A vida continua. Não importa quem tomou a decisão.
Uma coisa é certa. Voltar à vida de antes, sem uma pessoa ao lado, é bem difícil. Mais complicado é quando a dúvida de que os dois fiquem juntos ainda fica no ar. Após um ano e seis meses, o namorado da auxiliar de atendimento Amanda Costa* decidiu terminar o relacionamento. Isso aconteceu há cinco meses. “Para minha surpresa, ele disse que estava em dúvida se gostava de mim.
Entendi a situação e resolvemos dar um tempo”.
Mas como passar das semanas, Amanda descobriu que ele já tinha outra pessoa, uma mulher mais velha, que trabalhava com ele. “Inclusive, ele já tinha me apresentado”, acrescenta.
Enquanto Amanda ficava na esperança, o namorado não conseguia dar um fim no relacionamento. Até que após a decepção, ela resolveu dar um basta nisso. Mesmo assim, os dois ainda mantinham contato, principalmente pela internet. “Ele até me deu um presente de aniversário, isso me deixava ainda mais angustiada”, conta.
Conforme a psicóloga Tânia da Silva Pestana, em momentos como esse, a terapia tem a função de trabalhar a reação da pessoa diante do luto. “Seja a perda de emprego ou da pessoa fisicamente. Quando isso prejudicar a rotina é necessário que se trabalhe a pessoa como um todo, para que ela saiba tomar as rédeas da situação em qualquer momento, com amigos ou namorados”, explica.
A psicóloga acrescenta que nessa hora é comum as mulheres se sentirem culpadas. “Se perguntam por que não foram capazes de manter os homens apaixonados por elas, quando na verdade, simplesmente o sentimento dele acabou. Muitas vezes, o homem nem sabe o porquê”.
Para Amanda, o problema estava justamente nessas recaídas, principalmente porque ficou muito amiga da sua “ex-sogra”. “A gente se fala até hoje, mas nunca dele. Gosto bastante dela”.
Hoje em dia, ela ainda pensa nos momentos felizes que os dois viveram juntos, mesmo porque os dois têm amigos em comum. “Por outro lado, retomei várias amizades antigas e foi ótimo. Percebi que estava afastada dos outros e de mim mesma. A gente fica bastante acomodada”, confessa.
Por enquanto ainda não se imagina namorando novamente, e nem procura isso quando está na “balada”. “È bastante estranho ‘sair à caça’, como muita gente faz, prefiro curtir um pouco da solteirice com a turma”, brinca.
*Nome Fictício
Por Juliana Lopes
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