3.09.2011

TRAIÇÃO

Traição tem perdão?
Traição tem perdão
.  História de alguém que foi traída e soube perdoar.
Afinal, como continuar com uma pessoa que já te enganou ou fez sofrer alguma vez? Quando sua relação tinha sete meses, ela descobriu a "pulada de cerca". "Encontrei umas mensagens dele para uma menina em um site e achei muito suspeito. Resolvi investigar e não tinha como duvidar, ele estava me traindo".
Aos prantos, os dois conversaram por telefone e decidiram se encontrar no dia seguinte. "Eu estava fria, não tinha conseguido dormir, e ele não parava de chorar. Repetia o quanto me amava e que tinha feito besteira, que ele estava se sentindo mal e não conseguia nem falar comigo direito. É verdade, ele estava estranho, não gosto nem de lembrar".
Depois das explicações, o casal resolveu dar um tempo no namoro para que cada um decidisse o que achava melhor fazer. Eles se encontraram algumas vezes e duas semanas depois resolveram reatar. "Não dava para continuar daquele jeito. Ou a gente voltava e eu tentava perdoar ou terminava de vez. Aquele tempo estava me fazendo mal. Então, decidimos voltar".
A escolha de retomar o relacionamento veio depois de pedir vários conselhos para sua mãe e notar o namorado muito triste. "Ela me ajudou bastante, falava que éramos muito novos e que ele tinha direito de errar, que ele gostava de mim e merecia uma chance. Mas que qualquer outro erro, eu tinha que dar um pé na bunda".
Três anos e sete meses depois ainda fica abalada ao falar sobre o assunto. Ela garante que perdoou o namorado, mas o trauma ficou. "Acredito que ele não vá mais fazer isso. Eu cresci, ele cresceu, ele mudou bastante. Ele sempre repete que não imaginava poder me fazer sofrer tanto e sempre chora quando tocamos nesse assunto. Mas ainda fica aquele medinho, aquela sensação ruim de ‘nossa, só falta acontecer de novo’".
 O perdão em um relacionamento depende dos dois lados. A pessoa traída precisa se sentir à vontade para desculpar o erro e seu parceiro tem que mostrar que está arrependido e mudou. "Quando a pessoa gosta, se deixa levar pelo lado sentimental. Mas se perdoa uma vez, fica desconfiada para sempre, é um trauma muito forte. Ninguém gosta de ser traído. É preciso muito diálogo e compreensão dos dois lados, pois não é fácil nem para quem foi enganado e nem para quem busca o perdão".
Quem resolve perdoar precisa pensar bem se vale a pena e se a outra pessoa faz por merecer, mas não pode querer jogar a culpa no parceiro o tempo todo. Uma vez que se propôs a esquecer, tem que cumprir sua parte do acordo. "Se não tiver clima para perdoar, tem que buscar um novo relacionamento. Vai ser difícil voltar a confiar em alguém, a auto-estima fica abalada. Mas é importante conversar com o novo parceiro e perceber se ele é digno de confiança. Não é por que a pessoa foi traída uma vez que vai ser traída sempre. Assim como quem trai uma vez pode se arrepender e não fazer mais. As pessoas mudam. Nos resta dar uma chance para isso".

Estabeleceremos, então, um ponto de partida. Vamos desconsiderar que seu companheiro seja um tremendo galinha. Quem não quer compromisso, não quer compromisso, pronto. A não ser que seja um golpe do baú, se teu namorado te pediu em namoro, gastou dinheiro com alianças e costuma te presentear a cada 12 de junho, ele estava afim de namorar e disposto a não trair, logo, vagabundagem não é desculpa (Afinal, todo mundo tem um amigo que sempre diz “Eu não namoro porque sei que vou trair”, o que comprova minha teoria).
Basicamente, existem dois tipos de traição: a sexual e a romântica, que consistem, respectivamente, na rapidinha descompromissada e numa admiração verdadeira, a mais complicada e, ao mesmo tempo, mais compreensível, pra mim. Se seu companheiro te trai numa balada, com um(a) desconhecido(a), convenhamos, ele é/foi um fraco. Agora, se há um sentimento verdadeiro por trás da prática tão condenada pela sociedade, uma certeza que eu tenho é que ele/ela te ama a ponto de não querer te magoar com essa revelação (Já ouço o barulho das pedras voando em minha direção). Esse é meu único argumento para essa consideração. Se não te convenci, tudo bem, acontece. Ainda bem que não faço Direito.
É verdade que tudo parece mais difícil na hora da verdade, seja contada pela própria pessoa ou não. E te garanto que saber disso por outras fontes é bem pior. Portanto, se um dia você for surpreendido por uma notícia dessas, tente lembrar dessas dicas, mesmo que pareça impossível. Esses conselhos servem para ambos os sexos, apesar da “vítima” no texto parecer uma mulher. É o costume.

Demonstre seu descontentamento, mas com classe
Durante o chilique previsível, caso seja do tipo barraqueiro(a), desconte sua raiva, xingue o máximo possível, pode até chorar, mas gritar a ponto dos vizinhos chamarem a polícia já é desnecessário. E não apele pra violência física, claro. Tacar o vaso de flores na cabeça dele, virar a mesa, expulsar de casa, bater a porta na cara já é muita ceninha, você com certeza está mais triste do que maníaco-hiperativo-insano-destruidor. Então, contenha-se.
…E não exagere no drama, sério
Não o culpe, ele já está com o devido peso na consciência. Não tente demonstrar o quanto ele é ingrato por ter comido na sua mesa, dormido na sua cama e depois ter feito isso com você. Não diga que sua mãe gostava dele como gostava de um filho. Não diga que irá se vingar. Não prometa acabar com sua vida, com a dele ou de qualquer futura companheira que ele achar. Não amaldiçoe suas futuras gerações. Tentar dar lição de moral inspirado em um roteiro pré-definido do brega amoroso cansa. Enfim, não transforme esse episódio chato e infeliz numa novela mexicana tragicômica. Além de não ajudar, isso só atrapalha.
Pare e ouça
Antes de tudo, procure ouvir o que o outro tem a dizer, você não tem o que justificar, ao contrário dele. Então pare e ouça. Você pode até questionar, mas sem se alterar – e se ele estiver mentindo, vai cair em contradição. Use esse artifício com bastante sagacidade e astúcia, pois quem interrompe várias vezes para fazer perguntas às vezes pode parecer meio… burro. Não é essa a nossa intenção.
Exija todo o tempo do mundo
Você tem esse direito! Se o traidor realmente quiser ficar com você, vai esperar o tempo que for. E durante esse tempo você vai refletir sobre os prós e contras dessa relação, se vai te fazer bem o retorno. Avalie friamente o custo/benefício desse perdão. É difícil dizer isso, mas, nessa hora, esqueça o sentimento, tente ser o mais calculista possível. Ele pareceu realmente sincero e arrependido?
Assuma sua responsabilidade
Agora, se seu parceiro te trocou, aproveite para pensar principalmente sobre você mesma. Alguma coisa está errada, afinal, se estivesse tudo bem, isso não aconteceria. Depois de saber do erro dele, que tal pensar nos seus? Mais uma vez: pare de bancar a vítima. Isso só agrava a situação. Essa reflexão não consiste, necessariamente, em perdoar a traição, mas perdoar a si mesmo, assumindo sua responsabilidade e dando início a um aprendizado, ao autoconhecimento. O intuito aqui também não é que você se culpe, mas que observe os erros que os dois cometeram e trabalhe em cima disso. Provavelmente seu parceiro já havia dado muitos indícios de mudança de comportamento e você sequer percebeu. Ou você realmente acha que seu namoro continuava 100%, assim como no início? Será que você não teve nada a ver com essa queda no relacionamento?
Só depois dessa reflexão interna é que estamos aptos a resolver alguma coisa. Tentar se acertar de cabeça quente ou no impulso não vale a pena e pode acabar te prejudicando mais ainda no futuro. Esse tempo para repensar sobre tudo pode ser um período extremamente doloroso quando não temos o costume, mas tenho certeza que ajudará. Culpar o outro é sempre mais fácil, mas como já dito, ele já está se sentindo deveras culpado. O que você chora durante esses dias, ele chorou durante todos os outros. Portanto, tente achar o que é de sua responsabilidade na história e resolva-se. Aí sim é a hora de resolver essa já incerta vida a dois.
E se você for o traidor, respeite os prováveis chiliques, eles são mais que compreensíveis, chegam a ser aceitáveis. Mas não tolere escândalos, se o outro não estiver disposto a te ouvir, não gaste seu tempo. Não se faça de vítima também, pode parecer que está zombando da cara da pessoa. Peça desculpas, mas com convicção, não com desespero. E o mais importante de tudo: seja sincero, pelo menos dessa vez.

Como superar uma traição

  • Uma traição pode provocar traumas profundos, mas também pode significar uma verdadeira oportunidade para crescimento e aproximação do casal 

Uma traição pode provocar traumas profundos, mas também pode significar uma verdadeira oportunidade para crescimento e aproximação do casalA fidelidade é um voto de lealdade que se faz quando duas pessoas vivem um relacionamento amoroso. Sendo assim, a traição se torna um tema de natureza complexa e delicada, pois leva a muitos sentimentos e ressentimentos, em especial no que diz respeito a uma quebra de confiança. “A notícia de uma traição pode provocar traumas profundos, até mesmo irremediáveis, dependendo do caso. Por outro lado, pode significar uma verdadeira oportunidade para crescimento e aproximação do casal que passa por uma crise.
É comum que um casamento passe por diversos ciclos ao longo de uma vida, com momentos em que os parceiros estão mais próximos compartilhando projetos comuns, como o nascimento de um filho ou a compra de um imóvel, e outros em que os parceiros estão mais ocupados com as próprias questões, vivenciando seus dramas e dificuldades particulares. “Existem vários motivos que podem estar por trás de uma traição: o desgaste de uma relação que acabou por se tornar um fardo; a perda de interesses comuns do casal; a falta de cumplicidade que cria um distanciamento; o desejo de sentir-se amado, pois parece não haver mais afetividade na relação; a busca de satisfação sexual quando há um descompasso no casal; a procura de algo novo ou uma aventura em uma fase mais depressiva da vida; baixa autoestima; desejo de vingança ou, até mesmo, uma paixão arrebatadora”.
É possível superar verdadeiramente uma traição? Sim, se ainda houver um sentimento verdadeiro de amor e o desejo de permanecerem juntos. Contudo, é preciso levar em consideração que a reconciliação pode ser vagarosa e difícil, pois algo foi quebrado e é preciso o amadurecimento dos parceiros para ultrapassar um momento tão doloroso e crucial na vida do casal. “Um grande esforço se faz necessário para que se possa lidar com as próprias mágoas e feridas, para reparar os danos e, por fim, para haver o restabelecimento do vínculo amoroso e da cumplicidade”. Perdoar o outro, a si mesmo e dar uma oportunidade para um recomeço, a dois ou sozinha, é fundamental para a mulher atravessar esse momento difícil.

Mesmo tomada pela raiva e pela mágoa, converse com o parceiro. Tente entender o que aconteceu. Dependendo da razão alegada, avalie se você é capaz de seguir em frente, sem ressentimentos, e se é capaz de recuperar a confiança na relação.
Sem julgamentos moralistas, vale a pena refletir sobre os possíveis motivos que levam algumas pessoas a buscar ou encontrar outros parceiros.

Procure compreender que a culpa não é sua. Tenha consciência de que o parceiro fez o que fez por uma questão dele. "Evite o 'pântano sedutor' da autopiedade. Ao ficar contando seu sofrimento, você vai se afundando cada vez mais e, pior, desvalorizando-se. Não fique falando mal traidor, para evitar atrair pessoas com o mesmo padrão de comportamento. Por isso, como ato de inteligência, exercite o perdão. 

Seja qual for a atitude a tomar - romper ou continuar - trate de elevar a sua autoestima. Passe uma tarde no cabeleireiro ou no shopping. "Marcar uma sessão semanal de massagem é uma boa pedida, pois o toque, neste momento, relaxa e pode ser poderoso no resgate da autoestima.
Procure cursos, assista aos filmes que curte, vá ao teatro, caminhe sozinha ou com as amigas ou simplesmente não faça nada e deixe a vida fluir. 
As emoções fragilizadas podem desencadear doenças inesperadas. "Fiique de olho e previna-se por meio de cuidados com a saúde física e mental. Desfrute a companhia de amigos otimistas, assista a comédias, procure distrair seus pensamentos". O ideal é acreditar que essa fase difícil vai passar e que bons momentos a esperam no futuro.

A troca de ideias (lembre-se, sem ficar reclamando ou choramingando) com os amigos serve de apoio neste período complicado da vida. Telefone para as amigas que não vê há muito tempo, como a turma da faculdade. Procure colegas nas redes sociais e tente fazer novas amizades com pessoas que têm os mesmos gostos e interesses que você. Quando conhecemos gente diferente, é comum mudar o foco e enxergar a vida com outros olhos.

Sabe aquelas economias que você guarda com tanto carinho? Que tal investir o dinheiro na viagem dos seus sonhos? Ah, você não tem tanto dinheiro assim? Tudo bem, conhecer uma cidade pitoresca no seu próprio Estado no próximo feriadão já serve como um método terapêutico - e tanto - para relaxar, descansar ou ter tranquilidade e tempo para pensar na vida.

 Fonte UOL




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