Botox tem outras funções além daquelas já
conhecidas - que envolvem a amenização de marcas de expressão e rugas?
Isso mesmo, ele pode ser um aliado para aqueles que sofreram com algum
problema neurológicos, AVC, paralisia cerebral, paraplegia, entre
outros.
Substância ajuda na reabilitação da musculatura paralisada
Substância ajuda na reabilitação da musculatura paralisada
A
toxina botulínica tipo A, conhecia popularmente como
Botox, é famosa entre as pessoas quando o assunto
é estética, - ou melhor, na
correção de rugas e demais marcas de
expressão que aparecem com o tempo. No entanto,
poucas pessoas sabem que essa substância pode ser
utilizada em causas médicas, como em pacientes que
sofrem com enxaquecas ou que têm ou tiveram
doenças neurológicas, acidente
vascular cerebral (AVC), paralisia cerebral,
trauma medular, paraplegia, entre
outros.
"A
substância é aplicada no músculo que
está com rigidez devido à alguma lesão
do sistema nervoso central. Dessa forma, ela faz com que a
liberação da acetilcolina seja inibida, o que
diminui o estímulo nervoso e relaxa a musculatura em
questão", de
acordo com o especialista Alexandre Cercal
, esse tratamento
associado à fisioterapia melhora muito a capacidade
de readaptação às atividades cotidianas
dos pacientes com deficiências
neurológicas.
Este tratamento que
vêm apresentando melhor resultado é aquele em
pessoas que sofreram com um AVC. A toxina botulínica
tem sido usada com eficiência para tratar a
espasticidade, rigidez muscular que provoca dificuldade no
movimento, principalmente nos braços e pernas, que
afeta a mobilidade da maioria das vítimas que
sofreram com esse mal.
O AVC
hemorrágico, conhecido como a forma mais fatal da
doença, pode levar mais da metade aos pacientes
à morte em até 30 dias. Aqueles que
sobrevivem, sofrem grandes riscos de ficarem com sequelas
motoras e cognitivas graves, o que os torna dependentes de
terceiros para simples atividades cotidianas.
Após algum
derrame, pode ocorrer, além de fraqueza em algum
membro, uma rigidez involuntária. “E é
justamente para amenizar esse sintoma que a toxina é
utilizada. Na dose certa e nos locais selecionados, o
produto ajuda a relaxar a musculatura, ajudando o paciente a
realizar os movimentos necessários”, diz
Cercal. Segundo o especialista, o tratamento de
reabilitação do paciente após um AVC
deve ser feito com todos os recursos possíveis para
alcançar uma melhoria da funcionalidade e da
qualidade de vida da pessoa, e se existir espasticidade
intensa, limitante e localizada, a toxina botulínica
deve sim ser discutida. “É uma
opção segura e eficiente para casos
específicos”.
Aliado ao processo
da toxina botulínica, o paciente pode precisar de
trabalho fisioterápico, fonoterapia e psicoterapia.
“Cada paciente precisa de um tratamento
específico voltado para sua recuperação
e para evitar novos AVC’s. Para isso, deve ser
instituída uma equipe muldisciplinar com um foco
comum: devolver ao máximo a qualidade de vida ao
paciente”.
Após a aplicação
do Botox, o paciente começa a perceber os efeitos da
toxina entre 24 e 72h após sua
aplicação, mas o pico de melhoria é
sentido em 15 dias. Os efeitos clínicos duram cerca
de 4 meses, e entre eles estão a melhoria da postura,
do equilíbrio, do desempenho sexual e da qualidade do
sono. “Esse tratamento também facilita na
realização das atividades do dia-a-dia, como
se alimentar e se vestir, por exemplo, além de
diminuir de forma considerável a dor”, Conclui
Cercal, que lembra que a toxina pode ser aplicada novamente
em um intervalo mínimo de 90
dias.
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