11.18.2014

Brasil é um dos dez países que mais enviam estudantes aos EUA

 


No ano letivo 2013-2014, 13.286 brasileiros estudavam nos EUA.
Nº aumentou 22,2% e Brasil subiu da 11ª para a 10ª posição na lista anual.



Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo


Intercâmbio Brasil X EUA*
Veja a evolução no nº de brasileiros estudando nos EUA e vice-versa nos últimos cinco anos
ano letivonº total de matriculas8.7868.7779.02910.86813.2863.0993.4854.0604.223Brasileiros nos EUAAmericanos no Brasil2009-102010-112011-122012-132013-1410k2,5k5k7,5k12,5k15k
Fonte: Institute of International Education
*Os dados sobre americanos estudando no Brasil no ano letivo 2013-2014 só serão divulgados em 2015
O número de estudantes do Brasil matriculados em instituições de ensino superior dos Estados Unidos no ano letivo 2013-2014 foi de 13.286, segundo o relatório anual Open Doors, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês), organização sem fins lucrativos norte-americana. A quantidade de intercambistas brasileiros nos EUA subiu 22,2% no período de um ano, e fez o Brasil pular da 11ª para a 10ª posição no ranking de nações que mais enviam estudantes para o país norte-americano.
O número de estudantes americanos que fizeram intercâmbio no Brasil também segue crescendo, mas em velocidade menor (veja a comparação no gráfico ao lado).
O relatório faz parte de um censo anual que o IIE conduz desde 1919, e desde 1972 a pesquisa é feita em parceria com o setor de Educação e Assuntos Culturais do Departamento de Estado americano.
O aumento de brasileiros estudando nos EUA foi 174% mais alto que a média dos países analisados. No total, 886.052 estudantes estrangeiros estavam matriculados em faculdades americanas no último ano letivo, um crescimento de 8,1% em relação ao ano anterior, segundo o relatório.
No ano passado, o crescimento de brasileiros estudando nos EUA já havia sido de 20,4%.
A instituição que mais tem alunos de outros países matriculados foi a Universidade de Nova York, com 11.164 intercambistas. Ela é também a universidade que mais enviou estudantes americanos para o exterior no ano letivo 2012-2013. Porém, o estado que mais recebe estudantes estrangeiros, segundo o Open Doors, é a Califórnia. No ano passado, 121.647 imigrantes estudavam lá.

Total de intercambistas nos EUA
Veja a lista dos dez países que mais estudantes enviaram aos Estados Unidos no ano letivo 2013/14
Nº de intercambistas nos EUA274.439102.67368.04753.91928.30421.26619.33416.57914.77913.2861) China2) Índia3) Coreia doSul4) ArábiaSaudita5) Canadá6) Taiwan7) Japão8) Vietnã9) México10) Brasil0k100k200k300k
Fonte: Institute of International Education
Top 10
Os dez países que mais enviaram estudantes para os EUA em 2013-2014 são China, Índia, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Canadá, Taiwan, Japão, Vietnã, México e Brasil. Juntos, eles respondem por 69% do total de intercambistas matriculados no país.

Desse grupo, o Brasil é o que registrou o maior crescimento em relação ao período anterior. O segundo país que viu o número de estudantes indo para os EUA aumentar mais foi a Arábia Saudita, com crescimento de 21%. A China, que segue liderando o ranking e hoje responde por 31% de todos os estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, teve um crescimento de 16,5% (de 235.597 estudantes para 274.439).
Mas o país que mais viu cr.escer seu número de estudantes matriculados em instituições americanas foi o Kuwait, de 5.115 para 7.288, o que representa um aumento de 42,5%. O país subiu para a 21ª colocação na lista deste ano.
De acordo com o relatório, os três países têm algo em comum. "As populações de estudantes que mais cresceram nos Estados Unidos em 2013-2014 foram as do Kuwait, Brasil e Arábia Saudita, todos países nos quais os governos estão investindo pesadamente em bolsas de estudo para alunos internacionais, para desenvolver uma força de trabalho globalmente competente", diz o release do IIE.

Americanos no exterior
No caminho contrário, 289.408 americanos decidiram estudar parte do seu curso superior fora de seu país natal no ano letivo 2012-2013 (os dados do relatório de intercâmbios de americanos no exterior são sempre coletados no ano seguinte após a volta deles). O país que mais recebeu americanos em suas universidades foi o Reino Unido, seguido da Itália, da França, da Espanha e da China.

Desta vez, o Brasil foi o 14º país que mais recebeu intercambistas vindos dos EUA. No período analisado, 4.223 estudantes americanos estavam matriculados em instituições de ensino superior brasileiras. O aumento foi de 4% em relação ao ano anterior, ou duas vezes a média mundial. Porém, ele foi quatro vezes mais fraco se comparado ao crescimento registrado um ano antes.
Em setembro deste ano, o governo dos Estados Unidos anunciou um novo programa para estimular o intercâmbio de estudantes americanos em universidades brasileiras, na tentativa de estimular esse crescimento. Na época, Jefferson Brown, secretário-assistente de diplomacia pública do Escritório de Negócios Ocidentais do governo americano, afirmou ao G1 que a ideia era mostrar aos gestores de instituições brasileiras que tipo de informações os estudantes americanos (e seus pais) buscavam para decidir o país de destino do intercâmbio.
A iniciativa faz parte do programa "100K Strong in the Americas" ("Força de 100 mil nas Américas", em tradução livre), lançado pelo presidente americano Barack Obama para dobrar o número anual de estudantes americanos que escolhem algum país das Américas como destino de intercâmbio. Entre os anos letivos 2011-2012 e 2012-2013, esse número avançou para 1,8% e ultrapassou a barreira dos 45 mil.


Dilma anuncia mais 100 mil bolsas de intercâmbio pelo Ciência sem Fronteiras

Por Agência Brasil

Lançado em 2011, o programa tinha por meta a concessão de 101 mil bolsas; até o momento foram efetivadas 83.174 bolsas.

Agência Brasil
Em nova etapa, o Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) deve oferecer mais 100 mil bolsas em instituições de ensino estrangeiras, de 2015 a 2018, de acordo com anúncio, feito nesta quarta-feira (25) pela presidente Dilma Rousseff.
Lançado em 2011, o programa tinha por meta a concessão de 101 mil bolsas - 75 mil bancadas pelo setor público e 36 mil por empresas. Até o momento foram efetivadas 83.174 bolsas. De acordo com Dilma, a meta será cumprida com as chamadas que serão lançadas em setembro deste ano. Hoje, foram assinadas 5,2 mil bolsas por empresas, das quais 5 mil pela Petrobras.
"Cada vez mais esse programa vai ter uma interface com todos os demais programas de formação educacional e produção científica e tecnológica do Brasil. Foi feito para garantir ao Brasil condições de gerar, aqui, inovação", disse.
Ela destacou a importância do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no contexto do programa, uma vez que para participar do Ciência sem Fronteiras é preciso tirar no mínimo 600 pontos no exame. "Essa é uma das portas dos caminhos abertos pelo Enem", ressaltou. Para participar, é preciso também proficiência em uma segunda língua.
Leia todas as reportagens da série sobre os problemas do CsF:
´Ciência com Fronteiras´: os entraves à internacionalização da graduação do País

iG Educação (Especial)


Balanço
O ministro da Educação, Henrique Paim, apresentou um balanço do programa, e disse que do total de bolsas ofertadas, 52% são nos diferentes ramos de engenharia. "É um avanço para o País, que muitas vezes não consegue avançar nessas áreas".
O programa é desenvolvido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O MEC distribui 65% das bolsas, via seleções da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Paim também destacou a contribuição dos pesquisadores estrangeiros ao Brasil. "A vinda dos estudantes do exterior nos mostrou que temos que avaliar e refletir em torno do nosso ensino superior. Eles dão ênfase à parte prática, e este é um esforço que estamos fazendo".
Programa
O objetivo do programa é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores, e incentivar a visita de jovens pesquisadores altamente qualificados e professores seniors ao Brasil. O Ciência sem Fronteiras oferece bolsas, prioritariamente, nas áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde.

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