Alvaro Dias depenou Aécio Neves
"Nesta semana, mais um tucano de alta plumagem evidenciou que as bicadas no ninho são sangrentas", diz o blogueiro Altamiro Borges; "Em entrevista nao jornal Gazeta do Povo, do Paraná, o senador Alvaro Dias culpou o presidente nacional da legenda pela aproximação oportunista com o correntista suíço Eduardo Cunha"Por Altamiro Borges, em seu blog
A mídia golpista, que não desiste do seu plano de "sangrar" Dilma e "matar" Lula, faz de tudo para apresentar o PSDB como um partido coeso e pronto para voltar ao poder. Mas esta manipulação não se sustenta. Nesta semana, mais um tucano de alta plumagem evidenciou que as bicadas no ninho são sangrentas. Em entrevista nesta terça-feira (3) ao jornal Gazeta do Povo, do Paraná, o senador Alvaro Dias bateu para matar no cambaleante Aécio Neves. Ele culpou o presidente nacional da legenda pela aproximação oportunista com o correntista suíço Eduardo Cunha. Vale conferir trechos da matéria:
*****
De saída do PSDB há meses, o senador Alvaro Dias tornou-se um dos principais críticos da relação do partido com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o paranaense, a estratégia de respaldar o peemedebista (acusado de envolvimento na Lava Jato e de manter contas secretas na Suíça) partiu do comando tucano, encabeçado pelo colega de Senado Aécio Neves (MG). “A direção do PSDB tem que assumir a responsabilidade por ter se aproximado de Eduardo Cunha”, declarou.
Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, o senador explicou que a mudança de legenda faz parte de um movimento de seis senadores em busca de uma terceira via, fora da polarização entre PT e PSDB. Além dele, compõem o grupo os petistas Paulo Paim (RS) e Valter Pinheiro (BA), os pedetistas Cristovam Buarque (DF) e José Antonio Reguffe (DF) e José Medeiros (PPS-MT). A tendência é que eles migrem para o PV.
O sr. integra um grupo de seis senadores descontentes com a polarização entre PT e PSDB e que buscam um partido para viabilizar uma terceira via. Como está essa discussão?
Há uma insatisfação visível da parte de vários senadores com a situação atual. Há constrangimento de atuação em determinados partidos. No meu caso, há um desejo enorme de buscar um espaço para ser mais útil, mais protagonista, em um momento tão importante da política nacional, de transição política. Existe realmente uma discussão entre vários senadores, sobre a busca de um caminho. Aí se fala muito na tal terceira via, que foge desse raio de atuação do PT e do PSDB. Mas o nosso objetivo mesmo é buscar uma ferramenta política para atuação no Senado. E, evidentemente, a partir desse trabalho aqui, pensar em um projeto eleitoral para 2018.
(…)
O PSDB vem claramente jogando junto com o Cunha há alguns meses. Isso não desmoraliza a bandeira do impeachment?
Essa estratégia de aproximação é um equívoco. Estou dizendo isso publicamente porque sempre disse a mesma coisa nas reuniões. Eu não fui uma voz ouvida nesse caso. A minha avaliação sempre foi de afastamento. Poderíamos ter até opiniões coincidentes, mas distantes um do outro.
Quem do partido garante esse vínculo com Eduardo Cunha, a direção do PSDB ou a bancada do partido na Câmara?
A direção do partido tem comandado todo o processo. Não posso responsabilizar os deputados porque eles sempre ouviram a presidência do partido. Todas as questões foram levadas à executiva do PSDB.
Então o presidente do partido, Aécio Neves, é responsável pela manutenção dessa relação com Cunha?
A direção do PSDB tem que assumir a responsabilidade por ter se aproximado de Eduardo Cunha.
*****
Outra prova de que as bicadas no ninho são cada vez mais sangrentas se apresenta na disputa para a prefeitura de São Paulo no próximo ano. A Folha tucana divulgou nesta terça-feira nova pesquisa do Datafolha sobre as intenções de voto dos paulistanos. Ela destacou o aumento da rejeição do prefeito petista Fernando Haddad, bombardeado diariamente pela mídia, mas minimizou a divisão no PSDB.
De saída do PSDB há meses, o senador Alvaro Dias tornou-se um dos principais críticos da relação do partido com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o paranaense, a estratégia de respaldar o peemedebista (acusado de envolvimento na Lava Jato e de manter contas secretas na Suíça) partiu do comando tucano, encabeçado pelo colega de Senado Aécio Neves (MG). “A direção do PSDB tem que assumir a responsabilidade por ter se aproximado de Eduardo Cunha”, declarou.
Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, o senador explicou que a mudança de legenda faz parte de um movimento de seis senadores em busca de uma terceira via, fora da polarização entre PT e PSDB. Além dele, compõem o grupo os petistas Paulo Paim (RS) e Valter Pinheiro (BA), os pedetistas Cristovam Buarque (DF) e José Antonio Reguffe (DF) e José Medeiros (PPS-MT). A tendência é que eles migrem para o PV.
O sr. integra um grupo de seis senadores descontentes com a polarização entre PT e PSDB e que buscam um partido para viabilizar uma terceira via. Como está essa discussão?
Há uma insatisfação visível da parte de vários senadores com a situação atual. Há constrangimento de atuação em determinados partidos. No meu caso, há um desejo enorme de buscar um espaço para ser mais útil, mais protagonista, em um momento tão importante da política nacional, de transição política. Existe realmente uma discussão entre vários senadores, sobre a busca de um caminho. Aí se fala muito na tal terceira via, que foge desse raio de atuação do PT e do PSDB. Mas o nosso objetivo mesmo é buscar uma ferramenta política para atuação no Senado. E, evidentemente, a partir desse trabalho aqui, pensar em um projeto eleitoral para 2018.
(…)
O PSDB vem claramente jogando junto com o Cunha há alguns meses. Isso não desmoraliza a bandeira do impeachment?
Essa estratégia de aproximação é um equívoco. Estou dizendo isso publicamente porque sempre disse a mesma coisa nas reuniões. Eu não fui uma voz ouvida nesse caso. A minha avaliação sempre foi de afastamento. Poderíamos ter até opiniões coincidentes, mas distantes um do outro.
Quem do partido garante esse vínculo com Eduardo Cunha, a direção do PSDB ou a bancada do partido na Câmara?
A direção do partido tem comandado todo o processo. Não posso responsabilizar os deputados porque eles sempre ouviram a presidência do partido. Todas as questões foram levadas à executiva do PSDB.
Então o presidente do partido, Aécio Neves, é responsável pela manutenção dessa relação com Cunha?
A direção do PSDB tem que assumir a responsabilidade por ter se aproximado de Eduardo Cunha.
*****
Outra prova de que as bicadas no ninho são cada vez mais sangrentas se apresenta na disputa para a prefeitura de São Paulo no próximo ano. A Folha tucana divulgou nesta terça-feira nova pesquisa do Datafolha sobre as intenções de voto dos paulistanos. Ela destacou o aumento da rejeição do prefeito petista Fernando Haddad, bombardeado diariamente pela mídia, mas minimizou a divisão no PSDB.
Até hoje a legenda não definiu seu
candidato e sete nomes disputam a vaga, numa guerra que deixará muitos
tucanos depenados pelo caminho. Dois patéticos representantes das
elites, o vereador Andrea Matarazzo e o "empresário" João Doria Júnior,
já se inscreveram para as prévias internas. E outros cinco - dois
deputados federais, um secretário de Geraldo Alckmin e o presidente da
Assembleia Legislativa - também anunciaram que participarão da briga de
rinha. Vai voar pena para todos os lados!
Nenhum comentário:
Postar um comentário