatação para todo o organismo, facilitando a ocorrência de um enfarto em quem tem a pressão baixa -, a menos que tenham sido indicados por um médico e haja acompanhamento adequado.
Ajuda médicaSe pintar algum distúrbio de ordem sexual, não hesite em procurar a ajuda de algum especialista. Admita que você tem um problema e, sem preconceitos, marque uma consulta. O ideal é buscar uma equipe médica completa, com urologista, psicólogo, ginecologista, cirurgião, sexólogo etc., pois é necessário investigar se a disfunção tem origem orgânica ou psíquica. “O paciente tem que se dar conta de que está procurando um grupo de profissionais. Ninguém trata disfunção erétil, por exemplo, sozinho. Quem diz que faz isso mente, porque o processo é múltiplo”, ressalta Romero.
Com o avanço da medicina, é possível curar a ejaculação precoce, a impotência, a anorgasmia (ausência de orgasmo) e o vaginismo (contrações involuntárias da vagina que impedem qualquer tipo de penetração), entre uma série de outros males, e os homens insatisfeitos conseguem até aumentar ou engrossar o pênis. Tudo dentro de procedimentos seguros - desde que feitos por profissionais sérios e competentes.
Masturbação
Sim, a masturbação é um hábito saudável - ao contrário do que dizia sua avó. Não dá pêlos na mão nem espinha no rosto e é um verdadeiro calmante natural. “Ela relaxa, alivia todas as tensões, você se satisfaz e entra em um processo de bem-estar muito grande”, enumera Inês. “Com a vantagem de que não há risco de doenças, de gravidez indesejada e não é preciso ter uma camisinha à mão”, complementa. A prática só representa problema quando vira uma compulsão ou desperta um sentimento de culpa. “Aí é necessário um apoio psiquiátrico para cuidar disso”, recomenda a sexóloga. Sexo na terceira idade
Sim, as pessoas com mais de 60 anos também transam. É claro que a passagem do tempo pesa - os homens perdem hormônios e vigor físico; as mulheres entram na menopausa -, mas isso não significa, necessariamente, que a vontade de fazer sexo vai embora junto com a juventude. Pelo contrário. Os filhos estão criados, há tempo de sobra para se divertir e a possibilidade de gravidez é nula - vantagens que estimulam os idosos a continuar (ou mesmo retomar) a prática do “esporte”. “Eles estão resgatando e vivenciando muito mais a sexualidade do que os próprios jovens”, assegura Inês.
Muitas vezes, vovôs e vovós precisam de apoio médico para poder dar “conta do recado”, mas nem assim se intimidam. Haja visto que alguns homens procuram um especialista porque têm várias namoradas e não querem correr o risco de decepcioná-las na hora “H”.
Um bate-papo franco e aberto também é fundamental entre os parceiros, seja para aprofundar a intimidade, seja para solucionar uma possível disfunção sexual
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Inovação. Essa é a palavra-chave para que o relacionamento não caia na rotina e o sexo fique cada vez mais prazeroso. Experimente posições diferentes, programe uma visita a um sex shop, alugue um filme mais picante, busque informar-se sobre o assunto e, principalmente, coloque em prática suas fantasias sexuais - e realize as do(a) parceiro(a).
Desde que não machuquem ou ofendam ninguém, essas práticas são saudáveis e ajudam o casal a sair da mesmice. “Isso vale até para os iniciantes, que têm pouca experiência”, afirma a psicóloga. É por meio da prática, aliás, que os amantes entram em sintonia, adquirem intimidade e, pouco a pouco, fazem a vida sexual amadurecer.
Revista Tudo Bem
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Estresse e preocupação com mudanças no corpo costumam atrapalhar o desejo
Rio - Mudanças que os anos trazem ao corpo do homem e da mulher, além de estresse pelos problemas do dia a dia prejudicam a qualidade do sexo, segundo pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA. Eles elaboraram uma lista de pequenas ações na vida a dois que podem trazer a libido de volta. Vale até começar a fazer um ‘diário de fantasias sexuais’.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Sexualidade, Carla Cecarello, os fatores que influenciam no desempenho sexual são transitórios, ou seja, reversíveis. “Basta que o casal não se deixe acomodar e se importe com a manutenção das características de conquista no relacionamento, por mais longo que seja”, afirma.
Entre as sugestões dadas pelos pesquisadores americanos, há dicas um tanto inusitadas e outras mais tradicionais. O ‘diário de fantasias sexuais’, por exemplo, tem como objetivo descobrir o que poderia oferecer mais prazer. Outra dica é fazer exercícios para fortalecer a musculatura da região pélvica todos os dias. Isto, de acordo com os estudiosos, é essencial para o casal garantir o orgasmo.
As recomendações mais ‘tradicionais’ são: conversar com o parceiro ou um médico para descobrir o que tornou a vida sexual morna e o que fazer para melhorar; entender que com o tempo o corpo muda, mas que isso não é desculpa para deixar o sexo de lado; e fazer atividades relaxantes não sexuais.
Para melhorar a qualidade do sexo, a mudança deve partir dos dois integrantes do casal. Em geral, a mulher se responsabiliza pelo insucesso da relação e procura orientação, mas o homem também deve fazer parte disso.
“Sexo é uma relação a dois. Portanto, dividir os problemas, não só do dia a dia, mas do relacionamento, é a melhor forma de ter prazer”, recomenda Carla. Segundo ele, mulheres são estimuladas por ações carinhosas e românticas. Portanto os homens devem investir no lazer a dois, lembrar de datas de aniversário do casal e agir de forma a gerar a admiração da parceira. “O romantismo masculino, um beijo bem dado, são coisas que podem reacender o sexo”,
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