Glicemia no limite Especialistas alertam para o crescimento do número de pacientes com pré-diabetes
Preocupados com o aumento da incidência de diabetes tipo 2 entre a população brasileira – o Brasil já ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de portadores da doença e a estimativa é que salte para a quarta posição até 2025 –, especialistas vem discutindo medidas de prevenção para conter o crescimento dos casos de pré-diabetes, situação anterior à diabetes, mas que serve de alerta para pacientes e familiares.
O estágio de pré-diabetes se define a partir das taxas da curva glicêmica. Segundo o endocrinologista Fadlo Fraige Filho, presidente da Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes e professor titular da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, de Santo André (SP), o termo pré-diabetes, na verdade, é usado inadequadamente. “O que ocorre é que o paciente que tem níveis de glicemia de jejum entre 100 e 125 miligramas por decilitro já está em estágio inicial de diabetes”, comenta. Outro parâmetro usado pelos médicos é medir a glicose duas horas depois de uma refeição. Se os níveis forem de 140 a 200 miligramas por decilitro, o paciente tem pré-diabetes; caso esteja acima de 200, o diagnóstico é de diabetes.
A pré-diabetes é caracterizada pela intolerância à glicose, em uma posição entre a normalidade e a diabetes propriamente dito. Para saber se uma pessoa tem o distúrbio, o especialista deve levar em consideração não somente as taxas de glicemia de jejum, mas outros critérios como histórico familiar, peso, idade, hábitos de vida, entre outros.
Fadlo Fraige Filho ressalta que grande parte dos pacientes não procuram o médico para se tratar. “Cerca de 35% a 40% dos 10 milhões de brasileiros que têm glicemia alta não buscam o especialista. Alguns nem sequer sabem que têm diabetes, especialmente os homens, já que as mulheres sempre se cuidam mais.”
Tardio
Como o diagnóstico ocorre tardiamente, as complicações surgem já na primeira consulta em 50% a 60% dos casos. O médico alerta para a necessidade, independentemente da idade ou da predisposição familiar, de exames periódicos, pelo menos uma vez ao ano, para controlar os níveis de glicose. “Como o diabetes é uma doença silenciosa, metabólica e, muitas vezes, sem sintomas, esses testes são essenciais.” Além disso, os portadores de pré-diabetes apresentam 34% mais chance de morrer, devido a um evento cardiovascular ou derrame cerebral, do que as pessoas que não apresentam essa condição.
Entre as medidas que reduzem a chance de desenvolver o distúrbio, ele aponta a combinação entre dieta adequada e exercícios diários, de, pelo menos, 30 minutos. A alimentação correta e a prática física podem reduzir em até 50% os casos de pré-diabetes. “Na maioria dos casos, medicamentos como o cloridrato de metformina e a arcabose são usados com bons resultados.”
Como ocorre o diabetes
O organismo transforma grande parte dos alimentos ingeridos em glicose. Essa glicose é transportada no sangue até as células, onde será usada como fonte de energia. Para facilitar esse transporte, o corpo humano produz uma substância chamada insulina. Nos diabéticos, ela não é produzida, a quantidade é insuficiente ou a insulina produzida não funciona adequadamente. Daí o aumento da quantidade de glicose no sangue
Números
• 95% de todos os portadores de diabetes apresentam o tipo 2 da doença
• 50% a 60% dos pacientes submetidos ao primeiro diagnóstico já apresentam outras complicações
• Mais de 314 milhões de pessoas têm pré-diabetes, segundo a Federação Internacional de Diabetes
Definição
Situação em que o indivíduo está entre os níveis de normalidade e de diabetes. O pré-diabético tem intolerância à glicose e os níveis de glicemia de jejum variam entre 100 e 125 miligramas por decilitro
Fatores de risco
• Predisposição familiar
• Obesidade
• Estresse
• Sedentarismo
• Hipertensão arterial
• Colesterol e triglicérides aumentados
• Bebidas alcoólicas fermentadas
• Tabagismo
• Idade avançada
• Mães que deram à luz bebês com mais de quatro quilos
• Uso de cortisona
• Alimentação a base de açúcares e carboidratos
Sintomas
Não há sintomas. Os sinais clássicos, como beber muita água e urinar muito, somente ocorrem nos casos de diabetes com níveis de glicemia em jejum acima de 300
Diagnóstico
É feito por exames laboratoriais que determinam os níveis sangüíneos de glicose (glicemia) no sangue. Deve ser realizado o teste da glicemia em jejum e o teste de sobrecarga oral à glicose (dosagem da glicose duas horas depois da ingestão de 75 gramas de glicose)
Níveis de glicemia de jejum
• Normal
Abaixo de 100 miligramas por decilitro
• Pré-diabetes
Entre 100 e 125 miligramas por decilitro
• Diabetes
Acima de 125 miligramas por decilitro
Tratamentos
• Dieta
• Exercícios freqüentes
• Uso de medicamentos (cloridrato de metformina e acarbose)
Ellen Cristie
Fonte: www. saudeplena.com.br
Preocupados com o aumento da incidência de diabetes tipo 2 entre a população brasileira – o Brasil já ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de portadores da doença e a estimativa é que salte para a quarta posição até 2025 –, especialistas vem discutindo medidas de prevenção para conter o crescimento dos casos de pré-diabetes, situação anterior à diabetes, mas que serve de alerta para pacientes e familiares.
O estágio de pré-diabetes se define a partir das taxas da curva glicêmica. Segundo o endocrinologista Fadlo Fraige Filho, presidente da Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes e professor titular da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, de Santo André (SP), o termo pré-diabetes, na verdade, é usado inadequadamente. “O que ocorre é que o paciente que tem níveis de glicemia de jejum entre 100 e 125 miligramas por decilitro já está em estágio inicial de diabetes”, comenta. Outro parâmetro usado pelos médicos é medir a glicose duas horas depois de uma refeição. Se os níveis forem de 140 a 200 miligramas por decilitro, o paciente tem pré-diabetes; caso esteja acima de 200, o diagnóstico é de diabetes.
A pré-diabetes é caracterizada pela intolerância à glicose, em uma posição entre a normalidade e a diabetes propriamente dito. Para saber se uma pessoa tem o distúrbio, o especialista deve levar em consideração não somente as taxas de glicemia de jejum, mas outros critérios como histórico familiar, peso, idade, hábitos de vida, entre outros.
Fadlo Fraige Filho ressalta que grande parte dos pacientes não procuram o médico para se tratar. “Cerca de 35% a 40% dos 10 milhões de brasileiros que têm glicemia alta não buscam o especialista. Alguns nem sequer sabem que têm diabetes, especialmente os homens, já que as mulheres sempre se cuidam mais.”
Tardio
Como o diagnóstico ocorre tardiamente, as complicações surgem já na primeira consulta em 50% a 60% dos casos. O médico alerta para a necessidade, independentemente da idade ou da predisposição familiar, de exames periódicos, pelo menos uma vez ao ano, para controlar os níveis de glicose. “Como o diabetes é uma doença silenciosa, metabólica e, muitas vezes, sem sintomas, esses testes são essenciais.” Além disso, os portadores de pré-diabetes apresentam 34% mais chance de morrer, devido a um evento cardiovascular ou derrame cerebral, do que as pessoas que não apresentam essa condição.
Entre as medidas que reduzem a chance de desenvolver o distúrbio, ele aponta a combinação entre dieta adequada e exercícios diários, de, pelo menos, 30 minutos. A alimentação correta e a prática física podem reduzir em até 50% os casos de pré-diabetes. “Na maioria dos casos, medicamentos como o cloridrato de metformina e a arcabose são usados com bons resultados.”
Como ocorre o diabetes
O organismo transforma grande parte dos alimentos ingeridos em glicose. Essa glicose é transportada no sangue até as células, onde será usada como fonte de energia. Para facilitar esse transporte, o corpo humano produz uma substância chamada insulina. Nos diabéticos, ela não é produzida, a quantidade é insuficiente ou a insulina produzida não funciona adequadamente. Daí o aumento da quantidade de glicose no sangue
Números
• 95% de todos os portadores de diabetes apresentam o tipo 2 da doença
• 50% a 60% dos pacientes submetidos ao primeiro diagnóstico já apresentam outras complicações
• Mais de 314 milhões de pessoas têm pré-diabetes, segundo a Federação Internacional de Diabetes
Definição
Situação em que o indivíduo está entre os níveis de normalidade e de diabetes. O pré-diabético tem intolerância à glicose e os níveis de glicemia de jejum variam entre 100 e 125 miligramas por decilitro
Fatores de risco
• Predisposição familiar
• Obesidade
• Estresse
• Sedentarismo
• Hipertensão arterial
• Colesterol e triglicérides aumentados
• Bebidas alcoólicas fermentadas
• Tabagismo
• Idade avançada
• Mães que deram à luz bebês com mais de quatro quilos
• Uso de cortisona
• Alimentação a base de açúcares e carboidratos
Sintomas
Não há sintomas. Os sinais clássicos, como beber muita água e urinar muito, somente ocorrem nos casos de diabetes com níveis de glicemia em jejum acima de 300
Diagnóstico
É feito por exames laboratoriais que determinam os níveis sangüíneos de glicose (glicemia) no sangue. Deve ser realizado o teste da glicemia em jejum e o teste de sobrecarga oral à glicose (dosagem da glicose duas horas depois da ingestão de 75 gramas de glicose)
Níveis de glicemia de jejum
• Normal
Abaixo de 100 miligramas por decilitro
• Pré-diabetes
Entre 100 e 125 miligramas por decilitro
• Diabetes
Acima de 125 miligramas por decilitro
Tratamentos
• Dieta
• Exercícios freqüentes
• Uso de medicamentos (cloridrato de metformina e acarbose)
Ellen Cristie
Fonte: www. saudeplena.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário