Em entrevista à Folha de São Paulo,
publicada em 18/07/2013, o médico urologista Dr. Cesar Camara disse que
desistiu de participar do programa Mais Médicos, alegando que o programa
não paga 13º, nem férias e FGTS, apenas oferece ajuda de custo para
alimentação e moradia, além de um salário de R$10.000,00. O Dr. Camara,
que fez pouco caso da oferta de trabalho no interior, é médico
assistente da equipe do renomado prof. Miguel Srougi (inimigo do
Programa), urologista do Hospital das Clinicas da USP e médico do
Hospital Sírio-Libanês. O Dr. Camara também atende em seu consultório
particular na Vila Nova Conceição, um bairro da elite paulistana. Eu
acho que ele faz muito bem em não aceitar, porque o governo não pretende
desqualificar o corpo médico dos melhores hospitais do país, que devem
pagar fortunas aos médicos que atendem os mais exclusivos convênios nas
grandes cidades. Abaixo, um trecho da entrevista concedida ao jornal:
"Não há direito algum. Fica complicado
aceitar um trabalho nessas condições", disse ao jornal o urologista
Cesar Camara, de São Paulo, que fez a inscrição e desistiu de
efetivá-la. Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que o número
de inscritos no Mais Médicos supera a quantidade de vagas oferecidas:
11.701 médicos (2.335 com diploma do exterior) haviam feito a inscrição
pela internet, enquanto o programa oferece 10,4 mil vagas. O ministério
disse que está fazendo um "pente-fino" com a ajuda da Polícia Federal
para avaliar o real interesse de cada médico.”
Jussara Seixas
Comentários :
O nome desse ato é
sabotagem. Se o médico está bem empregado e ganhando rios de dinheiro
perto de casa, da família, no bairro em que mora ótimo! Há muito tempo a
medicina deixou de ser um sacerdócio. Na área de tecnologia e
engenharia a coisa mais comum é encontrar profissionais de outros países
atuando no Brasil e ninguém faz essa presepada que a corporação médica
faz! Não é questão de concorrência é questão de vida e saúde! É um
programa livre, vai quem quer! Sobrando vagas... entram os médicos
estrangeiros. Infelizmente é mais uma maneira de sabotar o governo.
É deplorável esse
almofadinha dar testemunho de estupidez com tamanha clareza. Esse cara é
médico! Ele é a negação da profissão que exerce. Tem esse indivíduo,
como cidadão, o direito de fazer ou não fazer o que bem lhe entender.
Entretanto, o infeliz é de bofes tão enviesados que é um combatente
contra o objeto da sua profissão, a Vida.
A classe médica está muito bem representada com os atos e práticas desse Cesar Câmara? O cara é indigno da profissão que abraçou e indigente de caráter.
Milhares de médicos não terão interesse no programa Mais Médicos, mas isso não os tornam indigente de caráter.
A classe médica está muito bem representada com os atos e práticas desse Cesar Câmara? O cara é indigno da profissão que abraçou e indigente de caráter.
Milhares de médicos não terão interesse no programa Mais Médicos, mas isso não os tornam indigente de caráter.
Ir pros "rincões" desse
país, assinando um contrato que finaliza em 3 anos, podendo ser
estendido por mais 3, sem direito trabalhista nenhum, contando com uma
estrutura miserável e correndo o risco de passar de "DEUS", segundo o
comentário #1, a Diabo, por não conseguir tirar a morte da porta da casa
dos moradores... Quero saber quem arriscaria a pele assim!!
Infelizmente o que ocorre é que alguma proporção da população - cada vez
menor - deposita nas mãos do médico uma responsabilidad e que é do governo. ACORDA BRASIL!!!!!!
Essa figura que fez esse comentário ai de cima nunca ouviu falar no "programa médico sem fronteira" onde os médicos vivem de doações e nas condições mais insalubres do mundo.
por que o governo não
oferece um programa de valorização do profissional de enfermagem, da
odontologia e dos técnicos em enfermagem que atendem na atenção básica,
aqui no nordeste ganham rendimentos baixíssimos, por que o governo
federal não usa o princípio da equidade do SUS pára executar esse
projeto, por que não se cria uma estabilidade profissional na área da
saúde, fora muitas outras coisas ao invés desse discurso perseguitório e
ditatorial
não há nada de elitista
nessa discussão, sou filho de agricultores, passei em uma faculdade
pública brasileira sem nenhum programa de ajuda, exceto por uma bolsa do
CNPq que conquistei por mérito junto ao docente e estou há três anos
trabalhando como médico do PSF num município cearense que se encontra
entre os dez mais baixo IDH do estado e nesse período não vi nenhuma
ação do governo Dilma para minha valorização assim como muitos de meus
colegas que estão no interior, não tenho férias, não tenho 13°, nem FGTS
e desconfio muito que não haja repasse do meu INSS que é retido
mensalmente, fora o contrato que não te dá nenhuma segurança jurídica,
só pra ter idéia colega meu de turma foi demitido de Itapipoca após os
resultados do pleito de 2013 e ficou sem receber seus honorários.
Concordo que há ausência de médicos, mas falta muito mais para a gente
exercer a medicina de forma digna e honesta
Infelizmente, a elite
brasileira se esquece que o Brasil não se resume às grandes capitais. O
Brasil pertence a todos os brasileiros e, portanto, todos devem ser
assistidos pelos governos ainda que vivam nos sertões mais longínquos.
Todos merecem respeito e assistência. Quanto à alegada "estrutura" é
lógico que seja necessária, mas isto não invalida a presença de médicos
profissionais humanos e cidadãos. Naqueles recantos esquecidos pela
sociedade elitista um médico é quase um DEUS!