Segundo oncologista a criação
do Novembro Azul promove a oportunidade de se discutir e divulgar
conhecimentos sobre um dos males que mais mata no mundo.
Segundo o oncologista e presidente do conselho administrativo da rede Oncoclínicas do Brasil, Bruno Ferrari, é a oportunidade de discutir e divulgar conhecimentos sobre um dos males que mais mata no mundo. Conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 2014 deve fechar com 68.800 novos casos de câncer de próstata no Brasil; em 2011, 13.129 homens morreram por causa da doença. No país, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).
As taxas de incidência no Brasil vêm aumentando nas últimas décadas, o que pode ser justificado, segundo Bruno Ferrari, pela evolução dos métodos diagnósticos (mais pessoas estão fazendo os exames necessários e estão sendo mais diagnosticadas), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação (a divulgação de campanhas como o Novembro Azul é um exemplo) e pelo aumento na expectativa de vida da população.
“No câncer de próstata, assim como em qualquer tipo de carcinoma, a detecção precoce é crucial para elevar as chances de cura. O problema é que os homens ainda têm resistência em procurar um urologista para o diagnóstico mais ágil e fazer os exames necessários, como o do toque retal, que muitas vezes é motivo de piadas e constrangimento entre os homens”, revela.
Isso complica o fato de que, na fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, os ignoram achando que uma dificuldade de urinar ou a necessidade de ir ao banheiro várias vezes não significa nada demais. Já na fase avançada, o tumor pode provocar dor óssea, sintomas urinários e até infecção generalizada ou insuficiência renal.
O especialista salienta que, quando um tumor é detectado, o paciente será encaminhado a um uro-oncologista para a definição do melhor tratamento, de forma individualizada. Cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal ou quaisquer outros métodos serão prescritos pelo médico após debater as estratégias com o paciente.
“O simples fato de as autoridades de saúde brasileiras dedicarem um mês inteiro para chamar atenção ao câncer de próstata nos dá conforto e a confiança de que uma mudança de mentalidade e de paradigmas da sociedade começa a amadurecer”, analisa Ferrari.
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