As informações foram prestadas por
solicitação do juiz Sérgio Moro, que determinou a quebra do sigilo
bancário de 15 investigados. Após rastreamento das contas, a medida foi
cumprida parcialmente pela falta de saldo. Os valores bloqueados foram
transferidos para uma conta da Justiça Federal na Caixa Econômica
Federal.
Apenas Gerson de Mello Almada, vice-presidente
da Engevix, tinha saldo para o bloqueio dos R$ 20 milhões. Nas contas
dele, ainda sobraram cerca de R$ 2 milhões.Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque teve bloqueados R$ 3,2 milhões. No entanto, o executivo Júlio Camargo, que assinou acordo de delação premiada, afirmou que Duque mantém contas na Suíça e que fez depósitos milionários como propina para fechar negócios com a Petrobras. A segunda maior quantia bloqueada é de Ricardo Pessoa, da UTC: R$ 10 milhões.
Segundo o BC, também foram rtidos R$ 2 milhões nas contas da Technis Planejamento e Gestão em Negócio e R$ 6 milhões, nas da Hawk Eyes Administração de Bens. Ambas seriam de Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB. Foram encontrados R$ 8,8 milhões na conta dele.
As varreduras indicam que as contas bancárias d e alguns investigados podem ter sido esvaziadas. Primeiro a informar à Justiça, o Itaú encontrou saldo zerado na conta de três dos presos e, noutra, pôde bloquear apenas R$ 4,60 — tudo que havia na conta.
Dilma poderá anunciar hoje nome do novo ministro da Fazenda
A presidenta Dilma Rousseff (PT) prometeu a aliados anunciar hoje o nome do ministro da Fazenda que substituirá Guido Mantega, cuja demissão foi informada antes do primeiro turno. A morte do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, porém, pode adiar a ideia até a próxima semana. O anúncio antecipado do novo comandante da equipe econômica do governo é esperado pelo mercado na esperança de conter a onda de especulação na Bolsa e no câmbio.
Quatro nomes são apontados como favoritos para a pasta: Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo da Fazenda; Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco; Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; e Joaquim Levy, diretor do Bradesco, ex-secretário do Tesouro e ex-Fazenda, do governo Sergio Cabral.
Trabuco, segundo o jornal ‘Folha de S.Paulo’, foi convidado oficialmente para o cargo, mas resiste deixar o Bradesco. Ele, segundo interlocutores do governo, é o nome preferido do ex-presidente Lula, para quem Trabuco agradaria o mercado.
Sem ele, Nelson Barbosa ganha força, embora setores do governo achem que seu nome não representa “uma novidade”, já que Barbosa esteve na pasta até junho do ano passado. Outras pastas cotadas para o economista são Ministério de Desenvolvimento e a Secretaria-geral.
Segundo gente do governo, Tombini e Levy seriam os últimos na escala de preferência. O primeiro, porque enfrentaria resistência do mercado, que o julga fraco à frente do Banco Central; o segundo, por não ter boa relação com a presidenta.
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