Exame
Tim Sheldon: otimismo com a influência da alta do dólar no turismo local
São Paulo — A rede de hotéis americana Marriott
está aumentando seus investimentos no Brasil. Em meio à recessão, a
empresa vai triplicar o número de hotéis no país com 11 novos
empreendimentos em Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e
Porto Alegre.
Os investimentos chegam a 400 milhões de reais. O presidente do grupo para a América Latina e Caribe, Tim Sheldon, explicou a EXAME por que está colocando tanto dinheiro no país neste momento.
Exame - A economia brasileira deverá encolher 3% neste ano. O que anima vocês a investir?
Sheldon - Podemos dizer que estamos investindo na recuperação da economia. O Marriott tem uma estratégia de longo prazo no Brasil, por isso um período de economia ruim não afeta nossos planos. Hoje estamos insatisfeitos com nosso tamanho no país. O Brasil é uma das maiores economias mundiais e tem relativamente poucos hotéis.
Exame - O maior investimento será no Rio de Janeiro?
Sheldon - Sim, só no Rio estamos investindo 200 milhões de reais em quatro novos hotéis, três deles na Barra da Tijuca, na área do parque olímpico, e o outro na região portuária, que agora está revitalizada. Todos eles estarão prontos antes do início da Olimpíada.
Exame - A valorização do dólar ajuda a fazer do Brasil um destino mais procurado por estrangeiros?
Sheldon - Claro, acreditamos que haverá mais demanda de estrangeiros para conhecer o país por causa da mudança de preços também. Uma grande oportunidade de atrair mais visitantes deverá ocorrer no ano que vem, com um grande evento internacional, como os Jogos Olímpicos.
Exame - Isso vai compensar a queda na ocupação dos hotéis com a retração econômica?
Sheldon - A alta do dólar vai incentivar muito o turismo local, principalmente o turismo de lazer. Mesmo com a economia indo mal, as pessoas precisam descansar, e vão trocar viagens ao exterior por destinos locais.
Além dos hotéis no Rio de Janeiro, estamos construindo outros sete empreendimentos em Florianópolis, Recife, Curitiba e Porto Alegre. E as viagens de negócios também deverão crescer com a recuperação da economia.
Exame - Os novos hotéis vão ser diferentes daqueles que vocês já operam no Brasil?
Sheldon - Já operamos seis hotéis no país, em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Estamos trazendo novas marcas da Marriott: o Residence Inn, específico para estadias mais longas; o Fairfield, uma marca grande no exterior; e o AC, uma marca de hotéis de design que procura atrair viajantes jovens.
Fizemos várias pesquisas de mercado com brasileiros sobre o que faltava no mercado hoteleiro e por isso escolhemos essas três marcas. Temos no mundo todo 19 marcas e 4 200 hotéis.
Exame - Os hotéis serão inaugurados no ano que vem?
Sheldon - Só os hotéis do Rio e o de Curitiba deverão ser inaugurados no ano que vem. Os outros serão abertos em 2017 e 2018.
Exame - Quais são os principais desafios para aumentar os investimentos no país?
Sheldon - Nos projetos atuais, está tudo resolvido. Mas, para novos empreendimentos, há algumas questões importantes, um grande volume de regulações e o custo dos terrenos, por exemplo, que exigem um cálculo cuidadoso.
Os investimentos chegam a 400 milhões de reais. O presidente do grupo para a América Latina e Caribe, Tim Sheldon, explicou a EXAME por que está colocando tanto dinheiro no país neste momento.
Exame - A economia brasileira deverá encolher 3% neste ano. O que anima vocês a investir?
Sheldon - Podemos dizer que estamos investindo na recuperação da economia. O Marriott tem uma estratégia de longo prazo no Brasil, por isso um período de economia ruim não afeta nossos planos. Hoje estamos insatisfeitos com nosso tamanho no país. O Brasil é uma das maiores economias mundiais e tem relativamente poucos hotéis.
Exame - O maior investimento será no Rio de Janeiro?
Sheldon - Sim, só no Rio estamos investindo 200 milhões de reais em quatro novos hotéis, três deles na Barra da Tijuca, na área do parque olímpico, e o outro na região portuária, que agora está revitalizada. Todos eles estarão prontos antes do início da Olimpíada.
Exame - A valorização do dólar ajuda a fazer do Brasil um destino mais procurado por estrangeiros?
Sheldon - Claro, acreditamos que haverá mais demanda de estrangeiros para conhecer o país por causa da mudança de preços também. Uma grande oportunidade de atrair mais visitantes deverá ocorrer no ano que vem, com um grande evento internacional, como os Jogos Olímpicos.
Exame - Isso vai compensar a queda na ocupação dos hotéis com a retração econômica?
Sheldon - A alta do dólar vai incentivar muito o turismo local, principalmente o turismo de lazer. Mesmo com a economia indo mal, as pessoas precisam descansar, e vão trocar viagens ao exterior por destinos locais.
Além dos hotéis no Rio de Janeiro, estamos construindo outros sete empreendimentos em Florianópolis, Recife, Curitiba e Porto Alegre. E as viagens de negócios também deverão crescer com a recuperação da economia.
Exame - Os novos hotéis vão ser diferentes daqueles que vocês já operam no Brasil?
Sheldon - Já operamos seis hotéis no país, em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Estamos trazendo novas marcas da Marriott: o Residence Inn, específico para estadias mais longas; o Fairfield, uma marca grande no exterior; e o AC, uma marca de hotéis de design que procura atrair viajantes jovens.
Fizemos várias pesquisas de mercado com brasileiros sobre o que faltava no mercado hoteleiro e por isso escolhemos essas três marcas. Temos no mundo todo 19 marcas e 4 200 hotéis.
Exame - Os hotéis serão inaugurados no ano que vem?
Sheldon - Só os hotéis do Rio e o de Curitiba deverão ser inaugurados no ano que vem. Os outros serão abertos em 2017 e 2018.
Exame - Quais são os principais desafios para aumentar os investimentos no país?
Sheldon - Nos projetos atuais, está tudo resolvido. Mas, para novos empreendimentos, há algumas questões importantes, um grande volume de regulações e o custo dos terrenos, por exemplo, que exigem um cálculo cuidadoso.
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