Pesquisa da Unifesp com estudantes de escolas particulares mostra diferenças entre gêneros nos fatores de risco para o tabagismo
Uma política de saúde para prevenir e reduzir o tabagismo entre adolescentes deve levar em conta a diferença entre os fatores de risco para meninas e meninos. É o que mostra uma pesquisa realizada em 28 escolas particulares da cidade de São Paulo, envolvendo 2.691 estudantes.
Os jovens, com 16 anos em média, responderam um questionário sobre hábitos e comportamentos, como o número de vezes em que saíam para baladas (shows, bares, casas noturnas), frequência em atividades religiosas e relacionamento com os pais. O levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), confirmou que alunas e alunos são influenciados em medidas semelhantes quando têm familiares fumantes em casa. Porém, há diferenças entre gêneros quando são analisados outros fatores.
São maiores as chances de fumar entre os adolescentes que saem frequentemente à noite. E essa influência é maior no tabagismo entre as garotas. Um menino que vai a shows, boates ou bares com os amigos ao menos uma vez por semana tem nove vezes mais propensão a ser um fumante do que os que não têm esse hábito. Entre as meninas, as chances aumentam para 14 vezes. A farmacêutica e pesquisadora do Cebrid Zila Sanchez diz que os pais não devem, por isso, proibir os filhos de sair à noite. As baladas fazem parte da vida social dos adolescentes e compõem uma fase do amadurecimento e da formação dos jovens. “Tem é que controlar a saída dos filhos. Pode deixar sair, mas não tem que ser uma frequência diária.”, afirma Zila.
No relacionamento familiar, a pesquisa demonstrou que as meninas que afirmam nunca ter a atenção dos pais têm quatro vezes mais chances de fumar do que as que dizem ter atenção frequente. Entre os meninos, não foi possível detectar essa relação entre considerar não ter a atenção paterna e o tabagismo. No caso deles, o que mais conta é o fato de o pai ou a mãe (ou ambos) estarem vivos ou não. Aqueles que perderam um deles ou ambos têm 3,7 vezes mais chances de fumar. Zila afirma que tanto para meninos quanto para meninas melhorar o diálogo familiar ajuda na prevenção do tabagismo.
A religião é um ponto que influencia as garotas, mas a pesquisa demonstrou não ter impacto sobre o hábito de fumar ou não entre os garotos. Não participar de uma atividade religiosa ao menos uma vez por semana aumenta em três vezes a propensão da adolescente se tornar fumante.
Apesar das diferenças dos fatores de risco para o tabagismo entre os gêneros, a prevalência do cigarro entre meninas e meninos se mostrou igual na pesquisa do Cebrid (cerca de 14% fumaram nos 30 dias anteriores à pesquisa) em escolas particulares de São Paulo, o que não ocorre nas públicas, de acordo com outros estudos. Nos estabelecimentos públicos, a incidência é maior entre as garotas. O levantamento mostra que as políticas públicas para prevenção do tabagismo devem ter enfoques diferentes entre os gêneros e entre as classes sociais.
São maiores as chances de fumar entre os adolescentes que saem frequentemente à noite. E essa influência é maior no tabagismo entre as garotas. Um menino que vai a shows, boates ou bares com os amigos ao menos uma vez por semana tem nove vezes mais propensão a ser um fumante do que os que não têm esse hábito. Entre as meninas, as chances aumentam para 14 vezes. A farmacêutica e pesquisadora do Cebrid Zila Sanchez diz que os pais não devem, por isso, proibir os filhos de sair à noite. As baladas fazem parte da vida social dos adolescentes e compõem uma fase do amadurecimento e da formação dos jovens. “Tem é que controlar a saída dos filhos. Pode deixar sair, mas não tem que ser uma frequência diária.”, afirma Zila.
No relacionamento familiar, a pesquisa demonstrou que as meninas que afirmam nunca ter a atenção dos pais têm quatro vezes mais chances de fumar do que as que dizem ter atenção frequente. Entre os meninos, não foi possível detectar essa relação entre considerar não ter a atenção paterna e o tabagismo. No caso deles, o que mais conta é o fato de o pai ou a mãe (ou ambos) estarem vivos ou não. Aqueles que perderam um deles ou ambos têm 3,7 vezes mais chances de fumar. Zila afirma que tanto para meninos quanto para meninas melhorar o diálogo familiar ajuda na prevenção do tabagismo.
A religião é um ponto que influencia as garotas, mas a pesquisa demonstrou não ter impacto sobre o hábito de fumar ou não entre os garotos. Não participar de uma atividade religiosa ao menos uma vez por semana aumenta em três vezes a propensão da adolescente se tornar fumante.
Apesar das diferenças dos fatores de risco para o tabagismo entre os gêneros, a prevalência do cigarro entre meninas e meninos se mostrou igual na pesquisa do Cebrid (cerca de 14% fumaram nos 30 dias anteriores à pesquisa) em escolas particulares de São Paulo, o que não ocorre nas públicas, de acordo com outros estudos. Nos estabelecimentos públicos, a incidência é maior entre as garotas. O levantamento mostra que as políticas públicas para prevenção do tabagismo devem ter enfoques diferentes entre os gêneros e entre as classes sociais.
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