Cinco homens e duas mulheres foram assassinados a tiros de fuzil e pistola por encapuzados dentro de uma casa
Rio - O bairro de Realengo, na Zona Oeste do
Rio, foi palco de uma nova chacina, dois anos e meio após um homem matar
12 crianças em um colégio. Sete pessoas - cinco homens e quatro
mulheres - foram mortas a tiros de fuzil e de pistola em uma casa na Rua
Nuretama, na noite desta quinta-feira. Segundo a família, o casal Toni
Anderson Damásio Alves, 37, e Renata Souza da Silva, 30, donos do imóvel
e vítimas, eram usuários de drogas. De acordo com moradores e a
polícia, a residência era ponto de consumo de entorpecentes.
A família de Toni considera que o envolvimento dele com as drogas foi a causa da chacina. Segundo o tio dele, Iderval Antonio Gonçalves, de 70 anos, a vítima se tratou, mas acabou voltando ao vício.
"Ele tinha envolvimento com drogas, sim. Mas não era uma pessoa violenta, agressiva. Chegou a sair dessa por um tempo, mas retornou. Fez inclusive um tratamento de cunho religioso, mas retornou. Foi uma vítima do tempo, do espaço, da ausência de amor", disse o tio, resignado. Ele revelou ainda que Toni perdeu o irmão recentemente.
Ainda de acordo com Iderval, o envolvimento de Toni e de Renata com as drogas fez a família conseguir na Justiça a guarda dos dois filhos menores do casal. Eles são criados pelos avós paternos e não estavam na casa no momento dos crimes.
Chacina em colégio comoveu o país
Em abril de 2011, Realengo foi cenário de outra chacina que chocou o país e o mundo. Wellington de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno, com distúrbios mentais, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira e matou a tiros 12 crianças e feriu outras 12. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. O assassino estava com dois revólveres e entrou em duas salas do oitavo ano do ensino fundamental. Logo em seguida, cometeu suicídio.
Segundo moradores, os crimes foram
cometidos por volta das 22h30. De acordo com o delegado Pablo Rodrigues,
da Divisão de Homicídios (DH), homens encapuzados chegaram ao local em
veículos não identificados. Eles usaram a van de lotada placa KOB-4680
(Cancela Preta-Campo Grande), que estava estacionada, para escalar o
muro e invadir a casa de número 499.
Ainda de acordo com o delegado, os cinco homens
e duas mulheres foram colocados na varanda do imóvel e mortos. Todos
seriam usuários de drogas. A perícia constatou que as armas usadas na
chacina foram um fuzil calibre 556 e uma pistola calibre 9mm. Os
assassinos fugiram pelo portão. Dentro da casa foi encontrada uma
pequena quantidade de maconha, além de cachimbos e papel de seda, usados
para o consumo de crack e da erva. Uma moto sem placa também foi
apreendida.
"O maior indício é de local de uso de
drogas. Até as próximas 48 horas não descartamos qualquer hipótese para
o crime", disse o delegado. Testemunhas prestaram depoimento durante a
madrugada na DH, na Barra da Tijuca. A polícia vai levantar a vida
pregressa das vítimas e saber quem frequentava o imóvel. Sem se
identificar, vários moradores disseram que diariamente havia confusão na
casa, muito barulho durante a madrugada e consumo de drogas.
Os outros mortos foram identificados como:
Leandro Marques Pereira, de 24 anos, Alex Prudêncio de Amorim, 28,
Amanda Silva Guimarães, 27, e o irmão dela, Clayton Guimarães, além de
Luan Santos da Costa.
O dono da van também será chamado a
depor. Sem se identificar, ele disse que chegou a alugar uma vaga na
garagem da casa de Toni por R$ 80. Ele contou, porém, que desistiu
devido ao "clima pesado" com a frequência de usuários de crack, e passou
deixar o veículo junto ao muro. O motorista afirmou que estacionou por
volta das 21h35. Cerca de uma hora depois ouviu tiros.
Família relaciona chacina às drogas
A família de Toni considera que o envolvimento dele com as drogas foi a causa da chacina. Segundo o tio dele, Iderval Antonio Gonçalves, de 70 anos, a vítima se tratou, mas acabou voltando ao vício.
"Ele tinha envolvimento com drogas, sim. Mas não era uma pessoa violenta, agressiva. Chegou a sair dessa por um tempo, mas retornou. Fez inclusive um tratamento de cunho religioso, mas retornou. Foi uma vítima do tempo, do espaço, da ausência de amor", disse o tio, resignado. Ele revelou ainda que Toni perdeu o irmão recentemente.
Ainda de acordo com Iderval, o envolvimento de Toni e de Renata com as drogas fez a família conseguir na Justiça a guarda dos dois filhos menores do casal. Eles são criados pelos avós paternos e não estavam na casa no momento dos crimes.
Chacina em colégio comoveu o país
Em abril de 2011, Realengo foi cenário de outra chacina que chocou o país e o mundo. Wellington de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno, com distúrbios mentais, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira e matou a tiros 12 crianças e feriu outras 12. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. O assassino estava com dois revólveres e entrou em duas salas do oitavo ano do ensino fundamental. Logo em seguida, cometeu suicídio.
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