4.22.2011

Prioridade :acabar com a miséria

Brasil luta para vencer um dos seus maiores desafios: a miséria

Rio - País para o qual “o futuro já chegou”, segundo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e considerado uma “casa” por mega astros e ativistas como Bono Vox, vocalista da banda irlandesa U2, o Brasil terá que vencer um dos maiores desafios para nação que deseja, além de receber elogios, figurar e sustentar-se entre as mais desenvolvidas: a miséria. Plano audacioso nesse sentido é esperado para maio. O programa de erradicação da pobreza, principal plataforma da presidente Dilma Rousseff desde a corrida ao Planalto, recebe os últimos retoques em Brasília.
A iniciativa envolve os ministérios do Desenvolvimento Social, Educação, Planejamento, Fazenda, Saúde, Trabalho, Justiça, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência da República. Serão três frentes: inclusão produtiva, ampliação da rede de serviços sociais do governo e a continuidade da expansão da rede de benefícios.

A ideia é que os efeitos sejam duradouros, estimulando independência e sustentabilidade de quem for coberto pelas ações. Seria um estágio seguinte ao do Bolsa Família, do governo Luiz Inácio Lula da Silva, tão criticado e associado por muitos ao assistencialismo.
Está no prazo. Segundo números oficiais, o BF atende hoje a quase 13 milhões de famílias — o 4° Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio aponta queda da pobreza extrema de 12%, em 2003, a 4,8%, em 2008. Foi copiado. Tanto quanto críticas, também rendeu elogios.

Mas a nova jornada não é simples: no Nordeste, 49,7% da população local vivia, em 2008, com até meio salário mínimo mensal, segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea). Em 1995, essa porcentagem era de 69,8%. É grande a importância política de se reverter esse quadro. Mas é no Semiárido do Nordeste, no interior do País e nas periferias das grandes capitais que a expectativa é realmente enorme.
POR LEILA SOUZA LIMA
O Dia

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