Um novo medicamento, ainda em fase de estudos, mostrou potencial para tratar a asma alérgica de maneira superior aos medicamentos já existentes no mercado. O remédio, chamado quilizumab, é um anticorpo monoclonal, ou seja, uma proteína do sistema imunológico sintetizada em laboratório. Esse tipo de droga é chamada de terapia-alvo porque age de maneira "cirúrgica" no tratamento de diversas doenças e tem sido alvo de estudos mundo afora, principalmente na oncologia.
A proposta do remédio é combater uma reação que ocorre no organismo de pacientes com asma alérgica: a produção em excesso de um anticorpo chamado imunoglobulina E (IgE).Nos pacientes asmáticos, essa proteína acaba aparecendo de maneira exacerbada na presença de estímulos como poeira e pelos de animais, gerando assim uma inflamação. As terapias atuais também têm a IgE como alvo, mas não atacam sua produção, o que faz com que os pacientes necessitem de doses regulares dos remédios para manter os níveis dessa proteína baixos.
Em um estudo publicado nesta
quarta-feira (2) na revista "Science Translational Medicine",
pesquisadores do Canadá relatam que o medicamento conseguiu bloquear a
produção da IgE em pacientes com asma alérgica. As drogas foram
administradas uma vez por mês, por três meses, e essa redução na
produção da proteína foi mantida por até seis meses depois da última
dose. Os 29 voluntários foram expostos a alérgenos em um teste para
avaliar os níveis da IgE. O tratamento não obteve sucesso apenas para a
asma. Também foi observada resposta similar em 36 pacientes com rinite
alérgica.
Segundo Ana Paula Castro, diretora da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), os pacientes têm hoje à disposição um bom arsenal de tratamento, que é focado na prevenção das crises alérgicas. "Mas os remédios que estão disponíveis não mudam a história natural da doença. Se tiramos as drogas, os sintomas voltam", afirma. "O anticorpo monoclonal ataca mais a causa do problema, por isso é interessante", diz.
Outra vantagem da nova droga seria a maior adesão ao tratamento. Muitos pacientes com asma acabam abandonando a medicação, que precisa ser tomada diariamente, quando se sentem melhores. Isso pode desencadear crises. Como o remédio em teste é administrado mensalmente, mais pessoas poderiam ficar com a doença sob controle.
"Adesão ao tratamento é um grande desafio para as doenças crônicas, incluindo a asma", diz Elie Fiss, professor de pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC e médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Por isso os resultados são promissores". Ele lembra, porém, que a droga deve continuar a ser investigada, de preferência em um número maior de pacientes, para que se possa fazer uma avaliação melhor de seus riscos e benefícios.
SAIBA AINDA:
Segundo Ana Paula Castro, diretora da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), os pacientes têm hoje à disposição um bom arsenal de tratamento, que é focado na prevenção das crises alérgicas. "Mas os remédios que estão disponíveis não mudam a história natural da doença. Se tiramos as drogas, os sintomas voltam", afirma. "O anticorpo monoclonal ataca mais a causa do problema, por isso é interessante", diz.
Outra vantagem da nova droga seria a maior adesão ao tratamento. Muitos pacientes com asma acabam abandonando a medicação, que precisa ser tomada diariamente, quando se sentem melhores. Isso pode desencadear crises. Como o remédio em teste é administrado mensalmente, mais pessoas poderiam ficar com a doença sob controle.
"Adesão ao tratamento é um grande desafio para as doenças crônicas, incluindo a asma", diz Elie Fiss, professor de pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC e médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Por isso os resultados são promissores". Ele lembra, porém, que a droga deve continuar a ser investigada, de preferência em um número maior de pacientes, para que se possa fazer uma avaliação melhor de seus riscos e benefícios.
SAIBA AINDA:
Tratamento alergia
Diferentes
classes de medicamentos podem tratar os sintomas de uma alergia, a
utilização de uma classe e de uma forma (comprimidos, spray,...) de
medicamentos varia em função do tipo da alergia.
Os anti-histamínicos e medicamentos combinados
É muito provavelmente a classe de medicamentos mais
conhecida para tratar os sintomas das alergias (principalmente da rinite
alérgica). Podemos encontrá-los sob diferentes formas medicamentosas:
cápsulas, comprimidos, spray nasal, colírios,..
.
Como agem os anti-histamínicos?
Quando ocorre uma exposição a um alérgeno, o sistema
imunológico deve combatê-lo. Os mastócitos então liberam uma substância
conhecida como histamina que provoca inúmeros sintomas de alergia. Os
medicamentos anti-histamínicos bloqueiam os receptores de histamina
(receptor do tipo H1) e limitam, e até suprimem os sintomas clássicos da
alergia, como o nariz que escorre ou os olhos vermelhos e irritados.
*Atençã os medicamentos mencionados acima não
representam todos os medicamentos existentes, trata-se apenas de uma
lista de forma alguma exaustiva e a título puramente indicativo. Para os
medicamentos, queira ler a bula e peça conselhos a um especialista.
Quais são os efeitos secundários clássicos dos anti-histamínicos?
Determinados anti-histamínicos, assim como os da primeira geração, podem provocar sonolência, portanto peça conselhos ao seu médico ou farmacêutico.
Em relação aos anti-histamínicos podemos incluir os
descongestionantes: estes, em forma de spray combatem, por exemplo, a
rinite alérgica. Mas atençã não os utilize por mais de cinco dias.
Notamos que existem medicamentos compostos, isto é,
que possuem um anti-histamínico misturado a um descongestionante, um
broncodilatador, ou outras classes de medicamentos.
Os corticosteróides
Os corticosteróides nasais
Os corticosteróides nasais são os
medicamentos que certamente têm maior efeito no tratamento das rinites
sazonais (rinite alérgica). Os efeitos secundários mais freqüentes
seriam os sangramentos nasais e isso parece dose-dependente. Por falta
de estudos não é aconselhado tomar tais remédios durante a gravidez.
Os corticóides gerais (comprimidos)
Indicação
Em casos de alergias avançadas ou graves, estes medicamentos devem sempre ser prescritos por médicos.
Efeitos secundários dos corticóides em tomada
per os (comprimidos), não se aplicam para as inalações, como é o caso do
tratamento contra a asma, por exempl
- Efeito do tipo mineralocorticóide (aldosterona) com risco de hipertensão, aplica-se, sobretudo para o cortisol.
- Efeito glucocorticóides (sobre glucose).
- Efeitos sobre os ossos (diminuição do teor de
cálcio, ou seja, da rigidez), músculos pele (mais fina, sobretudo em
aplicação cutânea) e crescimento.
_ Efeitos gástricos (como os AINS, é o mesmo mecanismo desencadeador da acidez).
- Efeitos imunossupressores, aumento do risco de
infecção, como por exemplo, o sapinho (uso por inalação). Para resumir
todos esses efeitos pode aparecer a chamada síndrome de Cushing.
Interações
indutores de enzimas hepáticas
indutores de enzimas hepáticas
Atenção às vacinas
antidiabéticos
Conselho sobre corticóides por via oral (comprimido,...), não se aplica, por exemplo, para as inalações no tratamento da asma
Conselho sobre corticóides por via oral (comprimido,...), não se aplica, por exemplo, para as inalações no tratamento da asma
1. Dosagem: aumentar progressivamente as doses até
que o efeito desejado seja alcançado. Quando tiver que interromper o
tratamento, diminua as doses progressivamente. Assim, o tempo mínimo
para interromper um tratamento é de três meses.
2. Momento de tomada: é preferível tomar a cortisona e
seus derivados pela manhã (2/3) e o resto (1/3) à noite ou à tarde.
Isto segue o ciclo bioquímico da cortisona no corpo humano, com mais
secreção pela manhã.
3. Dieta a ser seguida: em vista aos efeitos
farmacológicos descritos acima, é importante ingerir principalmente
lacticínios (ricos em cálcio), vitamina D e eventualmente dependendo do
medicamento (efeito mineralocorticoide) se deve diminuir o consumo de
Na+ para amenizar o risco de hipertensão.
Estes medicamentos são menos eficazes que os
anti-histamínicos clássicos ou os corticóides nasais, mas são adequados
em caso de gravidez ou em crianças. E preciso esperar alguns dias após a
tomada para verificar a eficiência do medicamento.
Antagonista dos receptores do leucotrieno, apesar do
preço elevado, este tratamento pode ser eficaz. Medicamento eficaz após
alguns dias.
A imunoterapia ocorre em gabinetes
médicos como ilustra a nossa foto acima, por um especialista
(imunólogo), por exemplo, primeiramente procuramos o alérgeno, depois se
busca através de repetições que visam «habituar o corpo» ao alérgeno
para que ele não reaja mais. Converse com o seu médico ou farmacêutico
para maiores informações.
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